Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a pôr (…)
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Fernando Pessoa
Pessoa, Fernando (1888-1935)
Matérias
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Pessoa: Tabacaria
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro -
Pessoa: O pensamento idealista
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
O que é característico no Idealismo não é tanto o querer-se procurar fora da matéria uma causa da causa do universo. Para o idealista o que importa é procurar uma explicação do universo que seja também uma explicação do valor moral da vida humana.
Para o Idealismo Objetivo o que é de real no universo é qualquer coisa idêntica a uma coisa do espírito, e.g. Mônada. Leibnitz.
Para o (…) -
Pessoa: Ciência Oculta
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroFragmentos dos escritos do espólio de Fernando Pessoa, organizado por Pedro T. Mota, sobre o tema «ROSEA CRUZ».
129A.(m)
Da identidade do esotericismo rosa-cruz com a Gnose não pode haver dúvida.
Nos livros dos Rosa-Cruz nós encontramos todas as afirmações que o neoplatonismo cristão continha, tanto as místicas, como as políticas. Os livros representativos do esoterismo rosa-cruz, a par do seu misticismo simbolista, fusão do emanacionismo neoplatônico e da Kabbala judaica, apresentam (…) -
Pessoa: Os herméticos
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroFragmentos dos escritos do espólio de Fernando Pessoa, organizado por Pedro T. Mota, sobre o tema «ROSEA CRUZ».
53B-33 (m)
R.-C. ... ou Bacon — Shakespeare
3 ordens da R. Cruz:
(1) a interior, oculta,...; que tem os segredos grandes; que ninguém conhece; que sabe os símbolos supremos.
(2) as esotéricas, que escrevem (R. Fludd); que sabem os símbolos secundários, mas ainda assim compreendendo-lhe de certo modo o alcance; e aqueles atos supremos-alquimia, prolongamento (não-eterno) (…) -
Pessoa: Philosopho Hermetico III
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroFragmentos dos escritos do espólio de Fernando Pessoa, organizado por Pedro T. Mota, sobre o tema «ROSEA CRUZ».
27 10 M3 11 — Philosopho Hermetico
Assim o Novo Testamento ... Ninguém se lembra de perguntar se as próprias interpolações, emendas, etc., com que nos chega não serão inspiradas também... Inspirados são todos e em tudo; depende a ciência real da consciência que dessa inspiração se tem.
A base da vida universal é o corpo, a coisa; a da vida social a palavra;
Para o (…) -
Pessoa: Philosopho Hermetico II
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroFragmentos dos escritos do espólio de Fernando Pessoa, organizado por Pedro T. Mota, sobre o tema «ROSEA CRUZ».
A intuição não é senão a socialização da ciência do oculto. Ao oculto pode-se achar 3 formas: o passado, o futuro e o oculto verdadeiramente, o íntimo, a outra face das coisas. Oculto significa o que não é presente, o que não é atual — isto pode ser o que já passou, o que virá a ser e também o que é mas não conhecemos.
— Pode também fazer-se uma outra divisão: em estas três (…) -
Pessoa: Philosopho Hermetico I
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroFragmentos dos escritos do espólio de Fernando Pessoa, organizado por Pedro T. Mota, sobre o tema «ROSEA CRUZ».
«E a Gnose», perguntou ele, «o que sabem os senhores do que foi realmente a Gnose? Tratam-na ainda, e a tratarão sempre, como uma seita religiosa, um movimento herético. Há, é verdade, quem se lembre de a considerar como uma sobrevivência de qualquer cousa anterior ao Cristianismo. A ideia é justa, muito justa, mas como é errado, ao mesmo tempo!»
«Assim como na vida há dois (…) -
Fernando Pessoa – No túmulo de Christian Rosenkreuz
29 de junho, por Murilo Cardoso de CastroI Quando, despertos deste sono, a vida, Soubermos o que somos, e o que foi Essa queda até Corpo, essa descida Até à Noite que nos a Alma obstrui, Conheceremos pois toda a escondida Verdade do que é tudo que há ou flui? Não: nem na Alma livre é conhecida... Nem Deus, que nos criou, em Si a inclui. Deus é o Homem de outro Deus maior: Adam Supremo, também teve Queda; Também, como foi nosso Criador, Foi criado, e a Verdade lhe morre... De além o Abismo, Siprito Seu Lha veda; Aquém não a há (…)
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Pessoa: Átrio
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroExcertos do espólio de Fernando Pessoa contido no livro «Fernando Pessoa e a filosofia hermética», org. por Yvette Centeno.
FM (Atr).
Sentido moral: regra de vida; dever de se conservar fiel ao que se jurou, etc.
Sentido histórico: A abolição da Ordem do Templo Consequências.
Sentido filosófico: o que sucede a todos os Exemplares.
Sentido religioso: a unidade de todas as religiões na figuração igual do Deus sacrificado e ressurrecto (em outro aspecto, e em nós)?
Sentido místico: (…) -
Pessoa: O pensamento de Descartes
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
O verdadeiro método de exame metafísico foi-nos indicado por Descartes — o método da dúvida universal.
É até aqui o verdadeiro método metafísico que a mais recente filosofia determinou e de que, antes de estudarmos a metafísica, devemos primeiro criticar o conhecimento humano, a percepção e os seus limites e possibilidades. Quando filosofamos, a nossa primeira ação mental é, pois, a de (…)
Notas
- Fernando Pessoa – inteligência analógica
- Fernando Pessoa – Parmênides e a eternidade do ser
- Fernando Pessoa – S de serpente
- Fernando Pessoa – Sobre o pensamento grego
- Fernando Pessoa – Soneto I
- Fernando Pessoa – Soneto XIV
- Fernando Pessoa – Soneto XXII
- Guimarães Rosa (GSV) – Deus é urgente sem pressa