Original
That this insight into the nature of things and the origin of good and evil is not confined exclusively to the saint, but is recognized obscurely by every human being, is proved by the very structure of our language. For language, as Richard Trench pointed out long ago, is often ‘wiser, not merely than the vulgar, but even than the wisest of those who speak it. Sometimes it locks up truths which were once well known, but have been forgotten. In other cases it holds the germs of (…)
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Ditados
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Huxley: dualité
25 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Henri Borel – Amor (4)
26 de maio, por Murilo Cardoso de CastroBorelWW
Fui despertado por um leve ruído próximo. Um fruto caíra da árvore atrás de nós. Quando levantei o olhar, vi a luz da lua brilhando no céu acima de nós.
O Sábio sentou-se ao meu lado e, amorosamente, inclinou-se para mim.
"Estás muito cansado, meu rapaz — disse preocupado. É demasiado para ti, em tão pouco tempo. Estavas tão cansado que adormeceste. Dorme também o mar, vês, nenhuma ruga quebra sua calma plácida que imóvel absorve a luz sagrada em seus sonhos. Mas precisas (…) -
Henri Borel – Amor (3)
26 de maio, por Murilo Cardoso de CastroBorelWW
"O que significa essa tristeza difusa por toda a natureza? — perguntei. Não é toda a Terra que geme de dor no crepúsculo? E chora, com cores languidas, com os topos curvados das árvores, com as montanhas vigilantes. Quando a natureza sofredora brilha diante de seus olhos, os humanos são tomados por uma dor maravilhosa.
É como se a própria natureza expressasse seu desejo de Amor. E tudo se torna nostalgia, os mares, as montanhas, as nuvens."
E o Sábio disse: "É a mesma dor que (…) -
Henri Borel – Amor (2)
26 de maio, por Murilo Cardoso de CastroBorelWW
És ainda como um rio, que conhece apenas suas margens luminosas, inconsciente da força que o move, mas que depois, inevitavelmente, fluirá para o grande mar. Por que sentimos aquele desejo de felicidade, de felicidade humana, que dura um instante e depois se vai?
Chuang Tzu disse: ’A suprema felicidade não é felicidade.’
Não achas repreensível e insensato que as pessoas caiam à mercê de uma vontade que vacila em busca de um instante de felicidade, que se esvai no mesmo (…) -
Henri Borel – Amor (1)
26 de maio, por Murilo Cardoso de CastroBorelWW
Tornou a anoitecer. Sentamo-nos numa colina suave, íntima e serena, no grande silêncio daquele tempo solene.
As montanhas ao nosso redor jaziam em humilde devoção, como ajoelhadas, imóveis, sob o Céu, a receber a bênção da noite que lentamente descia. As árvores solitárias, espalhadas pelas colinas, permaneciam imóveis em atenta devoção.
O mar murmurava, vago e indefinido, perdido em sua própria imensidão. Havia paz no ar, e os sons, como preces, elevavam-se ao Céu.
O Sábio (…) -
Meyrink (GMCH) – O Relojoeiro
24 de maio, por Murilo Cardoso de CastroGMCH
O Relojoeiro representa o caminho pessoal, a iniciação de Gustav Meyrink. Mas se ele permanece pessoal, de que adianta esclarecer e explicar esse caminho?
Para cada um, o caminho é diferente, mas o processo e os graus são os mesmos. É verdade que o conteúdo difere; mas, que é preciso percorrê-los e como eles se sucedem, todos vivificantes — esta exposição pode ajudar o leitor a esclarecer seu caminho pessoal e seu grau. Da mesma forma, também pode mostrar-lhe a chave, onde e como (…) -
Meyrink – O motivo do duplo no Golem
23 de maio, por Murilo Cardoso de CastroGUSTAV MEYRINK — O GOLEM (MeyrinkG)
Apresentação de Isabel Hernández da versão em espanhol
Conforme o exposto até aqui, é evidente que o protagonista do romance, Athanasius Pernath, e a criatura que o intitula, o golem, estão estritamente relacionados. O encontro com este ser artificial, a princípio atemorizante e desagradável, torna-se para o lapidador de gemas o acontecimento chave que desencadeia a busca por seu passado, suas lembranças e sua pessoa, em resumo, a busca de si mesmo. Na (…) -
Meyrink – O Golem
23 de maio, por Murilo Cardoso de CastroGUSTAV MEYRINK — O GOLEM (MeyrinkG)
Apresentação de Isabel Hernández da versão em espanhol
Publicação do seu primeiro romance, O Golem (1915). Com ele, inicia-se o seu segundo grande período de produção literária, no qual diminui a sua atividade para a revista, o que, evidentemente, também implicou uma redução dos seus rendimentos, que tentou compensar realizando algumas traduções de obras de Dickens entre 1909 e 1914. Como fato anecdótico e muito representativo da personalidade de (…) -
Kafka, O Processo e o Castelo
26 de abril, por Murilo Cardoso de CastroCalasso, 2002
O processo e O castelo são histórias em que se trata de concluir um trâmite: livrar-se de um procedimento penal, confirmar uma nomeação. O ponto em torno ao qual tudo gira é sempre a eleição, o mistério da eleição, a sua obscuridade impenetrável. No Castelo, K. deseja a eleição — e isso complica infinitamente cada ato seu. No Processo, Josef K. deseja subtrair-se à eleição — e isso complica infinitamente cada ato seu. Ser escolhido, ser condenado: duas modalidades do mesmo (…) -
Kafka, o mínimo de elementos do mundo em seus cenários
26 de abril, por Murilo Cardoso de CastroCalasso, 2002
No início, há uma ponte de madeira coberta de neve. Nevoeiro cerrado. K. ergue o olhar “para o que parecia ser o vazio”, in die scheinbare Leere. Ao pé da letra: “para o vazio aparente”. K. sabe que há alguma coisa naquele vazio: o Castelo. Jamais o viu, talvez jamais ponha os pés ali.
Kafka intuiu que só se nomeara um número mínimo de elementos do mundo à volta. Uma afiadíssima navalha de Ockham penetrava a matéria romanesca. Nomear o mínimo e em sua pura literalidade. Por (…)