A essa dimensão transcendental e a essa temática gnóstica soma-se o incessante movimento da fala: este movimento, tendo se desvencilhado do mundo e de qualquer situação definida nele, é apenas um movimento interior, fazendo de L’Innommable um puro romance da consciência sob o modo do monólogo, uma consciência despida que não é mais uma consciência singular e definida, mas uma forma pura do relato. Esse movimento tem duas dimensões, das quais a segunda é pouco enfatizada pelos intérpretes, (…)
Página inicial > Palavras-chave > Temas > ego / sujeito-objeto / subjetividade
ego / sujeito-objeto / subjetividade
Matérias
-
Jean-Louis Chrétien – o eu que fala em Beckett
7 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Jean-Louis Chrétien – reflexão sobre os pronomes pessoais
7 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA reflexão sobre a subjetividade toma a forma de uma reflexão sobre a fala, sobre a voz, e sobre o que permite seu uso, os pronomes, os pronomes pessoais. O tema reaparece frequentemente: "Depois chega dessa maldita primeira pessoa, já é demais no final, não se trata dela, vou arrumar problemas. Mas também não se trata de Mahood, ainda não. De Worm então menos ainda. Bah, pouco importa o pronome, desde que não sejamos enganados. Depois o preço está pago (sic). Mais veremos mais tarde" (I, (…)
-
Clément Rosset – Anfítrion
1º de agosto, por Murilo Cardoso de CastroNuma passagem particularmente interessante do Livro II do Seminário, dedicado ao Anfítrion de Plauto e de Molière, Lacan aborda o tema do duplo, que está profundamente ligado, tal como o do extraterrestre, à metafísica considerada como um saber de outro mundo. Estas páginas são um modelo de análise ilustrada, quero dizer, desta forma, em que Lacan se destaca – como no seu comentário a A Carta Roubada de Edgar Allan Poe –, de explicitar temas abstratos pela comparação com uma narrativa (…)
-
Abellio (SE:C2) - L’émergence du « Je » transcendental.
19 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroExtrait du texte de Raymond Abellio, « L’esprit moderne et la Tradition », au livre de Paul Sérant, « Au seuil de l’ésotérisme. » Grasset, 1955.
Le problème de la conscience de conscience, c’est-à-dire de la conscience auto-intensificatrice de soi, se pose d’une façon générale en liaison avec celui de l’intériorisation conscientielle de toute science « séparée » ou « objective » se transfigurant en connaissance ineffable. Lorsque, dans l’attitude « naturelle » qui est celle de la totalité (…) -
Nancy (Scène) – retorno à questão da subjetividade
30 de junho, por Murilo Cardoso de CastroComo se pode imaginar, não vou defender um desses enfadonhos “retornos ao/ do sujeito” que alguns se esforçavam por promover há algum tempo. Ao contrário, estou plenamente convencido de que estamos no fim da subjetividade entendida como a presença-a-si que sustenta as representações e que as refere a si mesma como suas – sendo ela própria, precisamente, irrepresentável. Mas eu diria antes que o irrepresentável talvez seja ele mesmo apenas um efeito programado pelo sistema da subjetividade. E (…)
-
Evola (Meyrink) - L’Ange à la fenêtre d’Occident
20 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroGustav, Meyrink, L’Ange à la fenêtre d’Occident. Trad. R. de Largerie et Saint-Helm. Préface de Julius Evola. La Colombe, 1962
L’Ange à la fenêtre d’Occident est un des derniers romans que Gustav Meyrink écrivit avant de mourir; la trame en est constituée par un enchevêtrement de thèmes qui se trouvaient déjà dans ses précédents ouvrages. En fait, il s’agit là - comme dans les Histoires de faiseurs d’or - de la reconstitution romancée de la vie et des vicissitudes d’un personnage, d’un (…) -
Meyrink (Golem:48-57) - Qui peut dire quelque chose du Golem ?
20 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroL’origine de cette histoire remonte au dix-septième siècle, dit-on. D’après des récits égarés de la cabale, un rabbin aurait créé un homme artificiel, appelé le Golem, pour l’employer comme domestique.
- « Je pensais seulement, que c’est très étrange de voir le vent agiter les choses sans vie, comme nos manteaux il y a un instant », répondit rapidement Prokop pour excuser son silence. « Cela semble si extraordinaire quand des objets, voués à l’immobilité se mettent tout à coup à se (…) -
René Daumal – A Vida dos Basiles
30 de junho, por Murilo Cardoso de CastroOs decepados.
Há nas lendas tibetanas um monstro singularmente aterrador. A boca enche-se de um bloco de sal ao ler sobre ele. Essa criatura, larva ou demônio, tem em conjunto figura humana. De longe, poder-se-ia confundir com um viajante perdido ou um sonâmbulo. Mas quando se aproxima, vê-se que a cabeça, os membros e o tronco estão seccionados. Os pedaços permanecem aproximadamente no lugar, flutuando no ar, mal reunidos por filamentos muito tênues. O pior, o imperdoável, é que esse (…) -
Abellio (SA:24-25) - la mise en place d’une structure absolue de la perception
19 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroABELLIO, Raymond. La structure absolue. Paris: Gallimard, 1965
Comment mettre la perception en « structure », mais non pas seulement en structure bipolaire sujet-objet?
Pour essayer alors de comprendre comment s’impose la présence positive de l’intuition (ou, ce qui revient au même, de la perception) et déterminer quels rapports dynamiques s’établissent par elle entre « sujet » et « objet », je cherchai à mettre cette perception en « structure », mais non pas seulement en structure (…) -
Fernando Pessoa – Tabacaria
29 de junho, por Murilo Cardoso de CastroJE ne suis rien. Jamais je ne serai rien. Je ne puis vouloir être rien. Cela mis à part, je porte en moi tous les rêves du monde. _ Je suis aujourd’hui perplexe, comme qui a réfléchi, trouvé, puis oublié. Je suis aujourd’hui partagé entre la loyauté que je dois Au Bureau de Tabac d’en face, en tant que chose extérieurement réelle, Et la sensation que tout est songe, en tant que chose réelle vue du dedans. _ J’ai rêvé plus que jamais Napoléon ne rêva. J’ai sur mon sein hypothétique pressé (…)
- 1
- 2