Apresentação de Patrick Valette (Schubert1982)
Este pensamento analógico descobre, em primeiro lugar, a identidade profunda entre as diversas expressões da alma humana. O sonho (capítulo 1), a poesia e a profecia (capítulo 2), o mito (capítulo 3) revelam, em análise, uma concordância essencial. Schubert chama essa analogia, sendo um bom discípulo de Saint-Martin, para quem tudo é Verbo, de linguagem, e analisa ao longo dos dois primeiros capítulos suas características e vantagens.
"Em (…)
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Obras e crítica literárias
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Linguagem onírica, analogia entre expressões da alma humana
18 de abril, por Murilo Cardoso de Castro -
Análise da "Simbólica do Sonho"
18 de abril, por Murilo Cardoso de CastroApresentação de Patrick Valette (Schubert1982)
Na Simbólica, que está longe de ser uma "chave dos sonhos", Schubert tenta desenvolver uma verdadeira metafísica não apenas do sonho, mas de todos os estados de inconsciência: clarividência, "poesia superior", profecia, loucura, onde a atividade da alma escapa ao controle da consciência diurna e da vontade. Para ele, não se trata de apresentar uma "verdadeira teoria do sonho" — como ele mesmo afirma no prefácio —, mas de buscar o elo que, no (…) -
G. H. Schubert
18 de abril, por Murilo Cardoso de CastroApresentação de Patrick Valette (Schubert1982)
Ele descobriu em primeiro lugar a mitologia, inicialmente através de seu colega, o excelente orientalista J.A. Kanne, e depois pelas obras de Friedrich Creuzer, cuja obra principal, Symbolik und Mythologie der alten Völker, besonders der Griechen (Simbolismo e Mitologia dos Povos Antigos, Particularmente dos Gregos, 4 vols.), foi publicada em Leipzig entre 1810 e 1812. Mas a descoberta essencial dessa época foi a do pensamento místico e (…) -
A Simbólica do Sonho
18 de abril, por Murilo Cardoso de CastroApresentação de Patrick Valette (Schubert1982)
A Simbólica do Sonho é, junto com A Alma do Mundo de Schelling, uma das obras mais famosas da filosofia da natureza e desse vasto movimento que foi o romantismo alemão. Ela compartilha com o livro desse filósofo o privilégio de carregar um título extremamente evocativo e, em muitos aspectos, característico de uma forma de pensamento em ruptura radical com o racionalismo do "século das luzes". "Simbólica" evoca de fato uma inclinação do (…) -
Situação arquetípica faustiana (Goethe, Bonardel)
17 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBonardel1993
Mas nada impede também de ver na situação arquetípica faustiana a reformulação da Queda adâmica, agravada pela inflação de uma intelectualidade sem "corpo". No Prólogo no Céu, o Senhor da Criação, constatando que "todo homem que caminha pode se perder", confirma assim a liberdade do Homo viator e a possibilidade de uma alquimia cristã; enquanto Mefisto se alegra por sua vez de que "o pequeno deus do mundo ainda é da mesma estirpe e bizarro como no primeiro dia": dividido de si (…) -
Sobre o ensaio "Swedenborg" de Valéry
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroScapolo2018
Haec vera sunt quia signa habeo – o impossível Swedenborg?
O cerne do breve mas denso ensaio de Paul Valéry dedicado a Emanuel Swedenborg, escrito nos primeiros meses de 1936 como prefácio à tradução francesa da monografia de M. Martin Lamm, diz respeito especificamente à relação entre o real e seu possível conhecimento, um dos temas centrais do pensamento do pai de Monsieur Teste. A grande e fundamental questão que ocupou Valéry em sua atividade especulativa desde os vinte e (…) -
O "Espiritual" de Swedenborg (Valéry)
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroNo caso que nos ocupa, Espiritual é uma palavra-chave, uma palavra cujo significado é uma ressonância. Ela não orienta o espírito para um objeto de pensamento, mas faz vacilar todo um setor afetivo e imaginativo reservado. Responde à necessidade de expressar que o que se diz não tem sua conclusão nem seu valor no que se vê; e, além disso, que o que se pensa não tem sua conclusão nem seu valor no que pode ser pensado. É um sinal que, sob forma de epíteto, nos sugere reduzir à condição de (…)
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O livro de M. Martin Lamm sobre Swedenborg (Valéry)
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroNo entanto, o livro que acabo de ler propõe ao pensamento um Swedenborg completamente diverso. A ideia vaga e hoffmaniana que minha ignorância formara dele mudou-se na de uma figura não menos enigmática, mas precisa - potentemente interessante, cuja história intelectual suscita uma quantidade de problemas de primeira importância no âmbito da psicologia do conhecimento.
Li a obra de M. Martin Lamm com um apego crescente; via desenhar-se, de capítulo em capítulo, o extraordinário Romance de (…) -
Os Cahiers carregam originalidade do viés anti-filosófico de Valéry
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroSignorile1993
A criação abre o caminho para o conhecimento, porque o conhecimento está ligado ao aprendizado sobre a ação e suas obras. Essa posição é suficiente para justificar a relevância filosófica dos Cahiers. Ela permite, inclusive, explicar as variações destes últimos, ao sabor das consequências e das discussões em meio às quais eles se desenvolvem. De fato, Valéry nunca define sua filosofia mais claramente do que nos momentos em que rejeita toda filosofia. Quando ele reflete sobre (…) -
A aparente desordem dos Cahiers de Valéry
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroSignorile1993
A aparente desordem e a repetição temática [nos Cahiers de Valéry] são inicialmente desconcertantes, ainda mais porque essa é uma filosofia profundamente racionalista e móvel. A todo momento, o leitor é convidado a traçar um paralelo entre o racionalismo de Descartes e o evolucionismo de Bergson.
Mas se, em ambos, Valéry considera a Razão o princípio e o movimento o instrumento, as observações relacionadas a construir, fazer e criar dão o tom da filosofia de Valéry, além de (…)