Uma das questões que se colocam à linguagem da pesquisa está, portanto, ligada a essa exigência de descontinuidade. Como falar de modo que a palavra seja essencialmente plural? Como pode se afirmar a busca por uma palavra plural, fundada não mais na igualdade e desigualdade, não mais na predominância e subordinação, não na mutualidade recíproca, mas na assimetria e irreversibilidade, de tal forma que, entre duas palavras, uma relação de infinitude esteja sempre implicada como movimento do (…)
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Blanchot – A linguagem da pesquisa
2 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Blanchot – O "desconhecido" na pesquisa
2 de julho, por Murilo Cardoso de CastroDas observações anteriores, retenhamos duas indicações. O desconhecido que está em jogo na pesquisa não é nem objeto nem sujeito. A relação de palavra onde se articula o desconhecido é uma relação de infinitude; donde se segue que a forma em que se realizará essa relação deve de alguma maneira ter um índice de "curvatura" tal que as relações de A para B nunca serão diretas, nem simétricas, nem reversíveis, não formarão um conjunto e não tomarão lugar num mesmo tempo, não serão portanto nem (…)
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Blanchot – A "forma" da pesquisa
2 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA poesia tem uma forma; o romance tem uma forma; a pesquisa, aquela em que está em jogo o movimento de toda pesquisa, parece ignorar que não tem uma ou, o que é pior, recusa-se a interrogar-se sobre a que toma de empréstimo à tradição. "Pensar" aqui equivale a falar sem saber em que língua se fala nem de qual retórica se serve, sem pressentir sequer o significado que a forma dessa linguagem e dessa retórica substitui àquele sobre o qual o "pensamento" gostaria de decidir. Acontece que se (…)