Contribuição de Antonio Carneiro
Esta página do Instituto Camões oferece um sumário da vida e obra deste pensador português. A seguir excertos do livro "O Heterologos em Língua Portuguesa", de Maria Helena Varela, apresentando Sampaio Bruno.
No encoberto cenário da nossa existência, nesse cenário crísico que é o século XIX em Portugal, Sampaio Bruno parece emergir como um pensador solitário, heterodoxo e sibilino, afrontando na sua profecia sófica os destinos do humano e da história. (…)
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Sampaio Bruno
Matérias
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Sampaio Bruno (1857-1915)
23 de fevereiro, por Murilo Cardoso de Castro -
Sampaio Bruno – Bibliografia
23 de fevereiro, por Murilo Cardoso de CastroContribuição de Antonio Carneiro Bibliografia de: 1. Sampaio Bruno, Análise da Crença Cristã, 1874. 2. Sampaio Bruno, Geração Nova. Ensaios Críticos, 1886. 3. Sampaio Bruno, Notas do Exílio:1891-1893, Tipografia de A. J. da Silva Teixeira, Porto, 1893. Reedição : Sampaio Bruno, Notas do Exílio, Lello Editores, coleção Iniciação Literária, 1986, 398 p., ISBN: 9789724807133. 4. Sampaio Bruno, O Brasil Mental. Esboço Crítico, Imprensa Moderna, Porto, 1898. Reedição: Sampaio Bruno, O Brasil (…)
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Sampaio Bruno – O Brasil Mental
23 de fevereiro, por Murilo Cardoso de CastroO BRAZIL MENTAL, ESBOÇO CRITICO Excertos do estudo de Maria Helena Varela, "O Heterologos em língua portuguesa"
Conhecer as ideias dominantes da intelligentsia de um país é condição necessária e suficiente para compreender a sua realidade social; daí o Brasil mental, para o autor portuense, conter e explicar o Brasil social, sendo esta precedência não só lógica como indispensável, já que toda a prática pressupõe uma teoria. Assim, "o republicanismo fluminense é a simples aplicação do (…) -
Sampaio Bruno — A Ideia de Deus
23 de fevereiro, por Murilo Cardoso de CastroExcertos do estudo de Maria Helena Varela, "O Heterologo em língua portuguesa" Desde que Deus se entenda como temporariamente não onipotente, todas as dificuldades desaparecem qual por encanto, as antinomias de Kant logo se resolvem. Sampaio Bruno, A Ideia de Deus Se o século XIX proclamou abruptamente a morte de Deus através de Nietzsche, o niilismo e a crise da metafísica que esta metáfora representa na cultura ocidental refletem ainda a dificuldade do homem assumir à escala humana o (…)
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Sampaio Bruno — O Encoberto
23 de fevereiro, por Murilo Cardoso de CastroExcertos do estudo de Maria Helena Varela, "O Heterologos em língua portuguesa"
Enveredando cada vez mais por vias heterodoxas e esotéricas, Sampaio Bruno passa de A IDEIA DE DEUS a O ENCOBERTO, obra em que a sofia meta-racional, o teurgismo profético se transforma em escatologia, messianismo universal, partindo sempre dos arquétipos sebastianistas, latentes na nossa mitogenia. A teleologia de um tempo triádico que, na sua dialética circular faz coincidir os pontos alfa e ômega na apoteose (…) -
Sampaio Bruno – O Tempo
23 de fevereiro, por Murilo Cardoso de CastroExcertos do estudo de Maria Helena Varela, "O Heterologo em língua portuguesa"
A tese da perda da onipotência divina, por mais misteriosa, constitui o aspecto mais singular desta ontoteologia obscura, sendo a pedra de toque de uma viagem sófica em que o tempo, na sua dialética triádica, e o mal inerente a todas as criaturas propiciam o regresso final ao uno e homogêneo, num terceiro ekstase temporal. Por isso, um Tempo com maiúscula, hipostasiado, aparece em Bruno, já que é o devir que (…) -
Sampaio Bruno – Pensamento herdeiro dos gnósticos?
23 de fevereiro, por Murilo Cardoso de CastroExcertos do estudo de Maria Helena Varela, "O Heterologo em língua portuguesa"
Entre o racionalismo científico, o paradigma positivista ao qual mais ou menos se manteve fiel em O Brasil mental, e o irracionalismo dos poetas e filósofos românticos do século XIX, a herança heterodoxa dos pensadores gnósticos parece-nos de destacar nesta opus magnum. De fato, um saber hermético de inspiração gnóstica parece ter penetrado o corpus científico dos séculos XIX e XX, como afirma Gilbert Durand , (…) -
Sampaio Bruno – Deísmo
24 de março, por Murilo Cardoso de CastroSampaio Bruno, A Ideia de Deus, pp. 389-391 e 398-399.
No princípio era o Tempo, homogêneo, infinito, contínuo, imutável, absoluto, necessário. Tal seja puramente a noção do escólio, preambularmente apenso por Newton às definições basilares dos princípios matemáticos da sua filosofia natural: «Tempus Absolutum, verum, et mathematicum, in se et natura sua sine relatione ad externum quodvis, aequabiliter fluit, alioque nomine dicitur Duratio.» Não é um atributo de Deus. É (como a acessível (…)