"Queres dormir para sempre? Nunca mais despertarás, meu amado, mas repousarás eternamente da tua curta peregrinação na terra? Oh, retorna ainda uma vez! e traz contigo o alvor da esperança que vivifica aquele cuja existência, desde a tua partida, foi obscurecida pelas sombras mais densas. Quê! Muda? Para sempre muda? Teu amigo se lamenta, e não lhe dás atenção? Ele derrama lágrimas amargas e escaldantes, e tu repousas indiferente à sua aflição? Ele está em desespero, e já não abres os braços (…)
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conto fantástico
Matérias
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Tieck – Não despertes os mortos!
6 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Dermenghem (Hermès) - LE MYTHE DE PSYCHE DANS LE FOLKLORE (1)
16 de dezembro de 2008, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès II. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947.
Depuis déjà des siècles et presque des millénaires, l’imagination se plaît à évoquer la figure d’une belle jeune femme en toilette nocturne, un flambeau à la main et qui se penche’ sur le corps parfait et nu d’un adolescent endormi, comme anxieuse d’y lire les plus profonds arcanes du destin. On sait que le flambeau vient d’être allumé, on sait que le beau corps gisant comme un mort va se réveiller et s’envoler comme (…) -
Dermenghem (Hermès) - LE MYTHE DE PSYCHE DANS LE FOLKLORE (5)
17 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès II. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947.
IV. - L’excursus que nous venons de faire a montré la quasi-universalité du thème dans les mondes sémite et indo-européen et une information plus complète permettrait sans doute de le rencontrer dans un domaine encore plus étendu. Il n’a pas été non plus, pensons-nous, sans faire soupçonner, dans ces histoires censées pour enfants, tout un arrière-plan. Le conte est le pendant folklorique du mythe et tous deux (…) -
Dermenghem (Hermès) - LE MYTHE DE PSYCHE DANS LE FOLKLORE (4)
17 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès II. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947.
III. - Nous en venons maintenant aux contes de la forme inversée, dans lesquels l’être mystérieux épousé est féminin. Ils ont la même atmosphère d’initiation et de mystique, mais ils semblent pour ainsi dire insister sur le côté actif, le côté conquête, comme s’ils représentaient l’aspect effort humain plutôt que l’aspect passif et théocentriste. Tout d’abord, nous trouvons le groupe très nombreux et très largement (…) -
Contos Grimm
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroCom seu irmão Wilhelm, o linguista e escritor Jacob Grimm, fundador da filologia alemã, dedicou-se a recolher contos populares de regiões de língua alemã. Publicada em dois volumes, em 1812 e 1815, a coletânea Contos da infância e do lar trazia piadas, lendas, fábulas, anedotas e narrativas tradicionais de toda sorte. Além, é claro, dos contos de fadas que associamos aos irmãos Grimm – como A Bela Adormecida, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel e João e Maria. De início, o projeto (…)
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Faivre (Grimm) – "era uma vez"
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO detalhe tende sempre mais ou menos a situar histórica ou geograficamente a imagem representada. Ora, o conto dos Grimm se desenrola inteiramente em um lugar nenhum e um era uma vez que são o lugar e o tempo de uma utopia — no sentido etimológico —, e de uma meta-história afirmadas implicitamente em sua especificidade à maneira do mito — o in illo tempore de que falou Mircea Eliade. As frases introdutórias nos arrancam imediatamente de nosso universo cotidiano para nos mergulhar nesse (…)
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Grimm (Contos:47) – The Juniper Tree (O Junípero)
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroVersão inglesa de Jack Zipes da edição original de 1812/1815 dos Contos de Grimm.
O zimbro possui uma rica tradição folclórica, mas não é especialmente pertinente à árvore neste conto. O óleo, as cinzas, as bagas, as folhas e a casca são utilizados em muitas culturas para fins curativos, e é o poder terapêutico da árvore que parece torná-la uma escolha natural como local de descanso para o menino. Na Rússia, o zimbro é uma bétula; na Inglaterra, é uma roseira.
Existe tradução desse conto (…) -
Faivre (Grimm) – As teorias sobre a "origem" dos contos
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO conto considerado como forma de arte precisa ou fixa não existe na Alemanha — e dificilmente na Europa — antes do século X. Antes disso, trata-se muito mais de Kraftmärchen, ou conto heroico, mais próximo da gesta heroica (Heldensage). O conto do tipo KHM difundiu-se mais no norte da Alemanha (Holstein, Pomerânia, Mecklemburgo), enquanto a Áustria e a Baviera permaneceram como o local preferido para lendas e canções populares.
A Märchenforschung (o estudo do conto) "é uma ciência (…) -
Faivre (Grimm) – leis externas e internas do conto
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroEm 1909 Alex Olrik tinha, em um artigo, tentado destacar as leis externas e internas do conto do tipo KHM. Algumas de suas proposições parecem sujeitas a cautela, mas esse trabalho que muito reteve a atenção dos pesquisadores tornou-se rapidamente clássico. Pode portanto ser interessante resumi-lo em grandes linhas, tanto mais que, no essencial, retoma várias das observações expostas acima:
Leis externas:
a) O conto não começa nem termina de forma movimentada.
b) Importância da (…) -
Jean-Claude Carrière – Estórias
2 de julho, por Murilo Cardoso de CastroComo as minhocas que, diz-se, fecundam a terra que atravessam cegamente, as histórias passaram de boca em boca e dizem, há muito, o que nada mais pode dizer. Algumas giram e se enrolam dentro de um mesmo povo. Outras, como que feitas de uma matéria sutil, furam as paredes invisíveis que nos separam, ignoram o tempo e o espaço e simplesmente se perpetuam. Assim, esta conhecida entrada circense, onde alguém procura um objeto perdido em um círculo luminoso, não porque o objeto se perdeu naquele (…)