O que dá a melhor impressão do ’’mundo verdadeiro’’, do mundo da liberdade, são os contos de fadas. E, entre as obras literárias francesas, aquelas que se devem aconselhar a leitura a quem quer ter uma visão da ’’realidade’’, são os Contos de Perrault. O resto, é frequentemente, literatura; é algo de relativo ao mundo que passa, ao mundo aparente, ’’ao mundo que não é’’, ao mundo da necessidade.
Nada é tão revelador da alma humana como os relatos do tempo onde os animais falavam. Existem (…)
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Mitos e Lendas
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Pierre Gordon – Contos de Fadas
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Faivre (Grimm:7-14) - les frères Grimm et la germanistique romantique
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroL’une des caractéristiques du Romantisme allemand, mouvement au moins autant philosophique que littéraire, paraît être le goût de la synthèse. Ce trait, joint à l’obsession des origines, rend compte d’un effort intensif et extensif pour obtenir une connaissance approfondie de tous les domaines possibles, pour trouver entre eux des rapports et des relations. encyclopédie de Novalis, restée inachevée, conserve une valeur exemplaire pour l’époque, car ce type d’ébauche faite d’aphorismes et de (…)
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Grimm (Contos:47) – The Juniper Tree (O Junípero)
26 de junho, por Murilo Cardoso de CastroVersão inglesa de Jack Zipes da edição original de 1812/1815 dos Contos de Grimm.
O zimbro possui uma rica tradição folclórica, mas não é especialmente pertinente à árvore neste conto. O óleo, as cinzas, as bagas, as folhas e a casca são utilizados em muitas culturas para fins curativos, e é o poder terapêutico da árvore que parece torná-la uma escolha natural como local de descanso para o menino. Na Rússia, o zimbro é uma bétula; na Inglaterra, é uma roseira.
Existe tradução desse conto (…) -
Vernant – Mito como modelo da física jônica
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro(Vernant1990)
Nesta segunda versão do mito, reconhece-se a estrutura de pensamento que serve de modelo a toda a física jônia. Cornford dá esquematicamente a seguinte análise: 1.°) no começo, há um estado de indistinção onde nada aparece; 2.°) desta unidade primordial emergem, por segregação, pares de opostos, quente e frio, seco e úmido, que vão diferenciar no espaço quatro províncias: o céu de fogo, o ar frio, a terra seca, o mar úmido; 3.°) os opostos unem-se e interferem, cada um (…) -
Vernant – Do Mito à Razão (I): O Mito Grego
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro(Vernant1990)
No decurso dos últimos cinquenta anos, a confiança do Ocidente neste monopólio da razão foi todavia abalada. A crise da física e da ciência contemporâneas minou os fundamentos — que se julgavam definitivos — da lógica clássica. O contato com as grandes civilizações espiritualmente diferentes da nossa, como a da Índia e a da China, rompeu os quadros do humanismo tradicional. O Ocidente já não pode hoje considerar o seu pensamento como sendo o pensamento, nem saudar na aurora (…) -
Vernant – Do Mito à Razão (III): Filosofia, Política, Moeda e Ser
26 de junho, por Murilo Cardoso de Castro(Vernant1990)
A solidariedade que constatamos entre o nascimento do filósofo e o aparecimento do cidadão não é para nos surpreender. Na verdade, a cidade realiza no plano das formas sociais, esta separação da natureza e da sociedade que pressupõe, no plano das formas mentais, o exercício de um pensamento racional. Com a Cidade, a ordem política destacou-se da organização cósmica; aparece como uma instituição humana que é objeto de uma indagação inquieta, de uma discussão apaixonada. Neste (…) -
Northrop Frye (SS) – Universo mitológico
28 de maio, por Murilo Cardoso de CastroFryeSS
O universo mitológico tem dois aspectos. Em um aspecto, é a parte verbal da própria criação do homem, o que chamo de escritura secular; não há dificuldade quanto a esse aspecto. O outro é, tradicionalmente, uma revelação dada ao homem por Deus ou outros poderes além dele mesmo. Esses dois aspectos nos levam de volta à imaginação e à realidade de Wallace Stevens. A realidade, lembramos, é alteridade, a sensação de algo que não somos nós mesmos. Naturalmente pensamos no outro como a (…) -
Couliano (MDO) – Mitos Dualistas do Ocidente
27 de maio, por Murilo Cardoso de CastroICMDO
Atribuem-se por vezes aos "dualismos do Ocidente" alguns traços comuns: o anticosmismo, ou seja, a convicção de que este mundo é mau; o antissomatismo, a crença de que o corpo é mau; o encratismo, uma forma de ascetismo que chega à rejeição do matrimônio e da procriação. Na maioria dos casos, os dualistas parecem ser docetas, isto é, além das inúmeras diferenças doutrinais, parecem não acreditar na realidade da paixão e morte de Jesus Cristo na cruz. Por fim, alguns dualistas (…) -
Kerenyi (Eleusis) – Deméter
20 de maio, por Murilo Cardoso de CastroKKEleusis
O que surpreende nos mitos de Deméter, quando consideramos a imagem da deusa tranquilamente entronizada em tantos monumentos, é sua busca incansável pela filha. Nessas histórias, a mãe dos grãos se assemelha a mulheres divinas como Io, Europa ou Antíope, com suas andanças lunares. Sua figura passa por metamorfoses que não podem ser totalmente explicadas pelas diferentes épocas e lugares em que as histórias se originaram. A história cretense de Deméter, é verdade, difere da (…) -
Kerenyi (Eleusis) – Deméter
20 de maio, por Murilo Cardoso de CastroKKEleusis
O que surpreende nos mitos de Deméter, quando consideramos a imagem da deusa tranquilamente entronizada em tantos monumentos, é sua busca incansável pela filha. Nessas histórias, a mãe dos grãos se assemelha a mulheres divinas como Io, Europa ou Antíope, com suas andanças lunares. Sua figura passa por metamorfoses que não podem ser totalmente explicadas pelas diferentes épocas e lugares em que as histórias se originaram. A história cretense de Deméter, é verdade, difere da (…)