Les Cahiers d’Hermès I. Dir. Roland de Renéville. La Colombe, 1947
Il est de vérité courante que la fin du dix-huitième siècle et le commencement du dix-neuvième furent caractérisés par une volonté de recherche dégagée des contraintes de toute foi. On pourrait déduire de certaines apparences que la dure lutte que les Encyclopédistes entreprirent contre les dogmes religieux, et que les adeptes des divers matérialismes prolongèrent à leur tour, allait détourner les chercheurs de (…)
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Matérias
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Rolland de Renéville (Hermès) - Sciences maudites et poètes maudits
18 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de Castro -
Gengoux: A Grande Obra de Rimbaud (2)
10 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA. - 1) A estrutura: não se contam mais as fantasias brilhantes ou divertidas executadas sobre o tema do soneto chamado das Vogais. Etiemble, no número de abril-junho de 1939 da Revista de Literatura Comparada, enumerou as mais características.
Segundo nós, o soneto constitui o "breviário" da arte rimbaudiana e de sua mística, o resumo de um vasto sistema simbólico organizando sobre o esquema de uma vida humana - ou cósmica - concebida em cinco categorias, uma repartição lógica e (…) -
Jean Richer – O. V. de L. Milosz
6 de julho, por Murilo Cardoso de CastroExiste na literatura francesa do século XIX e início do XX uma constelação de poetas, que poderiam ser chamados de grandes poetas saturnianos: não ousamos incluir Hugo, que dificilmente se enquadra em um molde, pois transcende todos — mas esse grupo certamente inclui Nerval, Baudelaire, Verlaine e Milosz. Todos são profundamente marcados por uma melancolia, que não é apenas a tradução de uma moda, mas assume um caráter visceral. Se realizarmos um estudo comparado de suas carreiras humanas e (…)
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Melville – Mardi, o filósofo Babbalanja (Krell)
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroSe Babbalanja antecipa o ensaio sobre a verdade de Heidegger, o próprio Melville antecipa de tantas maneiras, e em tantos momentos, Nietzsche. Por exemplo, o Nietzsche da gaia ciência. O narrador de Mardi, envolvendo a descrença em uma crença mais ampla e generosa, reflete sobre a vida após a morte dos peixes e a possibilidade de um céu para baleias, uma reflexão que não considera ingênua:
Pois, não parece um tanto irracional imaginar que exista qualquer criatura, peixe, carne ou ave, tão (…) -
René Daumal – Aproximação da arte poética hindu
30 de junho, por Murilo Cardoso de CastroUm dia aprendi diretamente que todos esses livros só me haviam oferecido planos fragmentários do palácio. O primeiro conhecimento a adquirir, doloroso e real, era o da minha prisão. A primeira realidade a experimentar era a da minha ignorância, da minha vaidade, da minha preguiça, de tudo o que me prende à prisão. E quando novamente olhei as imagens desses tesouros que, pela via dos livros e do intelecto, a Índia me enviara, vi por que essas mensagens nos permanecem incompreendidas.
Vamos (…) -
Gengoux: A Grande Obra de Rimbaud (3)
10 de julho, por Murilo Cardoso de CastroB. - Aplicações: 1) A carta do vidente: Depois da morte da vida grega, vida harmoniosa, teria havido, segundo Rimbaud, cinco grandes períodos literários, que não são de fato senão o reflexo poético de cinco "momentos" do devir, as cinco fases de uma dialética histórica (é evidentemente nós que atribuímos a cada categoria a vogal que lhe corresponde de fato).
[A] de Ênio a Teoduldo.
[E] De Teoduldo a Casimir Delavigne, onde tudo é prosa rimada, um jogo, afrouxamento e glória de (…) -
Eudoro de Sousa – poeta
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroEu não sei como um poeta procede, porque nunca fui poeta. Mas creio não andar muito longe de adivinhar o que ele faz dizendo que ele nada faz (não obstante a etimologia!) além da imitação, da mímica, do arremedo, em palavras, sons, cores e volumes de uma Fulguração Ofuscante do Ser, que subitamente se abrindo, nos permite que vejamos um aspecto seu, refletido no espelho embaciado do mundo natural e humano. Esse aspecto (98) rofletido, o poeta o mostra como sabe e pode. O artista não é a (…)
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Gengoux: A Grande Obra de Rimbaud (1)
10 de julho, por Murilo Cardoso de CastroOs platonizantes lembram do renovo que a introdução do ponto de vista dialético produziu na exegese do Banquete. Brochard, no início deste século, e, mais recentemente, com maestria incomparável, Robin, negavam que os discursos anteriores ao de Sócrates representassem o pensamento de Platão. Cada conviva exprimava, à sua maneira e num estilo particular, sua concepção pessoal do amor, concepção mais parcial ou mais "bela", que "verdadeira".
Esta descoberta, que precisava a atitude real do (…) -
Fernando Pessoa – O poeta é um fingidor...
28 de junho, por Murilo Cardoso de CastroLe poète sait l’art de feindre.
Il feint si complètement
Qu’il en vient à feindre qu’est douleur
La douleur qu’en fait il sent.
Et ceux qui lisent ses écrits
Dans la douleur lue sentent bien
Non les deux qu’il a connues,
Mais celle qu’ils n’éprouvent point.
Et ainsi, en ses engrenages
Tourne, jouet de la raison,
Ce petit train mécanique
Qui de cœur a reçu le nom.
(Trad. Armand Guibert) -
L’hermétique pensée des arts
20 de agosto de 2011, por Murilo Cardoso de CastroExtrait de JOSÉ BERGAMÍN, L’IMPORTANCE DU DÉMON...
La raison que divinisèrent les Grecs jouait sur plusieurs faces parce qu’elle ne pouvait jouer à croix-pile. L’une de ces faces s’appelait Orphée, une autre Hermès. Les arts poétiques - la poésie, la musique, la peinture... - ont une raison à facettes, plusieurs faces, précisément parce qu’ils sont divins. Dans les nouveaux arts poétiques, la raison est divinisée en deux faces comme une pièce: l’une orphique et l’autre hermétique. Ce sont (…)
Notas
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est ce que les poètes font
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est le revers de la philosophie
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est un dialogue de l’homme avec le temps
- Antonio Machado (Mairena) – le poète chanterait-il sans l’angoisse du temps?
- Antonio Machado (Mairena) – Une certaine poésie se nourrit de superlatifs