Les Cahiers d’Hermès I. Dir. Roland de Renéville. La Colombe, 1947
Il est de vérité courante que la fin du dix-huitième siècle et le commencement du dix-neuvième furent caractérisés par une volonté de recherche dégagée des contraintes de toute foi. On pourrait déduire de certaines apparences que la dure lutte que les Encyclopédistes entreprirent contre les dogmes religieux, et que les adeptes des divers matérialismes prolongèrent à leur tour, allait détourner les chercheurs de (…)
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poesia
Matérias
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Rolland de Renéville (Hermès) - Sciences maudites et poètes maudits
18 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de Castro -
Jean Richer – O. V. de L. Milosz
6 de julho, por Murilo Cardoso de CastroExiste na literatura francesa do século XIX e início do XX uma constelação de poetas, que poderiam ser chamados de grandes poetas saturnianos: não ousamos incluir Hugo, que dificilmente se enquadra em um molde, pois transcende todos — mas esse grupo certamente inclui Nerval, Baudelaire, Verlaine e Milosz. Todos são profundamente marcados por uma melancolia, que não é apenas a tradução de uma moda, mas assume um caráter visceral. Se realizarmos um estudo comparado de suas carreiras humanas e (…)
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Robert Amadou – literatura e ocultismo
30 de junho, por Murilo Cardoso de CastroA mais eficaz das chaves de que dispomos para decifrar o universo é provavelmente a poesia, em sentido amplo a poesia dos poemas, mas também a que se difunde sobre as modas de expressão. Desde o momento em que uma literatura ultrapassa a totalidade dos modos de expressão, se carrega em determinada medida de poesia e se preocupa então em iluminar determinadas relações existentes entre as coisas, as relações mútuas dos homens, a situação dos entes e sobretudo a dos homens no conjunto de um (…)
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Melville – Mardi, o filósofo Babbalanja (Krell)
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroSe Babbalanja antecipa o ensaio sobre a verdade de Heidegger, o próprio Melville antecipa de tantas maneiras, e em tantos momentos, Nietzsche. Por exemplo, o Nietzsche da gaia ciência. O narrador de Mardi, envolvendo a descrença em uma crença mais ampla e generosa, reflete sobre a vida após a morte dos peixes e a possibilidade de um céu para baleias, uma reflexão que não considera ingênua:
Pois, não parece um tanto irracional imaginar que exista qualquer criatura, peixe, carne ou ave, tão (…) -
Eudoro de Sousa – poeta
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroEu não sei como um poeta procede, porque nunca fui poeta. Mas creio não andar muito longe de adivinhar o que ele faz dizendo que ele nada faz (não obstante a etimologia!) além da imitação, da mímica, do arremedo, em palavras, sons, cores e volumes de uma Fulguração Ofuscante do Ser, que subitamente se abrindo, nos permite que vejamos um aspecto seu, refletido no espelho embaciado do mundo natural e humano. Esse aspecto (98) rofletido, o poeta o mostra como sabe e pode. O artista não é a (…)
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Abbagnano – poesia
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro(gr. poiesis; lat. poesia; in. Poetry; fr. Poésie; al. Dichtung; it. Poesia).
Forma definida da expressão linguística, que tem como condição essencial o ritmo. Podem-se distinguir três concepções fundamentais: 1) a poesia como estímulo ou participação emotiva; 2) a poesia como verdade; 3) a poesia enquanto modo privilegiado de expressão linguística.
1) A concepção de poesia como estímulo emotivo foi exposta pela primeira vez por Platão: "A parte da alma que, em nossas desgraças pessoais, (…) -
Conhecimento poético (Abellio)
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroCostuma-se indicar que a gnose possui seu instrumento próprio, que é o raciocínio por analogia: a interdependência universal resultaria assim de aproximações qualitativas (enquanto as da ciência são quantitativas), e a percepção das analogias, ao estabelecer correspondências entre os diferentes "níveis" da realidade, tenderia a destacar focos de sentido chamados "símbolos", dos quais irradiariam expressões diversas da grande unidade.
Este é de fato o modo mais simples da constituição da (…) -
Antonio Caeiro – poeta
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroSe os poetas trágicos «percebem de todas as artes», então sabem de «todas as coisas que concernem ao humano, a respeito da excelência e da sua perversão». Se não, estão «afastados» da realidade, a um distanciamento dos fenômenos do horizonte humano (πρᾶξις (praxis]] idêntico àquele que se pode constituir relativamente aos entes por natureza (φύσει ὄντα (physei onta]]. «A reprodução (μίμησις (mimesis]] imita os homens a passar por situações constituídas compulsivamente ou por vontade própria; (…)
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Melville – Mardi, "revelações crepusculares" (Krell)
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroQuaisquer verdades que o narrador espera perseguir, certamente derivarão do que ele chama de "revelações crepusculares":
Em clima claro no mar, uma vela, invisível no pleno brilho do meio-dia, torna-se perceptível ao pôr do sol. O inverso ocorre pela manhã. Visível no cinza do amanhecer, o navio distante, embora na realidade se aproxime, recua da vista à medida que o sol sobe cada vez mais alto. Isso se mantém verdadeiro até que sua proximidade o faça cair facilmente dentro do alcance (…) -
Gengoux: A Grande Obra de Rimbaud (1)
10 de julho, por Murilo Cardoso de CastroOs platonizantes lembram do renovo que a introdução do ponto de vista dialético produziu na exegese do Banquete. Brochard, no início deste século, e, mais recentemente, com maestria incomparável, Robin, negavam que os discursos anteriores ao de Sócrates representassem o pensamento de Platão. Cada conviva exprimava, à sua maneira e num estilo particular, sua concepção pessoal do amor, concepção mais parcial ou mais "bela", que "verdadeira".
Esta descoberta, que precisava a atitude real do (…)
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Notas
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est ce que les poètes font
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est le revers de la philosophie
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est un dialogue de l’homme avec le temps
- Antonio Machado (Mairena) – le poète chanterait-il sans l’angoisse du temps?
- Antonio Machado (Mairena) – Une certaine poésie se nourrit de superlatifs