GMCH Milhares de pessoas hoje fazem Gustav Meyrink pagar por seus sucessos fulminantes. Para começar, esse escritor foi deixado por vinte anos escrevendo seus pequenos contos divertidos, ácidos, frequentemente espirituosos, sem receber a menor atenção. Durante esses longos anos, Meyrink continuou trabalhando imperturbavelmente, fiel ao mesmo princípio: acertar as contas com os burgueses sem fazer concessões ao público. Quando, quase aos cinquenta anos, ele teve um enorme sucesso com O Golem, (…)
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Hesse
Hesse, Hermann (1877-1962)
Matérias
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Herman Hesse – Obra de Meyrink
24 de maio, por Murilo Cardoso de Castro -
Hermann Hesse: Demian
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroDemian é um romance que gira à volta do problema da transformação, do crescimento espiritual do herói, um indivíduo que desde cedo, logo desde a infância, tem a consciência de que existem dois mundos bem demarcados, bem definidos, opondo-se um ao outro. Um a que se poderia chamar luminoso, ordenado, outro ligado à escuridão, ao caos de que toda e qualquer ordem está ausente. Sobretudo a ordem moral, do cristianismo ortodoxo. No Prólogo, Emil Sinclair explica como já abandonou esse caminho de (…)
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Hesse (Demian) – singularidade do "ser" humano
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroOs poetas, quando escrevem romances, costumam proceder como se fossem Deus e pudessem abranger com o olhar toda a história de uma vida humana, compreendendo-a e expondo-a como se o próprio Deus a relatasse, sem nenhum véu, revelando a cada instante sua essência mais íntima. Não posso agir assim, e os próprios poetas não o conseguem. Minha história é, no entanto, para mim, mais importante do que a de qualquer poeta é para ele, pois é a minha própria história, e é a história de um homem — não (…)
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Hermann Hesse
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroAs obras de Hesse em que nos surgem alguns símbolos mais importantes (todos eles alusivos à transmutação de um eu em busca de si mesmo), são talvez Demian (1919), Siddhartha (1922), Die Morgenlandfahrt (1932) e Das Glasperlenspiel (1943). Todas as escolhas têm o seu quê de parcial e de arbitrário. Mas nestas obras há em todo o caso uma grande profusão de sonhos, de visões, de representações simbólicas aliadas à transformação do mundo interior dos seus heróis. E sempre no sentido de uma (…)
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Hermann Hesse – Ludwig Tieck
6 de julho, por Murilo Cardoso de CastroSe eu fosse astrólogo, a primeira coisa que faria para poder dizer algo sobre um escritor seria estudar seu horóscopo. E apostaria que o horóscopo de Ludwig Tieck é um desses vacilantes, duvidosos, imprecisos e que se neutralizam em si mesmos, um desses em que qualquer constelação boa corresponde a outra má, em que cada linha marcada está cruzada e corrigida por outra. Existem horóscopos assim e, deixando a astrologia de lado, existem também muitos caracteres e destinos assim, que parecem (…)
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Hesse: Siddhartha
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroA aventura de Siddhartha não é a de um ocidental que se embrenha numa doutrina do passado, para por meio dela chegar à criação e à vivência de um arquétipo próprio, que lhe decifra o enigma da vida, do mundo e de si mesmo, mas é a de um hindu que na doutrina do Buda vê abrir-se uma porta e que por fim em nenhuma doutrina, mas na pura e simples aceitação da vida tal e qual ela é, feita de imperfeição e perfeição, consegue realizar-se. Realização que Hesse exprime mais uma vez por meio de um (…)
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Hermann Hesse: Jogo das Pérolas de Vidro
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroDas Glasperlenspiel é a obra em que melhor se proclama a supremacia da arte (que é neste caso novamente a música, e é o Jogo, o Jogo das Pérolas de Vidro), sobre qualquer outra forma de realização intelectual e humana. O livro é dedicado «aos peregrinos do Oriente». Mas mesmo sem esta indicação, fácil seria concluir que também este «Jogo» é uma viagem, é a descrição do percurso de um homem em busca de si mesmo, tal como nos outros livros que acabámos de ver. A natureza do Jogo das Pérolas de (…)
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Hermann Hesse: Viagem ao Oriente
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroNa Viagem ao Oriente deparamos com uma procura idêntica à anterior — de um eu em busca de si mesmo, de um entendimento harmonioso do universo e de Deus — e com uma série de símbolos também eles de unificação e de totalidade. O que significa esta viagem ao Oriente? É uma viagem difícil de descrever, como diz o narrador, pois nela se tratam de coisas que não se veem e não se sentem distintamente. É uma viagem puramente interior, e o caminho seguido (o do Oriente) não é senão o caminho da (…)
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Hesse (HOA:1) – uma caminhada na primavera
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro[HESSE, Hermann. Hymn to Old Age. Tr. David Henry Wilson. London: Pushkin Press, 2012 [ebook], "A WALK IN THE SPRING
tradução do inglês
UMA VEZ MAIS AS PEQUENAS gotas de lágrimas brilham nos botões das folhas resinosas, as primeiras borboletas abrem e fecham seus finos mantos de veludo e os meninos brincam com piões e bolinhas de gude. É a Semana Santa, repleta de sons transbordantes, carregada de memórias de ovos de Páscoa de cores deslumbrantes, Jesus no Jardim do Getsêmani, Jesus no (…) -
Deghaye (PTM) – Hermann Hesse - Castalia
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroA escrita universal que será o tema deste estudo é um jogo. É o jogo das contas de vidro, que deu nome ao último romance de Hermann Hesse, publicado em 1943.
Trata-se de uma utopia projetada para o futuro, ambientada na primeira metade do segundo milênio. No entanto, a história é contada no tempo passado. Supõe-se que a introdução do livro, que é principalmente a biografia de um personagem chamado Josef Knecht, tenha sido escrita por volta do ano 2400. Em outras palavras, a utopia de Hesse (…)
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