Ao contrário da psicanálise, o estruturalismo não se interessa pelos conteúdos da consciência, mas pelos processos do pensamento: “Compreender um mito é, portanto, conceber o processo de simbolização que lhe é próprio”. Mas as coisas não são tão simples, pois nem sempre se pode falar desse processo sem levar em conta seu suporte ou o que ele suporta. Nem sempre se pode evocar o papel das funções sem, por vezes, levar em conta as ações. Roland Barthes distinguiu pertinentemente o nível das (…)
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Propp
Vladimir Propp (1895-1970)
Matérias
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Faivre (Grimm) – crítica do formalismo interpretativo
8 de julho, por Murilo Cardoso de Castro -
Faivre (Grimm) – contos, estruturalismo de Propp
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroFoi visto que a pesquisa dispõe de um sistema tipológico, devido a Antti Aarne e Stith Thompson, que facilita o trabalho dos cientistas e dos editores. Stith Thompson catalogou cerca de quarenta mil motivos, acompanhados cada um de numerosas referências. O primeiro grupo de motivos concerne os contos de animais, o segundo os contos (Märchen) propriamente ditos, o terceiro as histórias facetas. O segundo, que interessa aqui, é dividido em subgrupos:
— a) Um herói deve lutar contra um (…) -
Faivre (Grimm) – exemplos de estruturalismo de Propp
8 de julho, por Murilo Cardoso de CastroOs KHM não são tão "puros" quanto os contos coletados por Afanasiev, mas sabemos que, embora se possa concordar com Propp nesse ponto, seria errado suspeitar que os irmãos Grimm tenham feito principalmente uma obra de "poesia de arte". Trata-se muito mais de "poesia da natureza" — não de Kunstmärchen. A própria diferença observada por Propp entre os contos de Afanasiev e os KHM leva a tentar aplicar a estes o esquema das funções proposto pelo autor da Morfologia do conto. Este, como se viu, (…)