BOUVERESSE, J. La voix de l’âme et les chemins de l’esprit: dix études sur Robert Musil. Paris: Seuil, 2001. "[...] não possuíamos os conceitos que nos teriam permitido integrar a experiência vivida à nossa interioridade. Ou tampouco os sentimentos cujo magnetismo os ativa para isso" (Musil). Como vimos, Musil não acredita que o súbito surgimento da guerra em uma época decididamente pacifista possa ser explicado apenas por causas políticas, econômicas ou ideológicas. "A guerra", escreve ele, (…)
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Ditados
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Musil – Guerras
6 de abril, por Murilo Cardoso de Castro -
Musil – Interioridade humana
6 de abril, por Murilo Cardoso de CastroOs eventos decisivos para a interioridade humana ocorrem de forma imperceptível na física. A própria vida civil, no final, não poderá evitar reconhecer as analogias evidentes entre o macrocosmo e o microcosmo.
Robert Musil, Motive-Überlegungen, GW, VII, p. 878. Radicalisme -
Charles Williams, esoterismo na obra literária
3 de abril, por Murilo Cardoso de Castro(CW2018)
Cada um dos romances de Williams explora uma diferente terra incognita de simbolismo e práticas ocultistas. Shadows of Ecstasy (1925-1932, publicado em 1933) apresenta um poderoso ocultista que dominou a transmutação alquímica do eu; Many Dimensions (1931) revisita a alquimia, combinando a lendária Pedra Filosofal com a pedra cabalística de Schethiya na representação da “pedra de Suleiman”, um objeto mágico que oferece poder, riqueza e sucesso, ou, alternativamente, compreensão (…) -
Charles Williams, The Greater Trumps (Os Grandes Arcanos)
3 de abril, por Murilo Cardoso de CastroPara melhor compreendermos esses problemas (Mistérios Cristãos), podemos consultar uma obra similar, cuja espiritualidade tem, entretanto, tom diferente. Ela foi escrita por outro cristão, cujo pensamento profundo procurou também analisar a magia do tarô e sua superação religiosa. Seu título é The Greater Trumps (isto é, "Os grandes arcanos" do Tarô); o autor é CHARLES WILLIAMS (1886-1945), o misterioso amigo erudito de T. S. Eliot, C. S. Lewis, Tolkien e Dorothy Sayers. Quando esse escritor (…)
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Huxley – Consistência da Inconsistência
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. Também o cisne morre
“Agosto, 1796. Hoje, a tagarela da minha sobrinha Caroline reprovou o que ela chama a Inconsistência de minha Conduta. Um Homem que trata tão humanitariamente os Cavalos de suas cavalariças, os Veados de seus parques, as Carpas de seus viveiros, devia mostrar Consistência sendo mais sociável do que eu sou, mais tolerante para com os Estúpidos de suas relações, mais caritativo para com os pobres e os humildes. A que eu respondi observando que a palavra (…) -
Huxley – Solidão
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. Também o cisne morre
“Janeiro, 11, 1788. Neste dia, cinquenta anos passados, nasci. Da solidão do Ventre passamos à solidão entre nossos Semelhantes e voltamos à solidão do Túmulo. Passamos a vida tentando mitigar esta solidão. Mas propinquidade nunca é fusão. A mais populosa das Cidades não passa de um aglomerado de Ermos, e trocamos Palavras de prisão para prisão, e sem poder esperar que elas signifiquem para os outros o que significam para nós. Casamo-nos; a casa passa a (…) -
Huxley – O plano estritamente humano é o do mal
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. Também o cisne morre
— Há algo a fazer — continuou Mr. Propter —, mas sob a condição de que se conheça a natureza do mundo. Desde que se saiba que o plano estritamente humano é o do mal, não se perderá tempo tentando produzir o bem nesse plano. O bem só se manifesta no plano animal e no da eternidade. Sabendo disso, qualquer um perceberá logo que o mais que se pode fazer no plano humano é preventivo. Pode-se fazer com que as atividades puramente humanas não interfiram (…) -
Huxley – Ponto de vista hebraico em relação à alma
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. A Situação Humana
Vale a pena perder um momento comentando o ponto de vista hebraico em relação à alma.
Nas primeiras partes do Velho Testamento não existe alma imortal. O homem é recompensado nesta terra, e a alma e o corpo estão completamente unidos. A personalidade é mente-corpo, e, exatamente como Homero não tem palavra para a alma substancial, o hebraico do Velho Testamento não tem palavra para a concepção geral de corpo. Parece tão óbvio que os dois estão juntos que (…) -
Huxley – A psicologia de Homero
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. A Situação Humana
A psicologia de Homero é curiosamente parecida com a psicologia do começo do budismo, embora Homero não seja tão incrível e escrupulosamente sistemático. A ideia inicial do budismo é de que o homem é anatta, sem uma alma substancial. Consiste num grupo de skandhas, que são complexos, parte fisiológicos parte emocionais, compostos parte do lado apetitivo e parte do lado reflexivo e intelectual do homem. Todos os fatos do comportamento humano podem ser (…) -
Huxley – O homem é um anfíbio múltiplo
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. A Situação Humana
Por todos esses motivos, pois — porque o lapso de nossa vida é tão breve e o progresso no passado foi tão lento, porque consideramos as coisas como certas, porque a vida humana em si é não-progressiva, e porque vivemos e queremos viver tanto em nossa vida pessoal isolada, ilhada —, por tudo isso, esses grandes fatos objetivos são muito pouco experimentados por nós e vivemos num estranho mundo anfíbio. O homem é um anfíbio múltiplo, vivendo em muitos (…)