Estórias – Mil e Uma Noites
Um dos mais conceituados especialistas contemporâneos d’As Mil e Uma Noites, Aboubakr Chraïbi, demonstra que estes textos, cuja fiabilidade histórica é, de resto, questionável, não podem constituir prova de que no século ix já existisse o livro d’As Mil e Uma Noites, nem que este tivesse sido uma tradução do persa. Em primeiro lugar, os vários testemunhos que se reportam aos séculos ix/x aludem a um tipo de histórias que se assemelha mais às fábulas ou aos (…)
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Matérias
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Mil e Uma Noites
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Contos Grimm
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroCom seu irmão Wilhelm, o linguista e escritor Jacob Grimm, fundador da filologia alemã, dedicou-se a recolher contos populares de regiões de língua alemã. Publicada em dois volumes, em 1812 e 1815, a coletânea Contos da infância e do lar trazia piadas, lendas, fábulas, anedotas e narrativas tradicionais de toda sorte. Além, é claro, dos contos de fadas que associamos aos irmãos Grimm – como A Bela Adormecida, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel e João e Maria. De início, o projeto (…)
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Malba Tahan – Mil e Uma Noites
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroÉ problema altamente controvertido a origem das Mil e uma noites.
Massudi, que viveu no século XI e foi um dos escritores mais viajados do seu tempo, afirmou que As mil e uma noites foram tiradas do livro persa Hezar Afsaneh [Mil histórias]. Esta última obra, segundo se afere de uma referência que a ela faz Firduzzi, no prefácio de Schanameh [Livro dos reis], é atribuída a um poeta persa, Rasti, que teria vivido na segunda metade do século X. E, assim, o erudito Massudi parece estar com a (…) -
Hermann Hesse – Ludwig Tieck
6 de julho, por Murilo Cardoso de CastroSe eu fosse astrólogo, a primeira coisa que faria para poder dizer algo sobre um escritor seria estudar seu horóscopo. E apostaria que o horóscopo de Ludwig Tieck é um desses vacilantes, duvidosos, imprecisos e que se neutralizam em si mesmos, um desses em que qualquer constelação boa corresponde a outra má, em que cada linha marcada está cruzada e corrigida por outra. Existem horóscopos assim e, deixando a astrologia de lado, existem também muitos caracteres e destinos assim, que parecem (…)
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Marie-Louise von Franz – Contos de Fadas
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroAntes de tentar explicar a forma junguiana específica de interpretação, vou entrar rapidamente na história da ciência dos contos de fada e nas teorias das diferentes escolas e sua literatura. Pelos escritos de Platão sabemos que as mulheres mais velhas contavam às suas crianças histórias simbólicas — “mythoi”. Desde então, os contos de fada estão vinculados à educação de crianças. Na antiguidade, Apuleio, um escritor e filósofo do século 2 d.C., escreveu sua famosa novela O asno de ouro, um (…)
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Heinrich Zimmer – Estórias
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroHeinrich Zimmer
Contar histórias tem sido, ao longo das eras, um assunto sério e também um ameno entretenimento. Ano após ano, histórias são inventadas, escritas, devoradas e esquecidas. Que acontece com elas? As poucas que sobrevivem e que, como sementes dispersas, o vento esparge durante gerações, engendram novos contos e proporcionam alimento espiritual a inúmeros povos. Foi assim que recebemos a maior parte de nossa própria herança literária; chegou-nos de épocas remotas, de distantes (…) -
Italo Calvino – Estórias Fantásticas
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroO conto fantástico é uma das produções mais características da narrativa do século XIX e também uma das mais significativas para nós, já que nos diz muitas coisas sobre a interioridade do indivíduo e sobre a simbologia coletiva. A nossa sensibilidade de hoje, o elemento sobrenatural que ocupa o centro desses enredos aparece sempre carregado de sentido, como a irrupção do inconsciente, do reprimido, do esquecido, do que se distanciou de nossa atenção racional. Aí estão a modernidade do (…)
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Grimm (Contos:47) – The Juniper Tree (O Junípero)
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroVersão inglesa de Jack Zipes da edição original de 1812/1815 dos Contos de Grimm.
O zimbro possui uma rica tradição folclórica, mas não é especialmente pertinente à árvore neste conto. O óleo, as cinzas, as bagas, as folhas e a casca são utilizados em muitas culturas para fins curativos, e é o poder terapêutico da árvore que parece torná-la uma escolha natural como local de descanso para o menino. Na Rússia, o zimbro é uma bétula; na Inglaterra, é uma roseira.
Existe tradução desse conto (…) -
Pierre Gordon – Contos de Fadas
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroO que dá a melhor impressão do ’’mundo verdadeiro’’, do mundo da liberdade, são os contos de fadas. E, entre as obras literárias francesas, aquelas que se devem aconselhar a leitura a quem quer ter uma visão da ’’realidade’’, são os Contos de Perrault. O resto, é frequentemente, literatura; é algo de relativo ao mundo que passa, ao mundo aparente, ’’ao mundo que não é’’, ao mundo da necessidade.
Nada é tão revelador da alma humana como os relatos do tempo onde os animais falavam. Existem (…) -
Dermenghem (Hermès) - LE MYTHE DE PSYCHE DANS LE FOLKLORE (2)
17 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès II. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947.
I. - Les variantes arabes et berbères sont nombreuses en Afrique du Nord, où elles peuvent se répartir entre trois principaux groupes (auxquels il conviendrait d’ajouter celui du thème renversé, à forme masculine, que nous étudierons plus loin), que nous appellerons : Caftan d’Amour, Et-Taj Ahmed ben Amar, Le Collier volé.
Dans Caftan d’Amour tacheté de Passion (Contes Fasis, recueillis par M. El Fasi et E. (…)
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