Kanters & Amadou, 1976
"O Romance da Rosa e o poema de Dante", escreve Eliphas Lévi, "são duas formas opostas de uma mesma obra: a iniciação na independência intelectual, a sátira das instituições contemporâneas e a fórmula alegórica dos grandes segredos da sociedade Rosa-Cruz." Aqui, interessa-nos apenas este último aspecto da obra de Dante. Contudo, não é inútil destacar quantos autores tradicionais misturaram preocupações metafísicas com desejos políticos, a acusação de heresia (…)
Página inicial > Palavras-chave > Autores e Obras > Dante
Dante
Dante, Alighieri (1265-1321)
Matérias
-
Dante (Kanters & Amadou)
25 de abril, por Murilo Cardoso de Castro -
Burckhardt (CMST) – esferas celestiais na visão de Dante
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroYa hemos dicho que las condiciones de ser o de conciencia correspondientes a los siete cielos planetarios pertenecen al mundo de la materia sutil o psíquica; en realidad, los diversos movimientos de los planetas demuestran que debe tratarse aún de un mundo condicionado por la forma. Para ser más exactos, las condiciones así representadas son de tipo tanto psíquico como espiritual; son como una extensión del Espíritu divino al campo de la psique, o como una ascensión de la psique al campo del (…)
-
Dostoiévski, sua concepção de homem e a de Dante e Shakespeare (Berdiaeff)
30 de março, por Murilo Cardoso de CastroBerdiaeff, L’esprit de Dostoïevski. (1945) [1974]
É muito instrutivo comparar a concepção do homem em Dante, Shakespeare e Dostoiévski.
Para Dante, assim como para São Tomás de Aquino, o homem é uma parte orgânica da ordem objetiva do mundo, do cosmos divino. Ele é um dos degraus da hierarquia universal. Acima dele está o céu; abaixo, o inferno. Deus e o diabo são realidades que pertencem à ordem universal, impostas ao homem de fora. E os círculos do inferno, com seus tormentos (…) -
Possibilidades angélicas do amor humano em Dante
31 de março, por Murilo Cardoso de Castro(PLW1980)
Poder-se-ia dar centenas de outros exemplos da poesia persa, na qual nunca se pode dizer com certeza se o ’amado’ a quem se dirige é humano ou divino — precisamente porque ele ou ela é ambos ao mesmo tempo. Certamente tal figura, que assim medeia para o amante entre este mundo e o céu, merece acima de todos os outros ser chamada de Anjo.
No Ocidente cristão, com sua ênfase em uma única e suprema manifestação do Divino em forma humana, podemos perder esse senso das (…) -
"Considerai a doutrina que se oculta sob o véu de versos insólitos" (Dante, Canteins)
19 de abril, por Murilo Cardoso de CastroCanteinsD
Essa reserva em relação ao esoterismo não impede a consideração da "alegoria"; esta é tão inerente ao pensamento e à formulação de Dante que não se pode estudar o Poeta sem constatar seus recursos infinitos e a polissemia resultante, tão propícia a dissuadir os literalistas empedernidos. Encontraremos muitos exemplos ao longo das páginas, mas, previamente, convém identificar as breves passagens que reivindicam ou justificam seu uso: frases-chave lançadas por Dante de passagem, (…) -
Dante justifica o título [Divina] Comédia (Canteins)
19 de abril, por Murilo Cardoso de CastroCanteinsD
Na Epístola XIII a Can Grande délia Scala, Dante justifica o título [Divina] Comédia pelo fato de que o final é feliz, enquanto o início não é. Portanto, foi com base no final de sua Peregrinação que Dante pôde dar esse título ao seu poema. Se, como ele mesmo diz, o início é trágico, então foi necessária uma série de reviravoltas da sorte para mudar para melhor o que havia começado tão mal. É isso que vemos, portanto, podemos definir a Peregrinação como uma série de reviravoltas (…) -
Dante faz de uma peregrinação, uma revelação (Canteins)
19 de abril, por Murilo Cardoso de CastroCanteinsD
Tendo se proposto a explicar sua concepção da vida após a morte por meio de uma peregrinação sobrenatural sucessivamente pelo Inferno, Purgatório e Paraíso, Dante se viu obrigado a lidar com várias noções que a Igreja define como Mistérios, ou seja, verdades que, embora inacessíveis à razão, derivam essencialmente da revelação divina. Dante foi confrontado, em particular, com os três principais mistérios do cristianismo: Redenção, Trindade e Encarnação, e nosso estudo se (…) -
Interferência entre a vida terrena de Dante e sua Peregrinação no Além. (Canteins)
19 de abril, por Murilo Cardoso de CastroCanteinsD
Quando, na véspera da Sexta-Feira Santa do ano 1300, Dante está prestes a empreender sua extraordinária viagem, ele está no meio de sua vida: prestes a completar trinta e cinco anos. Ele próprio estima, no Convivio (IV. xxiii e especialmente IV. xxiv.1-4), que a duração da vida humana é de setenta anos (o excedente, até oitenta e um anos, além da velhice, sendo fortemente variável e incerto), de forma que, nascido no final de maio de 1265, ele poderia, segundo essa norma, prever (…) -
"Poema Sacro" da Divina Comédia (Dante, Canteins)
19 de abril, por Murilo Cardoso de CastroCanteinsD
O segundo ponto é a qualidade de "Poema Sacro" da Divina Comédia. A expressão é do próprio Dante, que a emprega duas vezes no Paraíso. A raridade e a exclusividade desse uso são significativas: à medida que desenvolvia sua obra, Dante tomou consciência mais precisa da natureza do texto que estava criando e comunicou isso ocasionalmente. Isso poderia justificar a surpreendente e suspeita ausência da expressão na Epístola a Can Grande della Scala, Senhor de Verona. Aqueles que (…) -
Dante – A Divina Comédia, hesitação no limiar da jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Dante, no entanto, ainda está no limiar do caminho. Ele não o atravessou. O que se segue aqui é tão familiar a todos nós que traz uma sensação repentina de calor e proximidade em relação a Dante. Estamos, de fato, prestes a ler sobre os feitos de um grande gênio, mas ele não está distante de nossas lutas fracassadas. Aqui está um homem, semelhante a nós mesmos, uma pessoa — e é claro que isso faz do poema uma história humana viva, que nutre a vida simbólica de cada leitor. Pois (…)