Ne doit-on pas s’étonner que, de nos jours, certaine école poétique ait cru pouvoir dépasser la littérature pour retrouver les fonctions primitives de la poésie, afin de rendre à nouveau accessibles des réalités vivantes et éternelles, enfouies sous le poids d’une culture moribonde.
Avant le Surréalisme, ce fut déjà la tentative du Romantisme, ainsi qu’en témoigne l’extrait qui suit de l’œuvre d’Achim von Arnim. [Jacques Masui]
Il y eut de tout temps une réalité secrète dans l’univers, (…)
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poesia
Matérias
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Achim Von Arnim - le poète
22 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de Castro -
Rolland de Renéville (Hermès) - Sciences maudites et poètes maudits
18 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès I. Dir. Roland de Renéville. La Colombe, 1947
Il est de vérité courante que la fin du dix-huitième siècle et le commencement du dix-neuvième furent caractérisés par une volonté de recherche dégagée des contraintes de toute foi. On pourrait déduire de certaines apparences que la dure lutte que les Encyclopédistes entreprirent contre les dogmes religieux, et que les adeptes des divers matérialismes prolongèrent à leur tour, allait détourner les chercheurs de (…) -
René Daumal – Aproximação da arte poética hindu
30 de junho, por Murilo Cardoso de CastroUm dia aprendi diretamente que todos esses livros só me haviam oferecido planos fragmentários do palácio. O primeiro conhecimento a adquirir, doloroso e real, era o da minha prisão. A primeira realidade a experimentar era a da minha ignorância, da minha vaidade, da minha preguiça, de tudo o que me prende à prisão. E quando novamente olhei as imagens desses tesouros que, pela via dos livros e do intelecto, a Índia me enviara, vi por que essas mensagens nos permanecem incompreendidas.
Vamos (…) -
Albert-Marie Schmidt : Alta ciência e poesia francesa no século XVI (2)
24 de novembro, por Murilo Cardoso de CastroOriginal
##### A Incompreensão da Crítica Moderna e a Aritmosofia na Escola Lyonesa
* A crítica francesa moderna, ao demonstrar um recente entusiasmo pela obra de Maurice Scève, tende a trair escandalosamente o espírito de sua produção literária ao atribuir-lhe intenções estéticas ou sentimentais que o autor certamente desprezaria; esse equívoco decorre de um racionalismo indolente que, por preguiça ou falta de simpatia, recusa-se a utilizar as chaves hermenêuticas simples, baseadas na (…) -
Albert-Marie Schmidt (Hermès) - HAUTE SCIENCE ET POESIE FRANÇAISE AU SEIZIEME SIÈCLE
16 de dezembro de 2008, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès I. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947
Remarques préliminaires
Le présent essai traite principalement de l’influence des doctrines ésotériques sur la notion du monde qu’illustrèrent divers poètes de la Renaissance française. Et pourtant il ne peut être considéré comme une contribution à l’histoire de l’ « Occultisme ».
Certes, Cornélius Agrippa, dès la première moitié du seizième siècle, a vulgarisé, avec une déplorable indiscrétion, le terme de « (…) -
Antonio Caeiro – poeta
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroSe os poetas trágicos «percebem de todas as artes», então sabem de «todas as coisas que concernem ao humano, a respeito da excelência e da sua perversão». Se não, estão «afastados» da realidade, a um distanciamento dos fenômenos do horizonte humano (πρᾶξις (praxis]] idêntico àquele que se pode constituir relativamente aos entes por natureza (φύσει ὄντα (physei onta]]. «A reprodução (μίμησις (mimesis]] imita os homens a passar por situações constituídas compulsivamente ou por vontade própria; (…)
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Françoise Bonardel (1993) – Recordação e Transmutação
23 de novembro, por Murilo Cardoso de Castro* **A dialética rilkeana entre a modernidade faustiana, o medo e a constituição do verdadeiro coração** * Aderir plenamente à catástrofe que Rainer Maria Rilke identifica como o recalcamento do ato de amor para a periferia da existência, apropriando-se sem reservas da extraversão característica da modernidade faustiana, implicaria necessariamente ignorar o medo na sua acepção fundamental de onipresença do terrível em cada partícula da atmosfera. * O fechamento prematuro do indivíduo (…)
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Fernando Pessoa – O poeta é um fingidor...
28 de junho, por Murilo Cardoso de CastroLe poète sait l’art de feindre.
Il feint si complètement
Qu’il en vient à feindre qu’est douleur
La douleur qu’en fait il sent.
Et ceux qui lisent ses écrits
Dans la douleur lue sentent bien
Non les deux qu’il a connues,
Mais celle qu’ils n’éprouvent point.
Et ainsi, en ses engrenages
Tourne, jouet de la raison,
Ce petit train mécanique
Qui de cœur a reçu le nom.
(Trad. Armand Guibert) -
René Daumal – A analogia poema-homem
30 de junho, por Murilo Cardoso de CastroO Sabor é a essência, o «si» (âtman) do poema. Assim como no homem, no poema o âtman se manifesta por certas «virtudes» (guna), que se chamam também «funções, atividades específicas» (dharma) do Sabor. Elas se classificam em três categorias: suavidade, que «liquefaz o espírito», o amolece; ardor, que o «incendeia», o exalta; evidência, que o ilumina «com a rapidez do fogo na lenha seca». Dessas três categorias derivam os diferentes tipos de emoções poéticas .
Assim como o estado interior (…) -
René Daumal – Memoráveis
1º de julho, por Murilo Cardoso de CastroLembra-te: de tua mãe e de teu pai, e de tua primeira mentira, cujo odor indiscreto rasteja em tua memória.
Lembra-te de teu primeiro insulto àqueles que te fizeram: a semente do orgulho estava semeada, a fratura reluzia, rompendo a noite uma.
Lembra-te das noites de terror em que o pensamento do nada te arranhava o ventre, e voltava sempre para roê-lo, como um abutre; e lembra-te das manhãs de sol no quarto.
Lembra-te da noite da libertação, em que teu corpo, desatado, caindo como uma (…) -
René Daumal – a maneira de produzir literária
1º de julho, por Murilo Cardoso de Castrotradução
(...) Ele (Daumal) tentava fazer compreender ao seu amigo íntimo André Rolland de Renéville em que consistia essa preparação no domínio literário, desejando utilizar as regras sânscritas para seus próprios escritos.
Eis o que lhe escreveu: a maneira de (o) produzir tem, é verdade, pátrias, pelo menos duas:
I. — O ocidental, como eu, dá o "tom" por uma projeção direta de seu estado interior sobre o magma caótico das imagens e das palavras: esses elementos se ordenam um pouco ao (…)
Notas
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est ce que les poètes font
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est le revers de la philosophie
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est un dialogue de l’homme avec le temps
- Antonio Machado (Mairena) – le poète chanterait-il sans l’angoisse du temps?
- Antonio Machado (Mairena) – Une certaine poésie se nourrit de superlatifs