Os homens-ocos vivem na pedra, nela circulam como cavernas viajantes. No gelo eles se passeiam como bolhas em forma de homens. Mas no ar eles não se aventuram, pois o vento os levaria.
Eles têm casas na pedra, cujas paredes são feitas de buracos, e tendas no gelo, cuja lona é feita de bolhas. De dia eles ficam na pedra, e à noite erram no gelo, onde dançam à lua cheia. Mas nunca veem o sol, caso contrário eles explodiriam.
Eles só comem o vazio, eles comem a forma dos cadáveres, eles se (…)
Página inicial > Palavras-chave > Temas > ego / sujeito-objeto / subjetividade
ego / sujeito-objeto / subjetividade
Matérias
-
René Daumal – História dos homens-ocos
30 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Meyrink (Golem:48-57) - Qui peut dire quelque chose du Golem ?
20 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroL’origine de cette histoire remonte au dix-septième siècle, dit-on. D’après des récits égarés de la cabale, un rabbin aurait créé un homme artificiel, appelé le Golem, pour l’employer comme domestique.
- « Je pensais seulement, que c’est très étrange de voir le vent agiter les choses sans vie, comme nos manteaux il y a un instant », répondit rapidement Prokop pour excuser son silence. « Cela semble si extraordinaire quand des objets, voués à l’immobilité se mettent tout à coup à se (…) -
Abellio (SE:C2) - L’émergence du « Je » transcendental.
19 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroExtrait du texte de Raymond Abellio, « L’esprit moderne et la Tradition », au livre de Paul Sérant, « Au seuil de l’ésotérisme. » Grasset, 1955.
Le problème de la conscience de conscience, c’est-à-dire de la conscience auto-intensificatrice de soi, se pose d’une façon générale en liaison avec celui de l’intériorisation conscientielle de toute science « séparée » ou « objective » se transfigurant en connaissance ineffable. Lorsque, dans l’attitude « naturelle » qui est celle de la totalité (…) -
Clément Rosset – Anfítrion
1º de agosto, por Murilo Cardoso de CastroNuma passagem particularmente interessante do Livro II do Seminário, dedicado ao Anfítrion de Plauto e de Molière, Lacan aborda o tema do duplo, que está profundamente ligado, tal como o do extraterrestre, à metafísica considerada como um saber de outro mundo. Estas páginas são um modelo de análise ilustrada, quero dizer, desta forma, em que Lacan se destaca – como no seu comentário a A Carta Roubada de Edgar Allan Poe –, de explicitar temas abstratos pela comparação com uma narrativa (…)
-
Jean-Louis Chrétien – o eu que fala em Beckett
7 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA essa dimensão transcendental e a essa temática gnóstica soma-se o incessante movimento da fala: este movimento, tendo se desvencilhado do mundo e de qualquer situação definida nele, é apenas um movimento interior, fazendo de L’Innommable um puro romance da consciência sob o modo do monólogo, uma consciência despida que não é mais uma consciência singular e definida, mas uma forma pura do relato. Esse movimento tem duas dimensões, das quais a segunda é pouco enfatizada pelos intérpretes, (…)
-
David Loy – Sou feito de estórias?
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroSem estórias não há eu. Ao abandonar todas as estórias durante a meditação samadhi, torno-me nada. O que se pode dizer sobre este nada? Neti, neti—"não isto, não isto." Dizer algo sobre isso dá-lhe um papel em uma estória, mesmo que seja apenas um marcador de lugar como um zero.
Amamos estórias de salvação, por exemplo, a abjeção e redenção de alcoólicos. “Eu estava perdido, mas agora me encontrei.” Quando sou salvo ou nasço de novo ou sou despertado, o que permanece o mesmo? Como eu (…) -
Jean-Louis Chrétien – reflexão sobre os pronomes pessoais
7 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA reflexão sobre a subjetividade toma a forma de uma reflexão sobre a fala, sobre a voz, e sobre o que permite seu uso, os pronomes, os pronomes pessoais. O tema reaparece frequentemente: "Depois chega dessa maldita primeira pessoa, já é demais no final, não se trata dela, vou arrumar problemas. Mas também não se trata de Mahood, ainda não. De Worm então menos ainda. Bah, pouco importa o pronome, desde que não sejamos enganados. Depois o preço está pago (sic). Mais veremos mais tarde" (I, (…)
-
Nancy (Scène) – retorno à questão da subjetividade
30 de junho, por Murilo Cardoso de CastroComo se pode imaginar, não vou defender um desses enfadonhos “retornos ao/ do sujeito” que alguns se esforçavam por promover há algum tempo. Ao contrário, estou plenamente convencido de que estamos no fim da subjetividade entendida como a presença-a-si que sustenta as representações e que as refere a si mesma como suas – sendo ela própria, precisamente, irrepresentável. Mas eu diria antes que o irrepresentável talvez seja ele mesmo apenas um efeito programado pelo sistema da subjetividade. E (…)
-
Abellio (SA:24-25) - la mise en place d’une structure absolue de la perception
19 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroABELLIO, Raymond. La structure absolue. Paris: Gallimard, 1965
Comment mettre la perception en « structure », mais non pas seulement en structure bipolaire sujet-objet?
Pour essayer alors de comprendre comment s’impose la présence positive de l’intuition (ou, ce qui revient au même, de la perception) et déterminer quels rapports dynamiques s’établissent par elle entre « sujet » et « objet », je cherchai à mettre cette perception en « structure », mais non pas seulement en structure (…) -
Fernando Pessoa – Tabacaria
29 de junho, por Murilo Cardoso de CastroJE ne suis rien. Jamais je ne serai rien. Je ne puis vouloir être rien. Cela mis à part, je porte en moi tous les rêves du monde. _ Je suis aujourd’hui perplexe, comme qui a réfléchi, trouvé, puis oublié. Je suis aujourd’hui partagé entre la loyauté que je dois Au Bureau de Tabac d’en face, en tant que chose extérieurement réelle, Et la sensation que tout est songe, en tant que chose réelle vue du dedans. _ J’ai rêvé plus que jamais Napoléon ne rêva. J’ai sur mon sein hypothétique pressé (…)
- 1
- 2