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Crítica Literária
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La Puerta – Cervantes, Dichos y refranes de don Quijote y Sancho
18 de maio, por Murilo Cardoso de Castro -
La Puerta – Cervantes, leitura superficial e leitura profunda
18 de maio, por Murilo Cardoso de CastroLaPuertaTH
Cervantes, no Dom Quixote, propõe que as obras dramáticas passem por um exame rigoroso antes de serem representadas, pois assim:
«Se conseguiria felicissimamente o que nelas se pretende: tanto o entretenimento do povo, como a opinião dos engenhos da Espanha» (I-48).
Não seria difícil aumentar as citações, mas que valham as propostas e tentemos dar outro passo, procurando entender a que se referem nossos clássicos quando falam de dois níveis de leitura. Sem sair do Dom (…) -
Obra Esotérica de Balzac (Abellio)
3 de maio, por Murilo Cardoso de CastroAbellio, 1981
Não nos deteremos especialmente aqui para justificar a aproximação, em um mesmo volume, de três textos de Balzac: Louis Lambert, Jesus-Christ en Flandre e Les Proscrits, compostos em épocas diferentes e que pertencem sobretudo a gêneros literários diversos: romance autobiográfico, conto fantástico, narrativa histórica. Mas, independentemente das questões cronológicas que, em uma obra tão homogênea quanto a de Balzac, têm pouca importância, permanece o fato de que esses três (…) -
A Busca do Absoluto de Balzac (Abellio)
3 de maio, por Murilo Cardoso de CastroAbellio, 1981
Conhecemos a célebre frase de Baudelaire: "Muitas vezes me surpreendi que a grande glória de Balzac fosse passar por um observador; sempre me pareceu que seu principal mérito era ser um visionário, e um visionário apaixonado." Eis, sem dúvida, a principal mola da leitura de Balzac: a acumulação de descrições, de detalhes precisos e bem observados e até mesmo de partes didáticas se tornaria fastidiosa se não fosse sustentada e arrebatada por uma transfiguração geral, uma visão (…) -
Dante – A Divina Comédia, hesitação no limiar da jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Dante, no entanto, ainda está no limiar do caminho. Ele não o atravessou. O que se segue aqui é tão familiar a todos nós que traz uma sensação repentina de calor e proximidade em relação a Dante. Estamos, de fato, prestes a ler sobre os feitos de um grande gênio, mas ele não está distante de nossas lutas fracassadas. Aqui está um homem, semelhante a nós mesmos, uma pessoa — e é claro que isso faz do poema uma história humana viva, que nutre a vida simbólica de cada leitor. Pois (…) -
Dante – A Divina Comédia, Cruzando o limiar da jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
É importante, antes de cruzarmos o limiar da jornada através do primeiro portal, fazer uma pausa para considerar a natureza dos guias que devem ser confiados e seguidos. Para Dante, apareceu a alma do poeta Virgílio, a quem ele amava. Este é o psicopompo interior, que geralmente se torna consciente para nós por meio de um encontro com alguma pessoa real da qual captamos a centelha e que pode ser, por um período mais curto ou mais longo, o professor—o guru, como é chamado na (…) -
Dante – A Divina Comédia, Limiar da Jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
O limiar de toda jornada é o bosque escuro do começo. Um homem chega lá geralmente, mas não necessariamente, no ponto médio da vida. Dante tinha 35 anos no ano de 1300, data que ele atribui à jornada. Pode vir mais tarde; e muitas vezes, especialmente hoje em dia, vem muito antes—o momento em que despertamos para saber que estamos perdidos—para perceber, como diz Jung, que o ego não é o mestre da casa, que estamos tropeçando no escuro, e que nossos objetivos complacentes de (…) -
Dante – A Divina Comédia, Níveis de Sentido (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Na Comédia, como é bem sabido, existem quatro níveis de significado, definidos pelo próprio Dante em uma carta ao seu amigo e patrono, Can Grande della Scala. Ele fala do nível externo, literal, e do significado interno triplo do poema — alegórico, moral e anagógico ou místico. Quanto aos fatos históricos, eles pouco nos concernem aqui. Um comentário bom e simples, como o de Dorothy Sayers, conta em poucas palavras o suficiente do contexto das imagens para fornecer as (…) -
Dante – A Divina Comédia (Helen Luke)
26 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Dante não chamou sua comédia de "divina"; essa palavra foi acrescentada por editores posteriores. Isso é enganoso porque expressa apenas metade da verdade, que é que a Commedia, embora seja certamente divina, é igualmente humana. Do seu início, no limiar do Inferno, até seu fim, na visão de Deus, o poema ressoa com a dupla natureza da realidade, que é a única verdade: sem a divindade, não pode haver humanidade consciente, e sem humanidade, o divino permanece uma abstração.
Por (…) -
Dante – Beatriz e o número 9
25 de abril, por Murilo Cardoso de CastroVita Nuova, XXX
Como o número nove foi mencionado frequentemente nas linhas anteriores, e se poderia pensar que isso foi feito sem uma razão válida, e como, por outro lado, esse número desempenhou um papel importante na morte de certa pessoa (Beatriz), é necessário fazer aqui algumas considerações sobre esse tema. Por isso, explicarei como o número nove interveio no acontecimento de sua morte e depois indicarei a razão pela qual esse número foi tão favorável a essa dama.
Eu direi, (…)