[...] [Tomemos] a adequação e inadequação da análise da coisa e da natureza em Ser e Tempo. Concordo com a autocrítica posterior de Heidegger, segundo a qual esta obra seminal, brilhante e incompleta é excessivamente transcendental e pragmática, exigindo um passo mais radical em direção ao ser e à coisa, que só emergiu plenamente após a Segunda Guerra Mundial. Heideger mencionou, mas mal articulou, um “terceiro” “poder da natureza” mais primordial em Ser e Tempo (GA2: 70, 211) e “a natureza (…)
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Hermenêutica
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Eric Nelson (2024) – Heidegger e o Taoismo
24 de novembro de 2024 -
Sloterdijk (2000) – Linguagem, segundo Heidegger
22 de novembro de 2024Se há um fundamento filosófico para se falar da dignidade do ser humano, então é porque justamente o homem é chamado pelo próprio ser e — como Heidegger enquanto filósofo pastoral gosta de dizer — escolhido para sua guarda. Por isso os homens possuem a linguagem; mas a finalidade precípua dessa posse, segundo Heidegger, não é apenas entender-se e domesticar-se mutuamente nesses entendimentos.
A linguagem é antes a casa do ser; ao morar nela o homem existe [ek-sistiert], à medida que (…) -
Sloterdijk (2016) – human being stems from the stone (!)
22 de novembro de 2024 -
John Wheeler (Cognitive Science) – Naturalizing Dasein and Other (Alleged) Heresies
22 de novembro de 2024 -
Zimmerman (1990:150-153) – Ontologia instrumentalista
20 de novembro de 2024A orientação instrumentalista de Ser e Tempo pode ser facilmente observada na seguinte afirmação: “A prontidão à mão é a maneira pela qual as entidades, como são ’em si mesmas’, são definidas ontologicamente e categorialmente.” [SZ: 71/100] Já observamos alguns problemas inerentes a essa afirmação de que as ferramentas são realmente instrumentos para uso humano. Expandindo essa atitude instrumentalista, Heidegger observou, aparentemente com aprovação, que para o camponês e o trabalhador na (…)
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Zimmerman (1990:241-244) – Heidegger e a Ecologia Profunda (Deep Ecology)
20 de novembro de 2024A crítica de Heidegger à tendência da tecnologia moderna de tratar a Terra como uma máquina ou como matéria-prima para exploração levou algumas pessoas a interpretar seu pensamento como sendo coerente com o ambientalismo contemporâneo. Nesta seção, quero examinar brevemente até que ponto o pensamento de Heidegger pode ser “aplicado” ao movimento ambiental chamado “ecologia profunda”.
As consequências de tratar a Terra como uma máquina, ou como uma mercadoria infinitamente explorável, (…) -
Zimmerman (1990) – Movimentos modeladores das épocas
20 de novembro de 2024Ο entendimento de Heidegger, de que a moderna tecnologia é um meio de revelação das coisas, pode ser clarificado quando inserido no contexto da história da filosofia alemã. Do mesmo modo que Kant, Heidegger acreditava que a tarefa do filósofo era a de descobrir as condições transcendentais que tornaram viável o conhecimento e a acção humanos. Estas condições não são «coisas» em si próprias, mas antes tornam possível a nossa «experiência» objectiva das coisas. Na sua análise à tecnologia (…)
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Zimmerman (1990) – Confrontação com a Modernidade (Introdução)
20 de novembro de 2024Resumo desta excelente análise da questão da técnica em Heidegger, contextualizada na sua constituição de questionamento relevante a nossa época. Para Heidegger a técnica moderna tem três significados inter-relacionados: primeiro, as técnicas, dispositivos, sistemas, e processos de produção usualmente associados com o industrialismo; segundo, a visão de mundo racionalista, científica, mercantilista, utilitária, antropocêntrica, usualmente associada com a Modernidade; terceiro, o modo de (…)
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Zimmerman (1990:60-62) – A era do trabalhador
18 de novembro de 2024Embora, às vezes, Jünger falasse como se a era do trabalhador fosse totalmente dedicada aos meios, em outras ocasiões ele reconhecia que essa era contém seu próprio objetivo: a dominação mundial pela raça mestra dos trabalhadores. No entanto, para atingir esse objetivo, foi necessário um período de instabilidade e niilismo:
Nosso mundo técnico não é uma área de possibilidades ilimitadas; ao contrário, ele possui um caráter embrionário que leva a uma maturidade predeterminada. Assim, nosso (…) -
Zimmerman (1990:57-59) – O conceito de Jünger da Gestalt do Trabalhador
18 de novembro de 2024Em O Trabalhador [Der Arbeiter], Jünger definiu esse novo tipo de humanidade, que foi compelida pela Gestalt do trabalhador a produzir dispositivos tecnológicos cada vez mais poderosos a serviço da dominação planetária. O que Jünger quis dizer com Gestalt não está totalmente claro. Em termos psicológicos, significa uma forma ou um formato que é mais do que a soma dos elementos perceptivos organizados por essa forma. Jünger muitas vezes permite que a palavra seja definida negativamente, por (…)