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Touro de Creta
segunda-feira 22 de julho de 2024
Mitologia Grega – Hércules – Doze Trabalhos – Touro de Creta
Junito BrandãoMinos, rei de Creta, prometera sacrificar a Posídon tudo quanto de especial saísse do mar. O deus fez surgir das espumas um touro maravilhoso. Encantado com a beleza do animal, o rei mandou levá-lo para junto de seu rebanho e sacrificou a Posídon um outro. Irritado, o deus enfureceu o touro, que saiu pela ilha, fazendo terríveis devastações. Foi este animal feroz, que lançava chamas pelas narinas, que Euristeu ordenou a Héracles de trazer vivo para Micenas. Não podendo contar com o auxílio de Minos, que se recusou a ajudá-lo, o herói, segurando o monstro pelos chifres, conseguiu dominá-lo e, sobre o dorso do mesmo, regressou à Hélade. Euristeu o ofertou à deusa Hera, mas esta, nada querendo que proviesse de Héracles, o soltou. O animal percorreu a Argólida, atravessou o Istmo de Corinto e ganhou a Ática, refugiando-se em Maratona, onde Teseu, mais tarde, o capturou e sacrificou a Apolo Delfínio.
Como já se discorreu sobre a simbologia do Touro no Vol II, p. 35sqq., resta-nos apenas acrescentar que a vitória de Héracles sobre o Touro feroz, que lançava chamas pelas narinas, é o triunfo sobre a força bruta da tendência dominadora.
A cada trabalho o grande herói vai se aperfeiçoando e se encontrando...
Mário Meunier
A sexta tarefa que Euristeu confiou ao valoroso filho de Alcmena foi a luta contra o touro de Creta. Hércules não deveria matá-lo, mas persegui-lo, agarrá-lo e levá-lo vivo a Micenas. Minos, rei de Creta, prometeu, um dia, oferecer ao Deus dos mares o que este Deus fizesse sair das ondas, e Poseidon fez emergir das vagas um soberbo touro. Tão belo, com efeito, era o animal, que Minos, não podendo decidir-se a sacrificá-lo, julgou cumprir seu voto substituindo-o por uma vítima menor. Irritado por essa deslealdade, Poseidon enfureceu — o animal, tornando-se, o touro, o terror do país. Hércules, con-formando-se com as ordens do seu senhor, partiu para Creta. Assim que enxergou o animal, partiu contra ele, agarrou-o pelos chifres, obrigando-o a dobrar as pernas; depois, subjugando-o numa forte rede, carregou-o em suas grandes espáduas e conduziu-o, atravessando o mar, até os pés de Euristeu.

