Excertos do livro de Yvette Centeno, A SIMBOLOGIA ALQUÍMICA NO CONTO DA SERPENTE VERDE DE GOETHE
O Conto da Serpente Verde de Goethe, escrito em 1795, ainda hoje é, de todas as suas obras, aquela que nos deixa mais perplexos.
Integra-se numa obra a que o autor deu o título de Conversas de Emigrantes Alemães. Mas nem o título, nem o teor geral das histórias narradas, ajudam a entender melhor o Conto com que a obra finaliza. Várias histórias são contadas pelos emigrantes uns aos outros, (…)
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Goethe
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)
Matérias
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Centeno: Goethe, O Conto da Serpente Verde
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro -
Molder (1995:47-50) – A constituição de uma prosa pensativa em Goethe
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroNão tendo propriamente qualquer órgão para a filosofia e sabendo escapar, quando necessário, à sua influência, recolhendo-se à sua própria disciplina, Goethe deixa-nos perceber, paradoxalmente, vestígios dos aspectos mais decisivos da possibilidade de uma prosa pensativa, de uma prosa teórica. Na verdade, os temas goethianos obrigam mesmo a um retorno a algumas dessas questões. O pensamento da forma apresenta-se no interior de constrangimentos que lhe são inerentes e que solicitam uma tarefa (…)
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Wasserstrom (SWRR) – Corbin, Goethe
14 de junho, por Murilo Cardoso de CastroHenry Corbin — Goethe Excertos da tradução em português de Dimas David Santos Silva, do livro de Steven Wasserstrom, "Religion after Religion"
Todo o efêmero nada mais é que um símbolo Henry Corbin, versão de Goethe, 1969.
Goethe, muito mais do que seu predecessor Hamann, exerceu uma forte influência sobre Corbin e Eliade, e uma significativa, ainda que menor, influência sobre Scholem. Mais especificamente, todos os três acharam que seu segundo Fausto era um marco muito precioso. (…) -
Centeno: Goethe - Fausto
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro"Mas este aprendeu, irá ensinar-nos." Goethe, Faust
A magia, como têm observado os seus estudiosos, constitui um universo coerente de ideias, uma representação global do homem e do mundo, semelhante, pela função, à das concepções religiosas, tradicionais e oficiais, embora se desenvolva à margem delas. É a angústia da consciência inquisidora das razões e dos mistérios do universo que se projecta na magia, enquanto forma útil de apreensão e domínio desse mesmo universo.
«A um mundo (…) -
Patocka – Fausto de Goethe
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroTanto no Volksbuch quanto em Marlowe, em sua primeira versão poética, a história de Fausto permanece ao mesmo tempo uma lenda explicitamente alemã, situada com precisão em um lugar do mundo e um ponto no tempo. A unidade da cristandade não existe mais. Os países das fronteiras ocidentais se libertam abertamente dos laços impostos pela autoridade e pelo poder espiritual. No entanto, mesmo na fragmentação e no caos do período da Reforma, o Sacro Império Romano permanece fundamentalmente (…)
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Goethe – tudo o que é factual já é teoria
21 de março, por Murilo Cardoso de CastroComo escreveu Goethe, “o apogeu seria compreender que tudo o que é factual já é teoria. (...) Que não se busque simplesmente nada por trás dos fenômenos: eles mesmos são a teoria” (Maximen und Reflexionen, § 575). Ou ainda: “(...) E inútil procurarmos expressar a natureza de uma coisa. Percebemos efeitos, e a história completa desses efeitos sem dúvida englobaria a natureza da coisa. Em vão nos esforçamos por retratar o caráter de um ser humano; reunamos, ao contrário, seus modos de agir, (…)
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Lepinte : Goethe et le goût du mystère
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroEn embrassant dans leur évolution les rapports de Goethe et de l’occultisme, nous avons pu déterminer trois « moments » essentiels : l’expérience magique de Francfort et ses prolongements ; la période sceptique et critique où paraît le Gross-Cophta ; enfin l’expérience de l’occultisme romantique, centré autour des manifestations du magnétisme animal. Malgré une rupture dans la continuité de ces rapports, marquée par l’époque du Gross-Cophta, la veine mystique et occultiste circule d’un bout (…)
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Wasserstrom: Eliade sobre Goethe
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroExcertos da tradução em português de Dimas David Santos Silva, do livro de Steven Wasserstrom, "Religion after Religion"
Eliade, assim como Corbin, nutria uma paixão pela Alemanha e suas coisas nos anos 20 e 30. Naquela época Goethe tornou-se um de seus marcos pessoais de grandiosidade. ’(Voltaire) encorajou meus sonhos de um espírito universal... (mas quando) descobri outros autores universais, especialmente Papini e, mais tarde, Goethe e Leonardo da Vinci, parei de lê-lo’. No final de (…) -
Goethe e as artes plásticas
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Deghaye2000)
Assim, em vez de enxergar em Goethe um amador pouco talentoso que insistia em perseguir a quimera de uma arte para a qual não tinha verdadeira vocação, preferimos considerar sua reflexão estética segundo sua finalidade própria, que parece, antes de tudo, responder a uma preocupação literária.
A especulação sobre as artes plásticas se insere em uma evolução que, propriamente falando, não é a de um pintor, nem de um escultor, nem mesmo de um verdadeiro historiador da arte. (…) -
Goethe – Fausto e Helena
1º de abril, por Murilo Cardoso de Castro(Hadot2018)
“Então o espírito não olha nem para frente, nem para trás. Só o presente é nossa felicidade”. Quando, no Fausto II, o herói de Goethe pronuncia essas palavras, parece haver alcançado o ponto culminante de sua “busca da mais elevada existência”. A seu lado, no trono que fez erguerem para ela, está sentada Helena, aquela cuja beleza esplêndida ele entreviu no espelho da cozinha da feiticeira, aquela que, para entreter o Imperador, ele evocou no primeiro ato, após uma assustadora (…)