##### A Reintegração das Polaridades e o Caráter Alquímico do Romantismo Alemão
* A poesia-filosofia romântica alemã constitui, em certa medida, uma tentativa deliberada de reequilibrar as polaridades disjuntas pelo racionalismo, tais como Natureza e Espírito, Água e Fogo, ou Instante e Eternidade, de modo que A. W. Schlegel apresenta como sendo o grande e único problema da filosofia a descoberta de um ponto central onde a oposição aparente se resolve e onde as duas ideias correspondentes (…)
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Oriente
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Françoise Bonardel (1993) – Novalis
25 de novembro, por Murilo Cardoso de Castro -
René Daumal – A Índia e o Tibete
1º de julho, por Murilo Cardoso de CastroA Índia e o Tibete, ao longo de sua história, viram mais do que qualquer outro país um prodigioso florescimento de tentativas de pensar. E mais do que em qualquer outro país, os diversos cleros sempre souberam apoderar-se de todas as manifestações do pensamento, para transformá-las em instrumentos do poder teocrático. Essa contrapartida não nos espanta mais. Mas nós, cujo objetivo é despertar, devemos buscar por que esses sobre-humanos esforços de consciência falharam; daí poderemos talvez (…)
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René Daumal – Sabor - Ressonância
1º de julho, por Murilo Cardoso de CastroSabor. Um estado — como o amor etc. — manifestado pela representação de suas causas ocasionais, de seus efeitos perceptíveis e de suas aparências transitórias, e que constitui o modo de ser fundamental de uma obra poética, assume a qualidade de Sabor na apreensão dos seres conscientes.
Surgindo com o Princípio Essencial, sem partes, brilhando com sua própria evidência, feito de Alegria e Pensamento unidos, puro de todo contato com outra percepção, irmã gêmea da gustação do Sagrado, vivendo (…) -
René Daumal – Rig-Veda IX - oferta do licor
1º de julho, por Murilo Cardoso de Castrotradução
1. Lá vem ele com o som tênue do pensamento Poderoso e com carros velozes, Ele vai aonde o Ardente o designar.
2. Eis que ele faz muitas coisas brilharem com o pensamento Para a grande luminosidade Aí onde residem aqueles que não têm mais morte.
3. Ei-lo excitado, ele é conduzido no interior por uma marcha de esplendor Quando os ardentes o incitam.
4. Ei-lo correndo sua corrida, ele afia Seus chifres, ele o touro do rebanho, Afirmando pelo dom da força os dotados de humano. (…) -
René Daumal – Leis de Manu II
1º de julho, por Murilo Cardoso de Castro110. Não falar a menos que seja questionado
e não responder a perguntas inadequadas,
— assim, mesmo que saiba, um homem inteligente
comporta-se no mundo como um tolo.
111. Se alguém responde indevidamente
àquele que indevidamente o questiona,
um dos dois ou perece,
ou se faz envergonhado.
112. Onde não houver lei, nem propósito
nem boa vontade para ouvir isso,
A sabedoria (Vidyâ) não deve ser semeada,
não mais que um bom grão em um solo seco.
113. Para um transmissor da (…) -
Jacques Masui – a experiência de Daumal e a Índia (sânscrito)
1º de julho, por Murilo Cardoso de CastroDaumal poeta, concedia uma grande importância à linguagem. Encontrou no sânscrito não somente a língua lhe permitindo chegar diretamente aos textos que tinha necessidade, mas também a língua que, por excelência, exprime da maneira mais concreta, as realidades espirituais. Não se deve duvidar que o profundo conhecimento que dela adquiriu, o ajudou fortemente a se aproximar destas realidades e a fazê-las viver nele.
Em várias ocasiões, me escreveu que considerava a língua sânscrita como o (…) -
René Daumal – Utilidade da Poesia
1º de julho, por Murilo Cardoso de Castro(RDCC)
(Sâhitya-darpana, 1re Section, intitulée « Nature essentielle de la poésie », début : )
Om! Saudações a Ganesha! — No início de seu livro, o autor, para afastar os obstáculos ao completo êxito da tarefa que deseja realizar, volta-se para a suprema autoridade em matéria de linguagem — a divindade da linguagem:
1. Brilhante de beleza como lua de outono, que em meu espírito a deusa das palavras, afastando a cortina de trevas, ilumine o sentido de todas as coisas.
Este livro (…) -
René Daumal – O Budismo, suas doutrinas e seus métodos
1º de julho, por Murilo Cardoso de CastroSeria apenas mais um livro sobre o budismo (Por Alexandra DAVID-NEEL, Paris, 1935) se sua autora não fosse budista, não tivesse vivido grande parte de sua vida em países budistas, e não tivesse publicado sobre sua longa permanência no Tibete quatro ou cinco livros cheios de vida, que este completa e esclarece.
Pensando e vivendo como budista, o que não impede, muito pelo contrário, um espírito crítico muito desenvolvido e uma boa cultura ocidental, a Sra. David-Neel nos mostra sobretudo o (…) -
René Daumal – Hinos e Preces do Veda
1º de julho, por Murilo Cardoso de CastroDiante dos hinos védicos, como diante dos antigos poemas babilônicos, hebraicos ou chineses, o pensamento comum - incluindo o de nossos maiores "pensadores" - deve abdicar. São poemas, criações, e o homem como somos não pode criar, não pode portanto compreender um verdadeiro poema. Sua origem, dizem os hindus, é "não-humana" (apaurusheya).
É preciso ter enfrentado esses hinos nos textos que possuímos e com as armas insuficientes da filologia védica, é preciso além disso ter se (…) -
René Daumal – As antigas especulações hindus
1º de julho, por Murilo Cardoso de CastroAs antigas especulações hindus, tais como as encontramos expressas nos Vedas, nas Upanishads, na Bhagavad Gita etc., apresentam esses sinais de pensamento em seu estado mais puro. O próprio nome sânscrito de Atmâ, o "Si mesmo", princípio absoluto e universal, significa bem que ele é o estado-limite da personalidade libertando-se incessantemente das formas individuais. Brahma, idêntico a Atmâ, é o puro sujeito de todo conhecimento e de toda ação:
Atmâ, esse si mesmo-limite, é o absoluto sob (…)