Clara é única na literatura filosófica. É uma discussão contada como uma história, sua própria estrutura reflete seu conteúdo, e tem uma mulher como uma de suas personagens centrais. Infelizmente, a obra permanece apenas como um fragmento, mas está imbuída de muitos temas românticos e pode ser lida em diversos níveis. Isso confere à discussão uma certa beleza. Clara é possivelmente a única obra de Schelling que busca tornar seu pensamento mais acessível e que realmente consegue fazê-lo, (…)
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Matérias
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Fiona Steinkamp – "Clara" de Schelling
5 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Horto do Esposo I
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroHorto do Esposo — MARIO MARTINS
Antes de mais nada, uma pequena mas necessária divagação. Temos, em filosofia, o «mal metafísico», a negação de perfeições indevidas a tal ou tal ser. Um cavalo não tem a beleza alada da borboleta nem a inteligência do homem. Este não-ter constitui um mal metafísico. Por sua vez, a borboleta não possui a força do cavalo, nem a sua capacidade de viver longos anos. Enfim, o homem não tem a inteligência perfeita dos anjos.
Neste sentido, o mal metafísico é (…) -
Melville – Mardi, tempo - finitude - morte (Krell)
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroSob esse tema, talvez, apareçam os paradoxos mais profundos de Melville. Novamente é Babbalanja quem fala: "’Sim, os mortos não podem ser encontrados, nem mesmo em suas sepulturas. Nem simplesmente partiram; pois não quiseram ir; não morreram por escolha; aonde quer que tenham ido, para lá foram arrastados; e se acaso estão extintos, suas nulidades não foram mais contra sua vontade do que seu abandono forçado de Mardi. De qualquer forma, algo aconteceu com eles que não buscaram’" (M 237). Em (…)
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Franz Cumont : Lux perpetua
20 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroLux perpetua
Sans doute, tant qu’il y aura des hommes et que la médecine ne pourra leur assurer le perpétuel renouvellement d’une vigueur juvénile, se préoccuperont-ils du grand mystère de l’au-delà. Mais jamais peut-être l’idée de la mort ne fut aussi présente à l’humanité que durant les années que nous avons vécues. Elle fut la compagne quotidienne de millions de combattants engagés dans une lutte meurtrière, elle hantait l’esprit de ceux, plus nombreux encore, qui tremblaient pour la (…) -
Meyrink (Golem) - l’âme
20 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroMEYRINK, Gustav. Le Golem. (domain public)
- Mais qu’est-ce que je pourrais vous dire ? Mieux vaut parler de vous et... Vous avez dû, je le sais maintenant, vivre certaines expériences étranges qui me touchent de près, plus près que vous ne sauriez croire, je vous en prie, dites-moi tout, implora-t-il.
Je n’arrivais pas à comprendre que ma vie pût l’intéresser plus que la sienne, qui se trouvait dans un péril si pressant, mais pour le calmer, je lui racontai tous les événements qui (…) -
René Daumal – Livro dos Mortos Tibetano
30 de junho, por Murilo Cardoso de CastroÉ preciso desconfiar dos livros religiosos e filosóficos do Oriente como da peste. A menos que sejam lidos no original. Caso contrário, a escolha é entre a tradução do erudito linguista que transforma tudo em banalidades, e a tradução fedorenta do teosofista, que sabe tudo pela revelação do pedacinho de madeira e despeja, em uma pasta de mau inglês ou francês, palavras pálidas com desinências sânscritas ou palavras tibetanas com molho metafísico do Serviço de Inteligência de Adyar. (…)
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Mário Martins – O tempo em "Demônios" de Dostoiévski
4 de julho, por Murilo Cardoso de CastroMais uma vez, abramos Os Demônios, de Dostoiewski. Kirillov, engenheiro e teórico do suicídio, batia com uma bola de borracha no chão e fazia-a saltar até ao tecto, entre os gritos entusiastas de uma pequerrucha que gritava: Bola, bola!
A bola rebolou para debaixo dum armário, Kirillov deitou-se no soalho e estendeu os braços para encontrar o brinquedo. Foi nesta posição que Stavroguine o encontrou.
— Queres chá?, perguntou-lhe Kirillov.
Stavroguine vinha encharcado e bebeu o chá (…) -
Horto do Esposo III
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroHorto do Esposo — MARIO MARTINS
E é neste ponto que surge, no Horto do Esposo, a parábola do unicórnio cristianizada na legenda de S. Barlaão e S. Josafá.
Viver é um durar precário, constantemente roído pelo tempo, e todos somos reservados e guardados pera a morte. Ainda mais: todos morremos e assy escorremos como a água êna terra. É o fluir da existência, o ir-passando.
E tal ir-passando abrange também o mundo, que morre em si ou, pelo menos, morre para nós. Nada há de estável e tudo (…) -
Tieck – Não despertes os mortos!
6 de julho, por Murilo Cardoso de Castro"Queres dormir para sempre? Nunca mais despertarás, meu amado, mas repousarás eternamente da tua curta peregrinação na terra? Oh, retorna ainda uma vez! e traz contigo o alvor da esperança que vivifica aquele cuja existência, desde a tua partida, foi obscurecida pelas sombras mais densas. Quê! Muda? Para sempre muda? Teu amigo se lamenta, e não lhe dás atenção? Ele derrama lágrimas amargas e escaldantes, e tu repousas indiferente à sua aflição? Ele está em desespero, e já não abres os braços (…)
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Légende dorée - Saint Gervais et Saint Protais
4 de setembro de 2015, por Murilo Cardoso de Castro
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