Excertos do livro de Yvette Centeno, A SIMBOLOGIA ALQUÍMICA NO CONTO DA SERPENTE VERDE DE GOETHE
O Conto da Serpente Verde de Goethe, escrito em 1795, ainda hoje é, de todas as suas obras, aquela que nos deixa mais perplexos.
Integra-se numa obra a que o autor deu o título de Conversas de Emigrantes Alemães. Mas nem o título, nem o teor geral das histórias narradas, ajudam a entender melhor o Conto com que a obra finaliza. Várias histórias são contadas pelos emigrantes uns aos outros, (…)
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Goethe
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)
Matérias
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Centeno: Goethe, O Conto da Serpente Verde
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro -
Wasserstrom (SWRR) – Corbin, Goethe
14 de junho, por Murilo Cardoso de CastroHenry Corbin — Goethe Excertos da tradução em português de Dimas David Santos Silva, do livro de Steven Wasserstrom, "Religion after Religion"
Todo o efêmero nada mais é que um símbolo Henry Corbin, versão de Goethe, 1969.
Goethe, muito mais do que seu predecessor Hamann, exerceu uma forte influência sobre Corbin e Eliade, e uma significativa, ainda que menor, influência sobre Scholem. Mais especificamente, todos os três acharam que seu segundo Fausto era um marco muito precioso. (…) -
Goethe – Fausto e Helena
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Hadot2018)
“Então o espírito não olha nem para frente, nem para trás. Só o presente é nossa felicidade”. Quando, no Fausto II, o herói de Goethe pronuncia essas palavras, parece haver alcançado o ponto culminante de sua “busca da mais elevada existência”. A seu lado, no trono que fez erguerem para ela, está sentada Helena, aquela cuja beleza esplêndida ele entreviu no espelho da cozinha da feiticeira, aquela que, para entreter o Imperador, ele evocou no primeiro ato, após uma assustadora (…) -
Goethe e as artes plásticas
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Deghaye2000)
Assim, em vez de enxergar em Goethe um amador pouco talentoso que insistia em perseguir a quimera de uma arte para a qual não tinha verdadeira vocação, preferimos considerar sua reflexão estética segundo sua finalidade própria, que parece, antes de tudo, responder a uma preocupação literária.
A especulação sobre as artes plásticas se insere em uma evolução que, propriamente falando, não é a de um pintor, nem de um escultor, nem mesmo de um verdadeiro historiador da arte. (…) -
Situação arquetípica faustiana (Goethe, Bonardel)
17 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBonardel1993
Mas nada impede também de ver na situação arquetípica faustiana a reformulação da Queda adâmica, agravada pela inflação de uma intelectualidade sem "corpo". No Prólogo no Céu, o Senhor da Criação, constatando que "todo homem que caminha pode se perder", confirma assim a liberdade do Homo viator e a possibilidade de uma alquimia cristã; enquanto Mefisto se alegra por sua vez de que "o pequeno deus do mundo ainda é da mesma estirpe e bizarro como no primeiro dia": dividido de si (…) -
Patocka – Fausto de Goethe
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroTanto no Volksbuch quanto em Marlowe, em sua primeira versão poética, a história de Fausto permanece ao mesmo tempo uma lenda explicitamente alemã, situada com precisão em um lugar do mundo e um ponto no tempo. A unidade da cristandade não existe mais. Os países das fronteiras ocidentais se libertam abertamente dos laços impostos pela autoridade e pelo poder espiritual. No entanto, mesmo na fragmentação e no caos do período da Reforma, o Sacro Império Romano permanece fundamentalmente (…)
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Goethe Metamorfose
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroGoethe — A METAMORFOSE DAS PLANTAS Apresentação Excertos da «Introdução» de Maria Filomena Molder, de sua tradução de "A Metamorfose das Plantas"
Deveras, se o livro (A Metamorfose das Plantas) não trouxesse na capa este título restrito, seriamos levados a acreditar que liamos a história do desenvolvimento do espírito humano em geral, a história da sua formação gradual, em vista da contemplação e da compreensão dos fenômenos da natureza. Geoffroy Saint-Hilaire, Compte Rendu des Séances de (…) -
Goethe Doutrina das Cores Prefacio
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroGoethe — Doutrina das Cores Excertos da tradução de Marco Giannotti Prefácio
Quando se fala das cores, não se deve, em primeiro lugar, mencionar a luz? Pergunta bem natural, que responderemos de modo sucinto e direto, pois até agora se disse tanta coisa a respeito da luz, que nos parece inconveniente repetir o que já foi dito, ou acrescentar algo àquilo que muitas vezes se repetiu.
Expressar a essência de algo é propriamente um empreendimento inútil. Percebemos efeitos, e uma história (…) -
Goethe, luz irradiada pelas obras-primas
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Deghaye2000)
Assim, quando Goethe fala da luz irradiada pelas obras-primas, ele imita uma tradição religiosa. No entanto, os trovões e relâmpagos que acompanham o nascimento de Cristo exigem uma reflexão. Certamente, pode-se simplesmente dizer que houve uma tempestade, o que é verdadeiro, pois Goethe o especifica. Mas essa tempestade não teria um sentido simbólico?
O leitor desavisado pode pensar que essa anotação de Goethe não combina com a tradição religiosa. De fato, o nascimento de (…) -
Werther, Goethe
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Deghaye2000)
Goethe havia sido consagrado poeta pelos sucessos que muito cedo havia conquistado. No entanto, ele acreditou por muito tempo que sua vocação era dupla. Ele se considerava verdadeiramente predestinado às belas-artes. Foi apenas em 1788, na Itália, que sua desilusão foi total.
Certamente, Goethe sentiu, muito antes, uma certa ambiguidade. Werther é testemunha disso. Sua história é essencialmente a de um artista atingido pela esterilidade e que não se reconhece como poeta. (…)