O capítulo 6 considera Herman Melville o grande pensador americano da finitude humana e divina. O capítulo enfoca especialmente a transição pela qual passam as histórias marítimas de Melville na escrita de Mardi and a Voyage Thither (1849), que está bem encaminhada para Moby Dick (1851). O narrador de Mardi, acompanhado por um poeta e um filósofo particularmente loquaz, passa grande parte do tempo à deriva no Pacífico discutindo a natureza da arte e da religião, o problema do livre arbítrio (…)
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Melville
Melville, Herman (1819-1891)
Matérias
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Melville (Krell)
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Melville (MD:49) – universo, uma grande piada
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroHirsch & Barbosa de Souza
Há certas circunstâncias e ocasiões bizarras neste estranho e caótico negócio que chamamos de vida nas quais um homem considera todo o universo uma grande piada, ainda que mal perceba a sua graça, e mais do que suspeita que a piada seja feita à sua custa e de mais ninguém. No entanto, nada o desanima, e nada parece valer o esforço de uma disputa. Ele engole todos os acontecimentos, todas as crenças e credos, e convicções, todas as coisas difíceis, visíveis ou (…) -
Melville – Billy Budd (Arendt)
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroAgir com deliberada rapidez vai contra a essência do ódio e da violência, porém, isso não os torna irracionais. Muito pelo contrário, tanto na vida pública como privada há situações onde a própria rapidez de uma ação violenta seja talvez o único remédio adequado. A questão não é que uma tal ação nos permite dar vazão aos nossos impulsos reprimidos – o que pode ser feito com a mesma eficácia se esmurrarmos a mesa ou batermos a porta. A questão é que em certas circunstâncias a violência – (…)
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Byung-Chul Han – Bartleby de Melville
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroO relato de Melville’s “Bartleby”, que foi objeto de diversas interpretações metafísicas ou teológicas, admite também uma leitura patológica. Essa “história provinda da Wall Street” descreve um universo de trabalho desumano, cujos habitantes, todos eles, são degradados a animal laborans. Apresenta-se detalhadamente a atmosfera sombria, hostil do escritório espessamente rodeado de arranha-céus. A menos de três metros ergue-se “alto o muro de tijolos, que se tornou preto por causa da idade e (…)
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Evolucionismo e Ciência em Melville
28 de março, por Murilo Cardoso de CastroZolla2024
O próprio evolucionismo é uma tentativa de reduzir uma teoria das formas orgânicas a um desenvolvimento verificável; para os antigos, o crescimento das formas orgânicas, do esqueleto humano desde a forma primordial da vértebra, passando pelas diversas fases bestiais, até a coluna ereta do homem, coroada pelo crânio, era uma metáfora frequente da evolução espiritual. Essa teoria foi reduzida da morfologia a um esquema historiográfico, como pode ser visto nesta passagem Observações (…) -
Herman Melville
28 de março, por Murilo Cardoso de CastroZolla2024
Entre os grandes, Herman Melville me mantém inexoravelmente cativado. De repente compreendi, através de uma iluminação repentina, que tinha vinte anos. Desde então, reli-o quase completamente a cada dois ou três anos e sempre me deparo com um texto inesperado, com referências a autores sempre novos. Que emoção quando descobri um dos mais próximos, Benjamin Disraeli!
Acontece que onde me lembro de um sorriso, vejo um sorriso flutuante, onde uma condenação inflexível estava (…) -
Herman Melville — Um Manuscrito de Moby Dick
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroPrimeira edição em 1947 desse reconhecido clássico da crítica literária americana que explora as influências — especialmente as de Shakespeare — nos escritos de Melville de “Moby-Dick”. Um dos primeiros estudiosos de Melville a levar adiante, desde que se tornou conhecida, a "teoria de 2 Moby-Dicks," Olson demonstra que existiram 2 versões de Moby-Dick, e que a leitura de “King Lear” por Melville pela primeira vez entre a primeira e segunda versões do livro teve profundo impacto na concepção (…)
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Melville – Moby Dick - Notas Finais
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroUM MANUSCRITO DE MOBY DICK
A ênfase nesta declaração é a chave para resolver as dificuldades aparentes na última frase das notas no volume de Shakespeare:
“It & right reason extremes of one, —not the (black art) Goetic but Theurgic magic- seeks converse with the Intelligence, Power, the Angel.”
Considerei “it” para referir a “loucura” da frase precedente. “Right reason”, menos familiar no século XX, significava mais no século anterior, pois para a terminologia de Kant-Coleridge, (…) -
Melville Mundo de Ahab
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroUM MANUSCRITO DE MOBY DICK
Tal é o mundo de Ahab, e este é um mundo maléfico. Melville quis dizer exatamente o que escreveu à Hawthorne quando o livro foi consumado :
“Escrevi um livro iníquo, e me sinto imaculado como o cordeiro.”
O “livro iníquo” de Melville é o drama de Ahab, seu ódio ardente pela Baleia Branca, e sua vingativa perseguição à baleia desde o momento que o navio se lança como destino dentro do Atlântico. É esta ação, não o romance todo “Moby Dick”. O mundo de “Moby (…) -
Melville (Moby Dick) – Acab
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroUM MANUSCRITO DE MOBY DICK
A mudança na forma das palavras da nota para o romance é de extrema significação. Não é por economia de frase. A remoção do Cristo e do Espírito Santo ─ “Filli et Spiritus Sancti” ─ é um ato mecânico espelhando o imaginativo. Por necessidade, do mundo de Acab, ambos, o Cristo e o Espírito Santo, estão ausentes. Acab se move e tem seu ser em um mundo para o qual Eles e o que Eles importam são hostis: lembre, Acab lutou uma rixa mortal com um espanhol diante do (…)