##### A Epistemologia Vitalista e a Natureza da Compreensão Hermenêutica
A tarefa da compreensão nas ciências humanas configura-se como uma reação contra a constante dissipação do sentido, o qual tende a fluir como água na areia assim que fixado em documentos, exigindo dos sábios a função de reanimadores de uma memória humanitária permanentemente ameaçada pelo esquecimento e pela morte, em um processo de palingênese que visa salvar as configurações fugazes do mundo da cultura. A (…)
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Hermenêutica
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Gusdorf: O modelo biológico nas ciências humanas
25 de novembro, por Murilo Cardoso de Castro -
Gusdorf: Hermenêutica Romântica
25 de novembro, por Murilo Cardoso de Castro##### O SABER ROMÂNTICO E AS UNIVERSIDADES
* Uma nova cultura elabora-se em Gottingen e nas demais universidades alemãs, contrastando vivamente com o vazio universitário francês verificado tanto antes quanto depois de Napoleão, pois enquanto as instituições germânicas como Iena, Heidelberg, Munique e Berlim se consolidam como focos do romantismo e instituições em espírito e verdade, a França carece de uma estrutura equivalente que integre o saber de forma orgânica e espiritual.
* A (…) -
Gusdorf: Origem da Hermenêutica
25 de novembro, por Murilo Cardoso de Castro##### A IDADE DE OURO DA HERMENÊUTICA ALEXANDRINA
* A hermenêutica, compreendida como *interpretatio* e exegese, remete à mensagem de Hermes e à transferência de significação, constituindo um ministério da comunicação cuja tarefa inacabável consiste em desvelar a não evidência do sentido, o que leva Nietzsche a definir a filologia como a arte de ler, uma erudição clássica que remonta ao século III a.C. * A fundação de Alexandria no Egito em 330, estabelecendo a capital cultural do Ocidente (…) -
Gadamer (VM) – Atemporalidade do Estético
25 de outubroA problematização da simultaneidade e da pretensa a-temporalidade do ser estético, questionando-se a inadequação de determinações dialéticas que se limitam a opor uma temporalidade histórica a uma supra-histórica ou um "tempo sagrado", sem conseguir pensar sua essencial correlação, tal como abordado por Hans Sedlmayr com referência a Franz von Baader e Otto Friedrich Bollnow. A crítica à apropriação equivocada da análise heideggeriana do tempo de Martin Heidegger, onde se perde o sentido (…)
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Agamben (2014) – Uso do Mundo
25 de outubro### 4. Relação entre Uso e Cura em Martin Heidegger
#### 4.1. O Primado Ontológico da Cura (Die Sorge) como Estrutura Fundamental do Dasein em Essere e tempo
* A complexidade da Cura (die Sorge) na obra Essere e tempo de Martin Heidegger, em face da possível não leitura do capítulo «A cura (die Sorge) como ser do Dasein» por Michel Foucault * A Cura (die Sorge) como análogo e igualmente aporetico primado sobre o uso * A Cura (die Sorge) concebida em sentido ontológico como a (…) -
Allemann (1987:263-274) – A questão da essência do poema (resumo)
24 de outubro**A QUESTÃO DA ESSÊNCIA DO POEMA**
* A necessidade de a ciência literária colocar-se no horizonte da questão da essência e do fundamento do poético para iniciar um debate sério com o pensamento de Heidegger, superando a mera rejeição ou adesão e as escaramuças sobre a sua "violência" interpretativa. * A meditação da essência da linguagem poética como uma das tarefas mais insondáveis, que ultrapassa em muito um problema estético e toca na questão inaudita da possibilidade de o homem ter (…) -
Allemann (1987:274-282) – Historialidade do poético (resumo)
24 de outubro* A radicalidade do conceito heideggeriano de História (Geschichte) e o fracasso comum em discernir a diferença fundamental entre história (historie) e História (Geschichte), o que impede um debate adequado com o pensamento de Heidegger. * A aparente falta de solidez da concepção heideggeriana da História perante as ciências históricas estabelecidas, tornando sua adoção direta por uma disciplina histórica algo previamente excluído. * A objeção de que a concepção heideggeriana (…)
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O lugar para o qual a existência é direcionada é a morte (Vattimo)
20 de abrilVattimo2021 Qual é o significado da vida individual, o destino do homem individual, o significado e o destino da humanidade em um ambiente em que o “futuro não é garantido”, ou seja, o indivíduo é um viajante em um navio cujo porto desconhece? Acredito precisamente que a filosofia não deve e não pode ensinar a pessoa para onde ela está indo, mas a viver na condição de quem não está indo para lugar algum. Cada vez mais, parece-me que a principal mistificação da ideologia é o que pode ser (…)
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Despedida à verdade (Vattimo)
20 de abrilVattimo2011 DESPEDIDA À VERDADE: Escolhi esse título paradoxal porque ele transmite algo importante sobre os aspectos teóricos e filosóficos de nossa cultura atual e também sobre a experiência cotidiana. No que diz respeito à última, está cada vez mais claro para todos que “a mídia mente” e que tudo está se transformando em um jogo de interpretações — não desinteressadas, não necessariamente falsas, mas (e esse é o ponto) orientadas para projetos, expectativas e escolhas de valores em (…)
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Imposição de uma política das descrições, funcional para a sociedade de domínio (Vattimo)
20 de abrilVattimo2011
NA QUARTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2004, O PRESIDENTE GEORGE W. Bush concedeu a Medalha Nacional de Humanidades a, entre outros, John Searle. Nesta bela cerimônia na Casa Branca, Searle foi homenageado por seus “esforços para aprofundar a compreensão da mente humana, por usar seus escritos para moldar o pensamento moderno, defender a razão e a objetividade, e definir o debate sobre a natureza da inteligência artificial”. O que é mais interessante sobre a concessão deste prêmio (…)