Pois sejamos felizes de uma vez, antes que o leitor pegue em si, morto de esperar, e vá espairecer a outra parte; casemo-nos. Foi em 1865, uma tarde de março, por sinal que chovia. Quando chegamos ao alto da Tijuca, onde era o nosso ninho de noivos, o céu recolheu a chuva e acendeu as estrelas, não só as já conhecidas, mas ainda as que só serão descobertas daqui a muitos séculos. Foi grande fineza e não foi única. S. Pedro, que tem as chaves do céu, abriu-nos as portas dele, fez-nos entrar, (…)
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Machado de Assis
Machado de Assis (1839-1908)
Matérias
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Machado de Assis – Três Consequências
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis (DC:CI) – Noite de Núpcias
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – História Comum
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – Papéis Velhos
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
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27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – O Imortal
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – O segredo do bonzo
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – Na Arca
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro -
Machado de Assis – Filosofia de um par de botas
27 de junho, por Murilo Cardoso de CastroUma destas tardes, como eu acabasse de jantar, e muito, lembrou-me dar um passeio à Praia de Santa Luzia, cuja solidão é propícia a todo homem que ama digerir em paz. Ali fui, e com tal fortuna que achei uma pedra lisa para me sentar, e nenhum fôlego vivo nem morto. — Nem morto, felizmente. Sentei-me, alonguei os olhos, espreguicei a alma, respirei à larga, e disse ao estômago: — Digere a teu gosto, meu velho companheiro. Deus nobis haec otia fecit.
Digeria o estômago, enquanto o cérebro (…) -
Machado de Assis – O Sainete
27 de junho, por Murilo Cardoso de Castro