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Robert Musil – "bons velhos tempos"

(R. Musil  , “Das hilflose Europa oder Reise vom Hundersten ins Tausendste”, Gesammelte Werke, v. VIII, p. 1087.)

Pois, quando se proclama — e quem não proclamou algo assim? — que faltam à nossa época a síntese, a cultura, a religiosidade ou a comunidade, isso não representa mais do que um   elogio aos “bons velhos tempos”, dado que ninguém saberia dizer com que deveriam parecer, hoje em dia, uma cultura, uma religião   ou uma comunidade, caso elas realmente quisessem admitir em sua síntese os laboratórios, as máquinas voadoras e o corpo   social gigantesco, e não simplesmente pressupô-los como ultrapassados.