Um dia aprendi diretamente que todos esses livros só me haviam oferecido planos fragmentários do palácio. O primeiro conhecimento a adquirir, doloroso e real, era o da minha prisão. A primeira realidade a experimentar era a da minha ignorância, da minha vaidade, da minha preguiça, de tudo o que me prende à prisão. E quando novamente olhei as imagens desses tesouros que, pela via dos livros e do intelecto, a Índia me enviara, vi por que essas mensagens nos permanecem incompreendidas.
Vamos (…)
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poesia / poeta
Matérias
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René Daumal – Aproximação da arte poética hindu
30 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Albert-Marie Schmidt (Hermès) - HAUTE SCIENCE ET POESIE FRANÇAISE AU SEIZIEME SIÈCLE
16 de dezembro de 2008, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès I. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947
Remarques préliminaires
Le présent essai traite principalement de l’influence des doctrines ésotériques sur la notion du monde qu’illustrèrent divers poètes de la Renaissance française. Et pourtant il ne peut être considéré comme une contribution à l’histoire de l’ « Occultisme ».
Certes, Cornélius Agrippa, dès la première moitié du seizième siècle, a vulgarisé, avec une déplorable indiscrétion, le terme de « (…) -
L’hermétique pensée des arts
20 de agosto de 2011, por Murilo Cardoso de CastroExtrait de JOSÉ BERGAMÍN, L’IMPORTANCE DU DÉMON...
La raison que divinisèrent les Grecs jouait sur plusieurs faces parce qu’elle ne pouvait jouer à croix-pile. L’une de ces faces s’appelait Orphée, une autre Hermès. Les arts poétiques - la poésie, la musique, la peinture... - ont une raison à facettes, plusieurs faces, précisément parce qu’ils sont divins. Dans les nouveaux arts poétiques, la raison est divinisée en deux faces comme une pièce: l’une orphique et l’autre hermétique. Ce sont (…) -
Achim Von Arnim - le poète
22 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroNe doit-on pas s’étonner que, de nos jours, certaine école poétique ait cru pouvoir dépasser la littérature pour retrouver les fonctions primitives de la poésie, afin de rendre à nouveau accessibles des réalités vivantes et éternelles, enfouies sous le poids d’une culture moribonde.
Avant le Surréalisme, ce fut déjà la tentative du Romantisme, ainsi qu’en témoigne l’extrait qui suit de l’œuvre d’Achim von Arnim. [Jacques Masui]
Il y eut de tout temps une réalité secrète dans l’univers, (…) -
Melville – Mardi, o filósofo Babbalanja (Krell)
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroSe Babbalanja antecipa o ensaio sobre a verdade de Heidegger, o próprio Melville antecipa de tantas maneiras, e em tantos momentos, Nietzsche. Por exemplo, o Nietzsche da gaia ciência. O narrador de Mardi, envolvendo a descrença em uma crença mais ampla e generosa, reflete sobre a vida após a morte dos peixes e a possibilidade de um céu para baleias, uma reflexão que não considera ingênua:
Pois, não parece um tanto irracional imaginar que exista qualquer criatura, peixe, carne ou ave, tão (…) -
Melville – Mardi, "revelações crepusculares" (Krell)
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroQuaisquer verdades que o narrador espera perseguir, certamente derivarão do que ele chama de "revelações crepusculares":
Em clima claro no mar, uma vela, invisível no pleno brilho do meio-dia, torna-se perceptível ao pôr do sol. O inverso ocorre pela manhã. Visível no cinza do amanhecer, o navio distante, embora na realidade se aproxime, recua da vista à medida que o sol sobe cada vez mais alto. Isso se mantém verdadeiro até que sua proximidade o faça cair facilmente dentro do alcance (…) -
Eudoro de Sousa – poeta
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroEu não sei como um poeta procede, porque nunca fui poeta. Mas creio não andar muito longe de adivinhar o que ele faz dizendo que ele nada faz (não obstante a etimologia!) além da imitação, da mímica, do arremedo, em palavras, sons, cores e volumes de uma Fulguração Ofuscante do Ser, que subitamente se abrindo, nos permite que vejamos um aspecto seu, refletido no espelho embaciado do mundo natural e humano. Esse aspecto (98) rofletido, o poeta o mostra como sabe e pode. O artista não é a (…)
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Albert-Marie Schmidt : Haute science et poesie française au seizieme siècle
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers de’Hermès.Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947
Remarques préliminaires
Le présent essai traite principalement de l’influence des doctrines ésotériques sur la notion du monde qu’illustrèrent divers poètes de la Renaissance française. Et pourtant il ne peut être considéré comme une contribution à l’histoire de l’ « Occultisme ».
Certes, Cornélius Agrippa, dès la première moitié du seizième siècle, a vulgarisé, avec une déplorable indiscrétion, le terme de « Philosophie (…) -
Antonio Caeiro – poeta
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroSe os poetas trágicos «percebem de todas as artes», então sabem de «todas as coisas que concernem ao humano, a respeito da excelência e da sua perversão». Se não, estão «afastados» da realidade, a um distanciamento dos fenômenos do horizonte humano (πρᾶξις (praxis]] idêntico àquele que se pode constituir relativamente aos entes por natureza (φύσει ὄντα (physei onta]]. «A reprodução (μίμησις (mimesis]] imita os homens a passar por situações constituídas compulsivamente ou por vontade própria; (…)
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Abbagnano – poesia
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro(gr. poiesis; lat. poesia; in. Poetry; fr. Poésie; al. Dichtung; it. Poesia).
Forma definida da expressão linguística, que tem como condição essencial o ritmo. Podem-se distinguir três concepções fundamentais: 1) a poesia como estímulo ou participação emotiva; 2) a poesia como verdade; 3) a poesia enquanto modo privilegiado de expressão linguística.
1) A concepção de poesia como estímulo emotivo foi exposta pela primeira vez por Platão: "A parte da alma que, em nossas desgraças pessoais, (…)
Notas
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est ce que les poètes font
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est le revers de la philosophie
- Antonio Machado (Mairena) – la poésie est un dialogue de l’homme avec le temps
- Antonio Machado (Mairena) – le poète chanterait-il sans l’angoisse du temps?
- Antonio Machado (Mairena) – Une certaine poésie se nourrit de superlatifs