Vita Nuova, XXX
Como o número nove foi mencionado frequentemente nas linhas anteriores, e se poderia pensar que isso foi feito sem uma razão válida, e como, por outro lado, esse número desempenhou um papel importante na morte de certa pessoa (Beatriz), é necessário fazer aqui algumas considerações sobre esse tema. Por isso, explicarei como o número nove interveio no acontecimento de sua morte e depois indicarei a razão pela qual esse número foi tão favorável a essa dama.
Eu direi, (…)
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Dante
Dante, Alighieri (1265-1321)
Matérias
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Dante – Beatriz e o número 9
25 de abril, por Murilo Cardoso de Castro -
Dante – A Divina Comédia (Helen Luke)
26 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Dante não chamou sua comédia de "divina"; essa palavra foi acrescentada por editores posteriores. Isso é enganoso porque expressa apenas metade da verdade, que é que a Commedia, embora seja certamente divina, é igualmente humana. Do seu início, no limiar do Inferno, até seu fim, na visão de Deus, o poema ressoa com a dupla natureza da realidade, que é a única verdade: sem a divindade, não pode haver humanidade consciente, e sem humanidade, o divino permanece uma abstração.
Por (…) -
Dante – A Divina Comédia, Níveis de Sentido (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Na Comédia, como é bem sabido, existem quatro níveis de significado, definidos pelo próprio Dante em uma carta ao seu amigo e patrono, Can Grande della Scala. Ele fala do nível externo, literal, e do significado interno triplo do poema — alegórico, moral e anagógico ou místico. Quanto aos fatos históricos, eles pouco nos concernem aqui. Um comentário bom e simples, como o de Dorothy Sayers, conta em poucas palavras o suficiente do contexto das imagens para fornecer as (…) -
Dante – A Divina Comédia, Limiar da Jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
O limiar de toda jornada é o bosque escuro do começo. Um homem chega lá geralmente, mas não necessariamente, no ponto médio da vida. Dante tinha 35 anos no ano de 1300, data que ele atribui à jornada. Pode vir mais tarde; e muitas vezes, especialmente hoje em dia, vem muito antes—o momento em que despertamos para saber que estamos perdidos—para perceber, como diz Jung, que o ego não é o mestre da casa, que estamos tropeçando no escuro, e que nossos objetivos complacentes de (…) -
Dante – A Divina Comédia, Cruzando o limiar da jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
É importante, antes de cruzarmos o limiar da jornada através do primeiro portal, fazer uma pausa para considerar a natureza dos guias que devem ser confiados e seguidos. Para Dante, apareceu a alma do poeta Virgílio, a quem ele amava. Este é o psicopompo interior, que geralmente se torna consciente para nós por meio de um encontro com alguma pessoa real da qual captamos a centelha e que pode ser, por um período mais curto ou mais longo, o professor—o guru, como é chamado na (…) -
Dante – A Divina Comédia, hesitação no limiar da jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Dante, no entanto, ainda está no limiar do caminho. Ele não o atravessou. O que se segue aqui é tão familiar a todos nós que traz uma sensação repentina de calor e proximidade em relação a Dante. Estamos, de fato, prestes a ler sobre os feitos de um grande gênio, mas ele não está distante de nossas lutas fracassadas. Aqui está um homem, semelhante a nós mesmos, uma pessoa — e é claro que isso faz do poema uma história humana viva, que nutre a vida simbólica de cada leitor. Pois (…) -
Labarrière (P) – Dante, um mestre da figura
26 de maio, por Murilo Cardoso de CastroLabarrièreP
Ao iniciar esta série de aulas, sinto vontade de colocá-las sob a tutela ou, pelo menos, sob a égide — ou, mais simplesmente, sob o signo — de Dante Alighieri. Nada menos que isso. Este poeta do pensamento, este pensador da poiesis, é também, e talvez sobretudo, um mestre da figura. Não no sentido de opor o figurativo ao abstrato: o que há de mais “abstrato”, em certo sentido, do que essa geometria sagrada que distribui o mundo dos mortos em círculos de sombra e luz? A (…) -
Valensin: De l’usage à faire de l’interprétation allégorique dans l’étude de Dante
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroIl n’est pas surprenant qu’un génie comme Dante ait été revendiqué par les familles d’esprit les plus opposées. On a fait de lui comme auteur de la Divine Comédie un protestant avant la lettre et l’annonciateur de Luther. (Le Veltro qui doit sauver le monde n’est-il pas l’anagramme de Lutero?) A telle enseigne que le cardinal Bellarmin crut devoir prendre sa défense. Ugo Foscolo regardait Dante comme un ennemi de la papauté, un réformateur religieux et politique. L’écrivain Eugène Aroux, (…)
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Dante Alighieri
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroDANTE ALIGHIERI (1265-1321)
Toda humana obra resulta ser siempre, como es obvio, un espejo donde los hombres pueden mirarse. La imagen que incansablemente el hombre busca de sí mismo no se limita a su sola figura, por una razón también obvia, y es que el hombre no alcanza a tener una figura, aunque sea en esbozo, sino en relación con todo lo que le rodea. Y ha sido siempre propio del hombre el sentirse en relación, es decir: verdaderamente rodeado del universo en su totalidad, como un (…) -
Paraíso Ibn Arabi Dante III
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroMiguel Asín Palacios — Escatologia Muçulmana na Divina Comédia
IDEIAS CARDEAIS SOBRE O PARAÍSO — IBN ARABI E DANTE (cont.)
8. La identidad resultante de este cotejo que acabamos de hacer entre las cinco tesis fundamentales del murciano Ibn Arabi sobre la visión beatífica y sus paralelas dantescas es, por sí sola, de una fuerza tal para la sugestión, que excusa de todo comentario ponderativo. A su lado resultan ya vagas e imprecisas las demás semejanzas, que pudieran todavía señalarse, en (…)