tradução
Há meio século, as diversas confissões e filosofias disputam a obra de Charles Baudelaire não menos avidamente que as capelas literárias que se sucederam desde Arthur Rimbaud. Embora o espetáculo de suas inquietações morais e religiosas devesse levar os críticos a uma absoluta sinceridade, a uma impiedosa objetividade, o impulso das ideias e, mais ainda, o fervor religioso e a paixão filosófica os levaram a estender a toda a obra baudelairiana conclusões que por vezes só se (…)
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Paul Arnold
Paul Arnold (1909-1992)
Matérias
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Paul Arnold (Hermès) - Cosmos de Baudelaire (1)
4 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Paul Arnold – Esoterismo de Shakespeare
4 de julho, por Murilo Cardoso de CastroL’Ésotérisme de Shakespeare, par Paul Arnold. Mercure de France, 1955.
É um fato pouco conhecido, mas facilmente verificável, que o homem, o pensador dos séculos XVI e XVII, preocupava-se principalmente com doutrinas ocultas relacionadas à salvação espiritual. Paralelamente às doutrinas das Igrejas, romana ou reformada, frequentemente até em conjunção com elas, filósofos e teólogos, matemáticos e alquimistas descreviam em uma linguagem muitas vezes alusiva e impenetrável a jornada suposta (…) -
Paul Arnold (Hermès) - Cosmos de Baudelaire (2)
4 de julho, por Murilo Cardoso de Castrotradução
Diante dessa propensão inerente à alma condenada a se aliar ao mundo formal, o poeta das Flores só vê uma atitude possível, um remédio para o Irremediável: o estado de vigília ou de vigilância permanente. É a hiperconsciência que ele cultiva com fervor e da qual o remorso é apenas o aspecto moral.
A “consciência no mal” impede as obras, essencialmente más, como sabemos, de macular o corpo sutil, de afundar ainda mais o espírito na matéria e de afastá-lo assim um pouco mais de (…) -
Paul Arnold – Trabalhos de Amor Perdidos
4 de julho, por Murilo Cardoso de CastroMuito se especulou sobre a atitude hostil que os poetas oriundos da universidade teriam mostrado em relação a William Shakespeare, o “autodidata” . Isso faz necessariamente parte da atmosfera romântica em que se insiste em manter o retrato de Shakespeare. É difícil contestar que tal ou qual alusão maldosa — como o “shake-scene” de Robert Greene — tenha visado o poeta de Sonho de uma Noite de Verão. Mas devia ser naquela época como nos dias de hoje; a benevolência nunca reinou entre os (…)
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Paul Arnold – Sonho de uma noite de verão
4 de julho, por Murilo Cardoso de CastroNão se conhece a data exata em que foi escrito e criado o Sonho de uma Noite de Verão. Não é impossível sustentar que a obra, recém-composta, foi representada pela primeira vez em 26 de janeiro de 1595 perante a corte então em Greenwich, por ocasião do casamento de William Stanley, VI conde de Derby, com Elisabeth de Vere, filha do conde de Oxford. Lembrou-se, para sustentar isso, que a trupe da qual Shakespeare fazia parte atuou perante a rainha, no palácio real de Greenwich, nos dias 26 e (…)