Últimas notas
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27 de novembro
Paul Arnold – Nota à "Tragédia de Cymbeline" de Shakespeare
As Bodas Químicas de Andreæ talvez nos sugiram algumas das razões que guiaram o poeta, ou pelo menos uma alegoria comparável àquela que deve tê-lo inspirado. O episódio ao qual me refiro ocorre no dia seguinte à “pesagem” dos eleitos e na véspera do falso funeral, do qual a elegia de Fênix e do (…)
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25 de novembro
Cesare e Keane: Gadamer, infinitude
Mas o que é essa infinitude? E como a questão do infinito se relaciona com a finitude insuperável de quem faz a pergunta? Existe uma maneira de mostrar à filosofia a conexão entre o finito e o infinito e, ao fazê-lo, fortalecê-la? O caminho hermenêutico — como Gadamer não se cansa de repetir — é (…)
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25 de novembro
Cesare e Keane: Gadamer, sendo hermenêutico (vigilância)
Na hermenêutica, o limite é um início, porque abre o além que é o espaço de jogo do outro e com o outro. Cada encontro com a verdade é também um encontro com nós mesmos, em que “encontro” significa, acima de tudo, deparar-se com os próprios limites, de modo que somos forçados a ultrapassá-los. (…)
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25 de novembro
Cesare e Keane: Gadamer, o limite que é o outro
A nova concepção introduzida pela hermenêutica, e em oposição a Heidegger, é a do limite como outro. Embora se repita frequentemente que, para Heidegger, o Ser é sempre Ser-com, o Dasein permanece absolutamente sozinho em sua lançabilidade. Aqui, o outro está ausente, e o limite revela-se uma (…)
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24 de novembro
Simone Weil: A Arte da Guerra
A arte da guerra é apenas a arte de provocar tais transformações, e o material, os processos, a própria morte infligida ao inimigo são apenas meios para esse fim; seu verdadeiro objetivo é a própria alma dos combatentes. Mas essas transformações são sempre um mistério, e os deuses são seus (…)
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24 de novembro
Simone Weil: O Escravo na Ilíada
É quando sofre ou morre um daqueles que lhe fizeram perder tudo, que devastaram sua cidade, massacraram os seus diante dos seus olhos, é então que o escravo chora. Por que não? Só então lhe é permitido chorar. É até mesmo obrigatório. Mas, na servidão, as lágrimas não estão prontas para cair (…)
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23 de novembro
Utéza (JGR) – Cantando silêncio de cantigas
Por carta, Rosa assim explicava uma expressão de Campo Geral: “Cantando silêncio de cantigas: querendo dizer (poeticamente): cantigas que impunham silêncio, que encerravam magia estranha como a que há no silêncio, na solidão”. — Correspondência com o Tradutor Italiano, p. 27. Em outra carta (…)
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23 de novembro
Huxley: Conhecimento e Compreensão
O conhecimento é adquirido quando se logra inserir uma nova experiência no sistema de conceitos baseado em nossas experiências anteriores. A compreensão surge quando se liberta do antigo e assim se torna possível um contato direto e não mediado com o novo, o mistério, momento a momento, de nossa (…)
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23 de novembro
Huxley: Os Místicos
Temos agora de prosseguir para considerar o problema da religião como o outro tipo de sistema simbólico, não como o sistema de mitos, mas como o sistema de conceitos, de credos, de dogmas, de crenças. Trata-se de um tipo de simbolismo profundamente distinto, e é aquele que, no Ocidente, foi (…)
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9 de julho
Ursula K. Le Guin – sou uma escritora moral?
Descobri, um tanto para meu desgosto, que sou uma escritora extremamente moral. Estou sempre defendendo ideias e fazendo afirmações. Gostaria de não ser tão moralista, porque meu interesse é estético. O que quero fazer é criar algo belo como um bom vaso ou uma boa peça musical, e as ideias e o (…)