Os mitos não morrem, como acreditavam os racionalistas e seus seguidores. Seria mais correto dizer que simplesmente se transformam, pois há algo mais além do conteúdo contingente do mundo e do conhecimento que possuímos sobre ele. Há o coração do mundo, elevado acima da contingência e da não-contingência no sentido comum desses termos. O coração do mundo não é apenas algo que pode ser objeto de um saber filosófico, mas algo com o qual nos relacionamos com todo o nosso ser, algo que narramos (…)
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Fausto
Matérias
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Patocka – venda da alma imortal? (Fausto)
3 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Patocka – Fausto de Goethe
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroTanto no Volksbuch quanto em Marlowe, em sua primeira versão poética, a história de Fausto permanece ao mesmo tempo uma lenda explicitamente alemã, situada com precisão em um lugar do mundo e um ponto no tempo. A unidade da cristandade não existe mais. Os países das fronteiras ocidentais se libertam abertamente dos laços impostos pela autoridade e pelo poder espiritual. No entanto, mesmo na fragmentação e no caos do período da Reforma, o Sacro Império Romano permanece fundamentalmente (…)
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Patocka – Fausto de Thomas Mann
3 de julho, por Murilo Cardoso de CastroA solução goethiana da questão de Fausto, solução que rejeita a venda da alma imortal como impossível, nos conduz assim a uma outra versão ainda, quase contemporânea, da mesma lenda. Faz apenas vinte e cinco anos que Thomas Mann publicou seu Doutor Fausto, que tentaremos agora confrontar, como terceira figura fundamental, às duas precedentes. Partiremos mais uma vez da situação histórica que ali se reflete.
A situação comporta mais uma vez um “império germânico”, que se apresenta, no (…)