Excertos do livro de Yvette Centeno, A SIMBOLOGIA ALQUÍMICA NO CONTO DA SERPENTE VERDE DE GOETHE
O Conto da Serpente Verde de Goethe, escrito em 1795, ainda hoje é, de todas as suas obras, aquela que nos deixa mais perplexos.
Integra-se numa obra a que o autor deu o título de Conversas de Emigrantes Alemães. Mas nem o título, nem o teor geral das histórias narradas, ajudam a entender melhor o Conto com que a obra finaliza. Várias histórias são contadas pelos emigrantes uns aos outros, (…)
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Crítica Literária
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Centeno: Goethe, O Conto da Serpente Verde
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro -
Centeno: Goethe - Fausto
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de Castro"Mas este aprendeu, irá ensinar-nos." Goethe, Faust
A magia, como têm observado os seus estudiosos, constitui um universo coerente de ideias, uma representação global do homem e do mundo, semelhante, pela função, à das concepções religiosas, tradicionais e oficiais, embora se desenvolva à margem delas. É a angústia da consciência inquisidora das razões e dos mistérios do universo que se projecta na magia, enquanto forma útil de apreensão e domínio desse mesmo universo.
«A um mundo (…) -
Goethe Fausto
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroGoethe — FAUSTO
A criação da obra ocupou quase a vida inteira do autor. A primeira versão escrita em 1775, era um esboço entitulado "Urfaust" (Proto-Fausto), um outro rascunho foi realizado em 1791: "Faust, ein Fragment" (Fausto, um fragmento), ambos não foram editados na época.
Só em 1808 foi terminada e publicada como "Faust, eine Tragödie" (Fausto, uma tragédia). Em 1826 iniciou a segunda parte, que foi publicada postumamente em 1832 como "Faust. Der Tragödie zweiter Teil in fünf (…) -
Goethe Metamorfose
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroGoethe — A METAMORFOSE DAS PLANTAS Apresentação Excertos da «Introdução» de Maria Filomena Molder, de sua tradução de "A Metamorfose das Plantas"
Deveras, se o livro (A Metamorfose das Plantas) não trouxesse na capa este título restrito, seriamos levados a acreditar que liamos a história do desenvolvimento do espírito humano em geral, a história da sua formação gradual, em vista da contemplação e da compreensão dos fenômenos da natureza. Geoffroy Saint-Hilaire, Compte Rendu des Séances de (…) -
Hadot (2018:159-160) – Goethe, o aterrador (Ungeheuer)
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroGoethe vê na Natureza um jorro de formas visíveis, de “fenômenos” — no sentido de “aparições” —, que a linguagem humana é incapaz de expressar. Por que ele se apavora? Porque essas formas são, de certa forma, os sinais, as “assinaturas” de um indizível, de um desconhecido, de um inexplorável. As formas são o “símbolo”, isto é, a “revelação da vida e o instante do inexplorável”. O conhecimento da natureza consiste em alcançar o que ele denomina “fenômenos originários”, que nos revelam as leis (…)
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Hermann Hesse: Jogo das Pérolas de Vidro
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroDas Glasperlenspiel é a obra em que melhor se proclama a supremacia da arte (que é neste caso novamente a música, e é o Jogo, o Jogo das Pérolas de Vidro), sobre qualquer outra forma de realização intelectual e humana. O livro é dedicado «aos peregrinos do Oriente». Mas mesmo sem esta indicação, fácil seria concluir que também este «Jogo» é uma viagem, é a descrição do percurso de um homem em busca de si mesmo, tal como nos outros livros que acabámos de ver. A natureza do Jogo das Pérolas de (…)
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Hermann Hesse: Viagem ao Oriente
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroNa Viagem ao Oriente deparamos com uma procura idêntica à anterior — de um eu em busca de si mesmo, de um entendimento harmonioso do universo e de Deus — e com uma série de símbolos também eles de unificação e de totalidade. O que significa esta viagem ao Oriente? É uma viagem difícil de descrever, como diz o narrador, pois nela se tratam de coisas que não se veem e não se sentem distintamente. É uma viagem puramente interior, e o caminho seguido (o do Oriente) não é senão o caminho da (…)
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Hermann Hesse
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroAs obras de Hesse em que nos surgem alguns símbolos mais importantes (todos eles alusivos à transmutação de um eu em busca de si mesmo), são talvez Demian (1919), Siddhartha (1922), Die Morgenlandfahrt (1932) e Das Glasperlenspiel (1943). Todas as escolhas têm o seu quê de parcial e de arbitrário. Mas nestas obras há em todo o caso uma grande profusão de sonhos, de visões, de representações simbólicas aliadas à transformação do mundo interior dos seus heróis. E sempre no sentido de uma (…)
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Hermann Hesse: Demian
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroDemian é um romance que gira à volta do problema da transformação, do crescimento espiritual do herói, um indivíduo que desde cedo, logo desde a infância, tem a consciência de que existem dois mundos bem demarcados, bem definidos, opondo-se um ao outro. Um a que se poderia chamar luminoso, ordenado, outro ligado à escuridão, ao caos de que toda e qualquer ordem está ausente. Sobretudo a ordem moral, do cristianismo ortodoxo. No Prólogo, Emil Sinclair explica como já abandonou esse caminho de (…)
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Hesse: Siddhartha
23 de julho de 2024, por Murilo Cardoso de CastroA aventura de Siddhartha não é a de um ocidental que se embrenha numa doutrina do passado, para por meio dela chegar à criação e à vivência de um arquétipo próprio, que lhe decifra o enigma da vida, do mundo e de si mesmo, mas é a de um hindu que na doutrina do Buda vê abrir-se uma porta e que por fim em nenhuma doutrina, mas na pura e simples aceitação da vida tal e qual ela é, feita de imperfeição e perfeição, consegue realizar-se. Realização que Hesse exprime mais uma vez por meio de um (…)