A força do imaginário! A fórmula anuncia ao mesmo tempo uma autoridade e uma energia, a qualidade daquilo que se impõe, mobiliza ou constrange. No caso, a do imaginário, um universo dinâmico de imagens ou representações, às vezes visceral e encantatório, arraigado no mais profundo de nós mesmos, que nos obriga constantemente a inventar o desconhecido para dar sentido ao conhecido, sem o que a aventura humana se limitaria a ser apenas um imperativo biológico. Para progredir ou crescer em (…)
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Joël Thomas
Matérias
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Paul-Augustin DEPROOST – A força do imaginário!
29 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Joël Thomas – Paisagem mítica
29 de junho, por Murilo Cardoso de CastroAntes de falar dos mitos literários, não se pode dispensar uma descrição geral da paisagem mítica, para melhor compreender que o mito literário é apenas um dos aspectos de uma constelação mítica mais ampla. E se, por outro lado, nossos exemplos são inicialmente retirados da mitologia greco-latina, justifica-se isso lembrando a evidente filiação entre essa cultura e nossa cultura europeia ocidental (evitamos, no entanto, a noção de "raízes", e explicaremos por quê), e também porque os (…)
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Joël Thomas – Estruturas do imaginário na Eneida
29 de junho, por Murilo Cardoso de CastroUma análise atenta de séries inteiras de imagens na Eneida nos confirma o que simples leituras nos haviam deixado suspeitar: tanto a crítica textual era útil apenas para esclarecer pontos referentes à metodologia, à forma da Eneida, quanto estas duas vias — a psicologia das profundezas e a história dos mitos e das religiões — nos revelam o sentido profundo da imensa maioria das imagens da Eneida, e valorizam a sua significação fundamental. Assim, estes dois ângulos de iluminação se mostram (…)
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Joël Thomas – Três estatutos da palavra
29 de junho, por Murilo Cardoso de CastroForam muito bem descritos por Marcel Détienne em Les Maîtres de vérité dans la Grèce archaïque (Paris, Maspero, 1967): em um percurso antropológico que confirma aliás uma estrutura duméziliana, a palavra é primeiro oracular, Logos, Verbo que o sacerdote comemora como palavra das Origens, do illud tempus, do tempo mítico e fundador que irriga o tempo dos homens. Esse sacerdote é ao mesmo tempo investido de uma função real: o rei é, indissociavelmente, mestre do oráculo e mestre do poder. (…)
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Joël Thomas – olhares sobre o mito
29 de junho, por Murilo Cardoso de CastroÉ necessário, portanto, colocar as coisas em perspectiva e diacronia, e perguntar: De qual mito estamos falando? Estamos tipicamente diante de um problema de representação; e, mesmo que nem sempre tenham tido plena consciência disso, os gregos do século V não falam do mito como os gregos de Alexandria no século I a.C.
Vamos tentar traçar um rápido panorama dos diferentes olhares que a sociedade grega lançou sobre seus mitos.
Jean Rudhardt defendeu de forma convincente (« Une approche de (…)