Este livro trata das estórias que as pessoas contaram sobre outras estórias. Mais precisamente, preocupa-se não tanto com as estórias em si, mas com estórias sobre estórias — metastórias, ou, mais especificamente, metamitos. O que aprendemos com as estórias que contamos e que outros povos contaram sobre as estórias que as pessoas contam? Aprendemos algo especial quando focamos nas próprias estórias, os mitos: pois mitos, narrativas, não são meramente o meio através do qual o conhecimento (…)
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narrativa / relato / estória
Matérias
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O’Flaherty – estórias sobre estórias
29 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Castañeda: HistoriaPessoal
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroApagar a história pessoal
Saber que sou yaqui não faz disto minha própria história. Isto se torna minha própria história no instante que outro sabe.... Pouco a pouco a meu redor e de minha vida criei um nevoeiro... ninguém conhece minha própria história, nem mesmo eu.
Como saber que sou eu, enquanto sou tudo isso, disse ele designando tudo ao seu redor.
... as mentiras são mentiras somente para quem tem uma história pessoal. -
O’Flaherty – Meta-estórias
29 de junho, por Murilo Cardoso de CastroOs mitos não nos contam apenas sobre encontros com o estranho; eles são, eles mesmos, em um plano uma vez destacado, tais encontros para nós. Por meio dessa luta metodológica com os mitos, podemos levantar certas questões básicas de significado humano. O que aprendemos com as histórias que os seres humanos contaram sobre estranhos, animais, deuses e crianças? Podemos aprender muito sobre os outros, e sobre os mitos, a partir de nossos próprios mitos sobre os outros. E podemos aprender ainda (…)
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Guimarães Rosa (Tutaméia) – a estória não quer ser história
28 de junho, por Murilo Cardoso de CastroA estória não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser contra a História. A estória, às vezes, quer-se um pouco parecida à anedota.
A anedota, pela etimologia e para a finalidade, requer fechado ineditismo. Uma anedota é como um fósforo: riscado, deflagrada, foi-se a serventia. Mas sirva talvez ainda a outro emprego a já usada, qual mão de indução ou por exemplo instrumento de análise, nos tratos da poesia e da transcendência. Nem será sem razão que a palavra “graça” guarde (…)