Milloué1905
Mas, se não possui avatars, Shiva, por outro lado, tem dois filhos ilustres, investidos de múltiplas funções: Ganesha e Skanda.
Ganesha
Chamado também de Ganapati, Heramba, Vinayaka, Vighnesha e Vighnaraja, Ganesha é geralmente conhecido como:
O Deus da sabedoria
O destruidor de obstáculos (especialmente os que obscurecem a inteligência)
A personificação do sucesso e da felicidade terrena perfeita
Considerado essencialmente benevolente e benéfico, ele também tem um (…)
Excertos de obras literárias, cênicas e gráficas, além de crítica literária, com foco no imaginal mitográfico, lendário e fantástico.
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Milloué (1905) – Shiva e seus dois filhos
14 de maio, por Murilo Cardoso de Castro -
Obra Esotérica de Balzac (Abellio)
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Não nos deteremos especialmente aqui para justificar a aproximação, em um mesmo volume, de três textos de Balzac: Louis Lambert, Jesus-Christ en Flandre e Les Proscrits, compostos em épocas diferentes e que pertencem sobretudo a gêneros literários diversos: romance autobiográfico, conto fantástico, narrativa histórica. Mas, independentemente das questões cronológicas que, em uma obra tão homogênea quanto a de Balzac, têm pouca importância, permanece o fato de que esses três (…) -
A Busca do Absoluto de Balzac (Abellio)
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Conhecemos a célebre frase de Baudelaire: "Muitas vezes me surpreendi que a grande glória de Balzac fosse passar por um observador; sempre me pareceu que seu principal mérito era ser um visionário, e um visionário apaixonado." Eis, sem dúvida, a principal mola da leitura de Balzac: a acumulação de descrições, de detalhes precisos e bem observados e até mesmo de partes didáticas se tornaria fastidiosa se não fosse sustentada e arrebatada por uma transfiguração geral, uma visão (…) -
Graal – Ermitas (Buescu)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroBuescu, 1991
No contexto das duas novelas arturianas sobre que nos debruçamos, os seus heróis (Perceval e Galaaz) definem-se como heróis itinerantes, isto é, em permanente passagem. De certo modo, têm o seu contraponto na figura do(s) ermita(s), sedentário habitante de uma ermida ou de um ermitério. Assim, os cavaleiros vão deparando passo a passo com essas personagens ambíguas e por vezes inquietantes, que parecem deter o saber e possuem também muitas vezes o dom profético: (…) -
Dante – A Divina Comédia, hesitação no limiar da jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Dante, no entanto, ainda está no limiar do caminho. Ele não o atravessou. O que se segue aqui é tão familiar a todos nós que traz uma sensação repentina de calor e proximidade em relação a Dante. Estamos, de fato, prestes a ler sobre os feitos de um grande gênio, mas ele não está distante de nossas lutas fracassadas. Aqui está um homem, semelhante a nós mesmos, uma pessoa — e é claro que isso faz do poema uma história humana viva, que nutre a vida simbólica de cada leitor. Pois (…) -
Dante – A Divina Comédia, Cruzando o limiar da jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
É importante, antes de cruzarmos o limiar da jornada através do primeiro portal, fazer uma pausa para considerar a natureza dos guias que devem ser confiados e seguidos. Para Dante, apareceu a alma do poeta Virgílio, a quem ele amava. Este é o psicopompo interior, que geralmente se torna consciente para nós por meio de um encontro com alguma pessoa real da qual captamos a centelha e que pode ser, por um período mais curto ou mais longo, o professor—o guru, como é chamado na (…) -
Dante – A Divina Comédia, Limiar da Jornada (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
O limiar de toda jornada é o bosque escuro do começo. Um homem chega lá geralmente, mas não necessariamente, no ponto médio da vida. Dante tinha 35 anos no ano de 1300, data que ele atribui à jornada. Pode vir mais tarde; e muitas vezes, especialmente hoje em dia, vem muito antes—o momento em que despertamos para saber que estamos perdidos—para perceber, como diz Jung, que o ego não é o mestre da casa, que estamos tropeçando no escuro, e que nossos objetivos complacentes de (…) -
Dante – A Divina Comédia, Níveis de Sentido (Helen Luke)
27 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Na Comédia, como é bem sabido, existem quatro níveis de significado, definidos pelo próprio Dante em uma carta ao seu amigo e patrono, Can Grande della Scala. Ele fala do nível externo, literal, e do significado interno triplo do poema — alegórico, moral e anagógico ou místico. Quanto aos fatos históricos, eles pouco nos concernem aqui. Um comentário bom e simples, como o de Dorothy Sayers, conta em poucas palavras o suficiente do contexto das imagens para fornecer as (…) -
Dante – A Divina Comédia (Helen Luke)
26 de abril, por Murilo Cardoso de CastroLuke, 1989
Dante não chamou sua comédia de "divina"; essa palavra foi acrescentada por editores posteriores. Isso é enganoso porque expressa apenas metade da verdade, que é que a Commedia, embora seja certamente divina, é igualmente humana. Do seu início, no limiar do Inferno, até seu fim, na visão de Deus, o poema ressoa com a dupla natureza da realidade, que é a única verdade: sem a divindade, não pode haver humanidade consciente, e sem humanidade, o divino permanece uma abstração.
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Kafka, O Processo e o Castelo
26 de abril, por Murilo Cardoso de CastroCalasso, 2002
O processo e O castelo são histórias em que se trata de concluir um trâmite: livrar-se de um procedimento penal, confirmar uma nomeação. O ponto em torno ao qual tudo gira é sempre a eleição, o mistério da eleição, a sua obscuridade impenetrável. No Castelo, K. deseja a eleição — e isso complica infinitamente cada ato seu. No Processo, Josef K. deseja subtrair-se à eleição — e isso complica infinitamente cada ato seu. Ser escolhido, ser condenado: duas modalidades do mesmo (…)