Foi por Kafka, bastante tarde na vida, que voltei a Blake. Eis-me aqui novamente, de outra maneira ainda...
No início, havia guardado apenas algumas canções, um cheiro de oleandro, o da rosa doente, totalmente estranho aos nossos jardins, e a suspeita de uma grande força secreta nos Provérbios do Inferno; mas uma força ordenada a quê? Certamente não às frivolidades vagas de que um Gide deixara transbordar sua cisterna, em uma tradução bastante indigna... Às vezes, vislumbrava a parentesco (…)
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William Blake
William Blake (1757-1827)
Matérias
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Pierre Boutang – Blake, o esplendor da vida?
8 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Henri Lemaître (Hermès) - William Blake, peintre ésotérique
18 de novembro de 2022, por Murilo Cardoso de CastroLes Cahiers d’Hermès I. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947.
Pour parvenir jusqu’aux artistes inspirés, l’inspiration prend parfois des formes inattendues, surtout lorsque le poète ou le peintre naît en une époque où la Tradition est refoulée par les « lumières » et se voit contrainte de se renfermer dans les ombres de l’occultisme. Mais quelle que fût la prétention du rationalisme philosophique à ne vouloir reconnaître comme moteur de la vie spirituelle que l’intelligence (…) -
Lemaître: William Blake, peintre ésotérique
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroPour parvenir jusqu’aux artistes inspirés, l’inspiration prend parfois des formes inattendues, surtout lorsque le poète ou le peintre naît en une époque où la Tradition est refoulée par les « lumières » et se voit contrainte de se renfermer dans les ombres de l’occultisme. Mais quelle que fût la prétention du rationalisme philosophique à ne vouloir reconnaître comme moteur de la vie spirituelle que l’intelligence distincte et dialectique, on sait de reste que, même en plein XVIIIe siècle, la (…)
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Pierre Boutang – Blake, a linguagem e a dissimulação
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroO livro que aqui está acabou por se construir sobre uma hipótese complexa, na verdade tripla, mas em que cada componente repercute sobre as outras duas: Blake, poeta, definiu-se como "mestre das estruturas da linguagem"; só pôde manter essa pretensão delirante e metódica — onde se curva e se aprofunda seu gênio — porque era também, muito conscientemente, um mestre da dissimulação; o conteúdo dessa dissimulação encontra-se por inteiro, e simultaneamente, em sua vida e no dogma que sustentava (…)
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Pierre Boutang – Blake, guerra eterna
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroAdiemos a análise desse vocabulário colérico das epopeias ou profecias, sem esquecer que se trata antes de tudo de sua forma descrita como essência do poema; essa forma é também o primeiro enunciado no programa dessas obras, seu primeiro conteúdo dogmático: "immortal" ou "eternal" war, guerra cujas armas e movimentos veremos se definirem como "intelectuais". Tal intelectualidade, se lembrarmos do irracionalismo e antirracionalismo fundamentais do bardo doutrinário, surpreende a princípio; (…)