Sansonetti, 1982
Perceval ou o Conto do Graal, de Chrétien de Troyes, permaneceu inacabado. Inacabado? Aqui intervém a feliz intuição de Jacques Ribard: "Como não se impressionar com o fato de que três das obras-primas de nossa literatura medieval—três evidentes buscas espirituais—La Charrette, O Conto do Graal e O Romance da Rosa, de Guillaume de Lorris, são todas três inacabadas, ou ao menos assim consideradas?" ().
Esses romances seriam, na verdade, voluntariamente inacabados porque (…)
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Mitos, Lendas, Fábulas
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Romances do Graal (Sansonetti)
25 de abril, por Murilo Cardoso de Castro -
Graal e Alquimia (Sansonetti)
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroSansonetti, 1982
Se fosse necessário escolher um nome repleto de mistério, envolto em sacralidade, no coração do mundo medieval, seria certamente o do Graal, o centro luminoso desse universo.
Conhecemos o tema "inventado"—no sentido etimológico do termo, ou seja, "redescoberto"—por Chrétien de Troyes por volta de 1190: seu herói, um jovem galês ainda sem nome, perdido em uma terra desolada, em um caminho que não leva a lugar algum, encontra um misterioso Rei Pescador, que o acolhe em seu (…) -
Maya (Masui)
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroMasui, 1978
Mâyâ se impõe a nós como ignorância na medida em que nos identificamos com o objeto sem enxergar o sujeito que está por trás (o puro Sujeito Universal) (cf. Lacombe [1]).
Mâyâ é tudo o que foi criado (a multiplicidade) e pode, ao mesmo tempo, nos revelar o Absoluto—desde que ultrapassemos seu aspecto ilusório—ou nos ocultá-lo.
Mâyâ se disfarça em "ignorância", seja no espetáculo do criado, seja na consideração de nós mesmos (e provoca o egotismo).
Cf. Sri Aurobindo. (…) -
Mito e Homem (Barfield)
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBarfield, 1967
A relação geral entre linguagem e mito é, como a própria palavra myth (do grego muthos—discurso narrativo) sugere, quase insondável; mas antes de deixar de lado o aspecto limitado dos arianos, que foi tudo o que tivemos espaço para abordar aqui, vale mencionar uma etimologia interessante, que às vezes foi interpretada como reveladora da raiz e do propósito da cultura ariana na história da humanidade. Os hindus remontam a um grande mestre chamado Manu. Seja essa figura (…) -
Mito e Homem (Barfield)
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBarfield, 1967
A relação geral entre linguagem e mito é, como a própria palavra myth (do grego muthos—discurso narrativo) sugere, quase insondável; mas antes de deixar de lado o aspecto limitado dos arianos, que foi tudo o que tivemos espaço para abordar aqui, vale mencionar uma etimologia interessante, que às vezes foi interpretada como reveladora da raiz e do propósito da cultura ariana na história da humanidade. Os hindus remontam a um grande mestre chamado Manu. Seja essa figura (…) -
Comparar deuses de distintas mitologias (Barfield)
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBarfield, 1967
Agora, ao lidar com mitologia, nada é mais enganoso do que comparar os deuses de diferentes nações, assumindo que aqueles que têm nomes etimologicamente semelhantes significavam a mesma coisa para seus adoradores. Por exemplo, foi apontado que o nome Tiu descende de uma palavra que também se desenvolveu em outros lugares como Dyaus e Zeus, mas sugerir que Tiu era o "mesmo deus" que Zeus teria pouco significado. E o mesmo acontece com outras figuras da mitologia nórdica, como (…) -
Babel, mito recursivo da confusão de línguas (Schubert)
18 de abril, por Murilo Cardoso de CastroApresentação de Patrick Valette (Schubert1982)
Depois de traçar o destino da natureza e do homem em um cenário dramático característico de toda teosofia autêntica, o autor propõe examinar as consequências dessa confusão de línguas. Elas são múltiplas e, mais uma vez, percebemos uma influência martinista inegável. Primeiro, a natureza tornou-se o receptáculo do amor que o homem, inicialmente, dedicava a Deus. Porém, ao perder sua transparência original — seu valor simbólico —, a natureza (…) -
A linguagem mítica
18 de abril, por Murilo Cardoso de CastroApresentação de Patrick Valette (Schubert1982)
O sonho e a poesia, vestígios de uma idade de ouro já extinta, foram, portanto, dois modos de expressão característicos dessa linguagem primitiva que o homem das origens falava espontaneamente, sem recorrer à consciência e à vontade. Mas há um terceiro elemento — exposto no terceiro capítulo — que é um eco dessa linguagem original perdida e constituído, tal como o tecido do sonho, da poesia e da profecia, pelas mesmas imagens universalmente (…) -
Mistério de Swedenborg (Valéry)
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroFalei de tudo isso para insistir na questão que creio essencial para o caso que nos ocupa: como é possível um Swedenborg? O que é preciso supor para considerar a coexistência das qualidades de um sábio engenheiro, de um funcionário eminente, de um homem simultaneamente tão prudente na prática e tão instruído sobre tantas coisas com as características de um iluminado que não hesita a redigir, publicar suas visões, fazer-se passar por um visitado pelos habitantes de outro mundo, por eles (…)
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Teoria das Correspondências de Swedenborg (Valéry)
15 de abril, por Murilo Cardoso de CastroMas em Swedenborg a atividade teórica não desaparece completamente diante da percepção imediata. Ela reassume seu papel de construção e justificação. É "natural" que um espírito tão fortemente dotado e culto busque estabelecer o mais sistematicamente possível as relações entre suas duas realidades, e constitua uma espécie de método ao qual se possa conferir uma forma ou aspecto quase "científico". Isso é o que Swedenborg fez com sua famosa Teoria das Correspondências, na qual combinou de um (…)