A primeira decisão será submetê-lo [a Blanchot] a uma leitura filosófica. Isso supõe, primeiramente, que os vocábulos que usa (principalmente os quatro grandes vocábulos diretores: a noite, o fora, o neutro, o desastre) sejam esclarecidos em sua especificidade, claramente diferenciados de conceitos vizinhos dos quais emprestam alguns de seus traços sem, contudo, se reduzir a eles; única forma de circunscrever o que, por eles, é proposto ao pensamento. Isso supõe, em seguida, que essas (…)
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filosofia
Matérias
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Zarader – Blanchot: a noite, o fora, o neutro, o desastre
2 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – Questões de Maridos
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Zarader – Blanchot, doação da "noite"
2 de julho, por Murilo Cardoso de CastroEm primeiro lugar, procurar-se-á demonstrar como Blanchot consegue assegurar a doação do que ele denomina a «noite». Mais exatamente, procurar-se-á mostrar que é possível assegurar rigorosamente essa doação — mesmo que, se for o caso, complementando as justificativas que ele propõe. O importante é que, ao afirmar o aparecimento da noite, Blanchot realiza um ato que pode (e deve) ser filosoficamente assumido, embora suponha uma crítica às filosofias anteriores.
Para demonstrar isso, convém, (…) -
Castro Rocha – Filosofia de Machado de Assis?
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroContudo, como explicar a insistência na caracterização da “filosofia” de Machado de Assis? De fato, sua obra é atravessada por um conjunto facilmente discernível de obsessões, cuja recorrência favorece a tese, pois ajuda a criar a aparência de um sistema. Porém, tal abordagem parece ignorar que, muitas vezes, tanto necessidades internas à dinâmica do enredo quanto sutilezas relativas ao contraste entre personagens podem exigir a defesa de determinada posição ou mesmo supor a contradição (…)
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Melville – Mardi, o filósofo Babbalanja (Krell)
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroSe Babbalanja antecipa o ensaio sobre a verdade de Heidegger, o próprio Melville antecipa de tantas maneiras, e em tantos momentos, Nietzsche. Por exemplo, o Nietzsche da gaia ciência. O narrador de Mardi, envolvendo a descrença em uma crença mais ampla e generosa, reflete sobre a vida após a morte dos peixes e a possibilidade de um céu para baleias, uma reflexão que não considera ingênua:
Pois, não parece um tanto irracional imaginar que exista qualquer criatura, peixe, carne ou ave, tão (…) -
Gaboriau (EM:238-245) - Au principe est le logos
19 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroGABORIAU, Florent. Nouvelle Initiation Philosophique. I L’Entrée en métaphysique. Paris: Casterman, 1962
Chapitre II - Aux Origines de la Métaphysique. Carrefours I
Si la Métaphysique est aussi une « philosophie de la religion », si du moins elle consiste à « vérifier » tout ce qui se dit, pour le passer au crible du réel, rien de ce qui s’écrit, - y compris dans les livres sacrés d’une sagesse comme celle de l’Évangile, - ne saurait laisser indifférent le penseur (ni échapper à sa (…) -
Machado de Assis – A Igreja do Diabo
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – O segredo do bonzo
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – Filosofia de um par de botas
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroUma destas tardes, como eu acabasse de jantar, e muito, lembrou-me dar um passeio à Praia de Santa Luzia, cuja solidão é propícia a todo homem que ama digerir em paz. Ali fui, e com tal fortuna que achei uma pedra lisa para me sentar, e nenhum fôlego vivo nem morto. — Nem morto, felizmente. Sentei-me, alonguei os olhos, espreguicei a alma, respirei à larga, e disse ao estômago: — Digere a teu gosto, meu velho companheiro. Deus nobis haec otia fecit.
Digeria o estômago, enquanto o cérebro (…) -
Machado de Assis – Três Consequências
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro