Últimas notas
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6 de julho
Safranski (Romantismo) – atração pelo segredo em Tieck
Quando a realidade assume a aparência de um pequeno teatro, como Tieck faz William Lovell escrever, então os românticos têm uma ideia: eles buscam o segredo, aquele sentimento que nos “impulsiona para regiões distantes e desconhecidas”, nesse contexto é possível darmos um passo errado, ou, como (…)
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6 de julho
Safranski (Romantismo) – estado de inconsciência em Tieck
[...] Os românticos entediados pela sua consciência começam a ansiar pela inconsciência. “Não há nada mais elevado no homem’, lê-se no Lovell de Tieck, “do que o estado de inconsciência; então ele é feliz, então pode dizer que está contente.” Os românticos sonham com uma vida simples, que vibra (…)
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6 de julho
Safranski (Romantismo) – medo do tédio em Tieck
[...] O mal-estar diante da normalidade se concentra no medo do tédio. Ele está sempre presente como ameaça nas obras dos românticos. No William Lovell de Tieck encontra-se uma descrição marcante desse sentimento: “O tédio é certamente a tortura do inferno, pois até agora não conheci nenhuma (…)
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6 de julho
Safranski (Romantismo) – "O jovem mestre de marcenaria" de Tieck
O romântico tinha possivelmente a impressão de que era o espírito da geometria que impregnava a vida atual. Tieck escreve em O jovem mestre de marcenaria: “A linha reta, porque ela sempre segue o caminho mais curto, porque ela é tão aguda e determinada, me pareceu a necessidade de expressar a (…)
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6 de julho
Safranski (Romantismo) – Sternbald de Tieck
No romance Sternbald, de Tieck, também trata-se do motivo do sacramento da arte em oposição à ameaça gerada pela normalidade burguesa. O romance de Tieck parte para a ofensiva e é mesmo uma resposta que serve de compensação ao desencanto do sublime artístico pelo pensamento de utilidade burguês. (…)
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6 de julho
Safranski (Romantismo) – Lovell de Tieck
O Lovell de Tieck queixa-se de que o moderno teria atrevidamente desvendado todo encanto, e que uma luz do dia artificial teria substituído a escuridão misteriosa. “Eu odeio as pessoas que clareiam toda escuridão familiar com sua pequena cópia do sol e que afugentam os belos fantasmas da sombra (…)
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5 de julho
Gilvan Fogel – Riobaldo é o sertão (Guimarães Rosa)
Corpo, pois, é obra do fazer-se de experiência — perfeição de experiência ou história. Incorporação — melhor: encorpoação. No fazer-se de uma experiência, no expor-se de um pathos ou afeto (um verbo), vai fazendo-se ou realizando-se, modelando-se igualmente um corpo, uma individuação — um homem, (…)
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5 de julho
Guimarães Rosa (Ave Palavra) – mineiridade
Reconheço, porém, a aura da montanha, e os patamares da montanha, de onde o mineiro enxerga. Porque, antes de mais, o mineiro é muito espectador. O mineiro é velhíssimo, é um ser reflexivo, com segundos propósitos e enrolada natureza. É uma gente imaginosa, pois que muito resistente à monotonia. (…)
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5 de julho
Guimarães Rosa (ABL) – morte
Guimarães Rosa, assinando livro de posse na ABL
Foi há mais de quatro anos, a recém. Vésper luzindo, ele cumprira. De repente, morreu: que é quando um homem vem inteiro pronto de suas próprias profundezas. Morreu, com modéstia. Se passou para o lado claro, fora e acima de suave ramerrão e (…) -
5 de julho
Guimarães Rosa (Entrevista) – gênio
Um gênio é um homem que não sabe pensar com lógica, mas apenas com a prudência. A lógica é a prudência convertida em ciência; por isso não serve para nada. Deixa de lado componentes importantes, pois, quer se queira quer não, o homem não é composto apenas de cérebro. Eu diria mesmo que, para a (…)