##### A centralidade do mythos e a dialética entre ordem e tempo
* É imperativo suspender momentaneamente a indagação sobre o estatuto da mimesis, exceto na medida em que esta se define pela tessitura da intriga, para nos voltarmos resolutamente à teoria do mythos a fim de nela discernir o ponto de partida de nossa própria teoria da composição narrativa, sem jamais esquecer que a teoria do mythos é uma abstração derivada da definição da tragédia apresentada por Aristóteles na Poética, (…)
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PRTR1
RICOEUR, Paul. Temps et récit I. Paris: Éd. du Seuil, 1983.
Matérias
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Ricoeur (TR1) – A intriga: um modelo de concordância
26 de novembro, por Murilo Cardoso de Castro -
Ricoeur (TR1) – O contraste da eternidade
26 de novembro, por Murilo Cardoso de Castro* A objeção crítica contra a leitura fragmentada do livro XI das *Confissões*, que isolaria artificialmente as seções analíticas da grande meditação sobre a eternidade, permanece válida e exige superação, uma vez que a tese de que o tempo reside na alma e nela encontra seu princípio de medida (*distentio animi*), embora possua autonomia suficiente para responder às aporias internas do ceticismo sobre a mensurabilidade do tempo, carece ainda do sentido pleno que somente o contraste com a (…)
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Ricoeur (TR1) – Aporia do ser e do não-ser do tempo
26 de novembro, por Murilo Cardoso de Castro* A noção de *distentio animi*, conjugada à de *intentio*, emerge de maneira paulatina e laboriosa a partir da aporia fundamental que ocupa o espírito de Agostinho, a saber, a mensuração do tempo, a qual se inscreve num círculo aporético ainda mais originário referente ao ser ou não-ser do tempo, visto que somente aquilo que possui ser é passível de medida. A fenomenologia do tempo origina-se, portanto, no interior de uma interrogação ontológica explícita sobre a natureza do tempo (*quid est (…)