Carl Jung leu o romance Ulisses, de James Joyce, e depois escreveu um amargo ensaio sobre sua experiência com esta obra. Escreveu, por um lado, uma excêntrica análise junguiana do romance e, por outro, um panorama emocional de sua experiência como leitor, da irritação e do desconcerto que lhe causou sua leitura esforçada de Ulisses, em sua «décima edição inglesa, de 1928», como nos faz notar.
«Não existem nestas 735 páginas, tanto quanto minha vista alcança, nenhuma repetição sensível, nem (…)
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Jung
Carl Jung (1875-1961)
Matérias
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Jordi Rosado: Ulisses no divan
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Jung (1932): Quem é Ulisses?
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroDe ULISSES jorram 735 páginas, numa torrente de 735 horas, dias ou anos que representam um único dia, ou seja, o inexpressivo 16 de junho de 1904, em Dublin, durante o qual, realmente, nada acontece. A torrente começa no nada e termina no nada. Seria, para o assombro do leitor, uma única verdade strindbergiana sobre a essência da vida humana, tremendamente longa, intrigantemente emaranhada e inesgotável? Sobre a essência talvez, mas certamente sobre as dez mil facetas e suas cem mil (…)