Aldous Huxley. Moksha
Estar silenciosamente receptivo – como isso parece infantilmente simples! Mas, na verdade, como logo descobrimos, quanto é difícil! O universo no qual os homens passam suas vidas é a criação do que a filosofia hindu chama Nama-Rupa (Nome e Forma). A realidade é um contínuo, um Algo inimaginavelmente misterioso e infinito, cujo aspecto exterior é o que nós chama-mos Matéria e cujo interior é o que chamamos Mente. A linguagem é um mecanismo para tirar o mistério da (…)
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Ditados
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Huxley – Nama-Rupa
2 de abril, por Murilo Cardoso de Castro -
Huxley – Seus eus suados...
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. Moksha
Como todas as outras doenças, a tensão tende a estreitar a consciência do paciente até que, em casos extremos, ele só tem consciência de si mesmo. Doenças graves modificam profundamente a personalidade de suas vítimas. Para essa personalidade modificada, a diminuição produzida pela doença logo chega a parecer quase normal, e é aceita como natural. A tensão não é uma doença severa, e aqueles que sofrem de tensão estão suficientemente bem para sentir e sofrer do (…) -
Huxley – Paisagens fazem com que as pessoas se lembrem de quem são
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. A Ilha.
[...] As paisagens realmente fazem com que as pessoas se lembrem de quem são.
– E serão melhores do que as cenas da vida de um santo ou de um salvador?
Vijaya balançou a cabeça.
– Em primeiro lugar aí está a diferença entre o objetivo e o subjetivo. Um quadro de Cristo ou de Buda é simplesmente a lembrança de algo observado por um behaviorista e interpretado por um teólogo. Porém, quando se é confrontado com uma paisagem como esta, é psicologicamente impossível (…) -
Huxley – A teologia de um povo reflete o estado de seu traseiro na infância
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. A Ilha.
– Não, não é puro sadismo. É sadismo aplicado — disse o dr. MacPhail. — É sadismo por uma razão mais dissimulada, sadismo a serviço de um ideal, sadismo como uma convicção religiosa. Aliás, as relações entre a teologia e o castigo corporal na infância são um assunto que merece um estudo histórico a respeito — concluiu, dirigindo-se para Will. — Minha teoria é que, se as crianças de qualquer parte são sistematicamente flageladas, crescem com a impressão de que Deus é (…) -
Huxley – O estilo é o homem
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. Filosofia Perene.
Tal como Santo Agostinho, Eckhart foi até certo ponto vítima dos seus próprios talentos literários. Le style c’est l’homme (George-Louis Leclerc). Sem dúvida. Mas o inverso é também parcialmente verdade, l’homme c’est le style. Quando temos um dom para escrever de determinada maneira, damos por nós, de certa forma, a transformarmo-nos na nossa maneira de escrever. Moldamo-nos à semelhança do nosso tipo específico de eloquência. Eckhart foi um dos criadores (…) -
Huxley – Uma massa de matéria fisiológica moldada em ser humano
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroALDOUS HUXLEY. OS DEMÔNIOS DE LOUDUN
Para os partidários do totalitarismo deste ilustrado século nosso, não há alma nem Deus; só há uma massa de matéria fisiológica que se vai moldando por reflexos condicionados e pressões de caráter social, o que dá como resultado isso que, por cortesia, denomina-se ser humano. Um produto como este carece de significação por si mesmo e não possui direitos de auto-determinação: existe para a sociedade e tem que conformar-se com a vontade do conjunto. Por (…) -
Huxley – Homem, nem anjo e nem diabo
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroHUXLEY, Aldous. Contraponto. Tr. Erico Verissimo, Leonel Vallandro. São Paulo : Globo, 2014.
— Mas ninguém pede que você seja um touro ou um cão — disse Rampion com impaciência. — Ninguém pede que você seja isto ou aquilo, a não ser um homem. Um homem, toma bem nota disto. Nem anjo nem diabo. Um homem é um ser que anda sobre uma corda esticada, que caminha sobre ela delicada, equilibradamente, tendo, numa das extremidades da vara que lhe dá estabilidade, o espírito, a consciência, a alma, (…) -
Huxley – O que é a prática da moralidade?
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAldous Huxley. "Chawdron", em Contos Escolhidos. Tr. Eliana Sabino. São Paulo: Globo, 2014
— Não são heresias; são reconhecimentos de fatos óbvios. Pois o que é a prática da moralidade? E só fingir ser alguém que você por natureza não é. É representar o papel de santo, ou de herói, ou de cidadão respeitável. Qual é o mais alto ideal ético da Cristandade? Ele está expresso na fórmula de Tomás de Kempis, A imitação de Cristo. De modo que as Igrejas organizadas não são mais que enormes e (…) -
Watts Huxley
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroAlan Watts — Tabu Excertos da trad. de Olavo de Carvalho
O BUDISMO DE ALDOUS HUXLEY
A última obra importante de Aldous Huxley, seu romance utópico Island, exprime sua filosofia em sua completa maturidade, e deveria ser lida mais como obra filosófica que como um romance. Durante os anos que separam a publicação de Ends and Means de Island, segui com vivo interesse o desenvolvimento de Huxley. No início de seu "período místico" (cerca de 1937), pendia para esse tipo de espiritualidade que (…) -
Huxley: Sache donc que je suis Bouddha
2 de abril, por Murilo Cardoso de CastroDans l’une des Écritures pali, il y a une anecdote significative au sujet du Brahman Drona qui, « voyant le Bienheureux assis au pied d’un arbre, lui a demandé : " Es-tu un deva? " Et l’Exalté répondit : " Non.—Es-tu un gandharva ? — Non. — Es-tu un yaksha ? — Non. — Es-tu un homme ? — Je ne suis pas un homme. " » Le Brahman lui ayant demandé ce qu’il était, le Bienheureux répondit : « Ces influences mauvaises, ces désirs, dont la non-destruction m’aurait individualisé comme deva, comme (…)