HERMENÊUTICA MODERNA — FILOSOFIA HERMENÊUTICA
Foi a partir da reflexão de Heidegger sobre a [facticidade], que Gadamer retomou a hermenêutica sobre novas bases, unificando no ser humano a realidade histórica e sua interpretação. Enuncia-se assim a hermenêutica contemporânea, de natureza filosófica. Uma hermenêutica filosófica aplicável às temáticas da filosofia, das ciências humanas e das ciências da natureza. Mas Gadamer não é o único a enveredar por esta senda. Os italianos Emilio Betti (…)
Página inicial > Hermenêutica
Hermenêutica
-
Filosofia Hermenêutica
22 de março de 2022 -
Heidegger segundo Eagleton
22 de março de 2022Heidegger segundo Eagleton
Eagleton, T - Una introduccion a la teoria literaria
El reconocer que el significado es histórico llevó al discípulo más famoso de Husserl, el filósofo alemán Martin Heidegger, a romper con su sistema. Husserl principió con el sujeto trascendental; Heidegger rechaza este punto de partida y principia su marcha con una reflexión sobre el “carácter irreductiblemente dado” de la existencia humana, o Dasein (para emplear el término que él usa). A esto se debe que a (…) -
Lakoff Metaforas da Vida
22 de março de 2022George Lakoff - As metáforas da vida cotidiana [Lakoff y Johnson - Metaforas de la vida cotidiana - Caps 1 a 6] Los conceptos mediante los que vivimos Para la mayoría de la gente, la metáfora es un recurso de la imaginación poética, y los ademanes retóricos, una cuestión de lenguaje extraordinario más que ordinario. Es más, la metáfora se contempla característicamente como un rasgo sólo del lenguaje, cosa de palabras más que de pensamiento o acción. Por esta razón, la mayoría de la gente (…)
-
Palmer Projeto Schleiermacher
22 de março de 2022Richard E. Palmer — Hermenêutica Excertos da tradução em português de Maria Luísa Ribeiro Ferreira O PROJETO DE SCHLEIERMACHER DE UMA HERMENÊUTICA GERAL «A hermenêutica como arte da compreensão não existe como uma área geral, apenas existe uma pluralidade de hermenêuticas especializadas.» Esta asserção programática com a qual Schleiermacher abriu as suas conferências de 1819 sobre hermenêutica, enuncia numa frase o seu objectivo fundamental: construir uma hermenêutica geral como arte da (…)
-
Stanislas Breton (1996:10) – Verbo (Logos) e preposição «em» («in principio»)
20 de março de 2022EM. Esta preposição, em ser-em, se liga, no Prólogo do Evangelho de João, à expressão «in principio». A significação pode ser aproximada da «consubstancialidade», afirmada pelo dogma conciliar. Mais simplesmente, podemos aí ler as diversas nuances do SER-EM que teremos de explicitar. Aguardando, precisemos que as relações lógicas de pertencimento e de inclusão poderiam ser evocadas a este respeito. Mas isto será questão mais tarde.
Breton comenta como o texto joanico abunda em expressões (…) -
Stanislas Breton (1996:10-11) – Verbo (Logos) com preposição «Por» (di’ autou)
20 de março de 20225. POR. A preposição por (gr. di’autou) põe o Verbo em relação, não mais com o Absoluto divino, mas com a criação. Assume, em relação ao mundo, uma função de causa eficiente, segundo a terminologia escolástica. Ainda importa especificar bastante esta causalidade. Poder-se-ia inclinar, se não se está muito afetado pelo respeito à ortodoxia, para uma causalidade dita instrumental. O Verbo seria assim, para se servir de uma imagem que não é sem relação à tradição cristã, ao invés do «dedo» do (…)
-
Stanislas Breton (1996:9-10) – Verbo (Logos) + «Junto A» (pros)
20 de março de 2022JUNTO A OU PARA. O grego "pros" é o primeiro a nos solicitar em Jo 1,2. Pode-se traduzi-lo de duas maneiras. Se se insiste sobre o acusativo, é o movimento que é privilegiado. Dir-se-ia então, com a Bíblia ecumênica, «estava voltado para Deus». O equivalente latino seria ad, em português «para» (francês, «vers»), ou mais pesadamente, «ser-para». A segunda versão, aquela que tem a preferência de S. Tomás, retém o sentido de «junto a», que melhor significa, quando rege o dativo, a morada, ou o (…)
-
Agamben (IH:27) – experiência e conhecimento
18 de março de 2022[tabby title="Burigo (excerto)"]
É nesta separação de experiência e ciência que devemos ver o sentido — nada abstruso, mas extremamente concreto — das disputas que dividiram os intérpretes do aristotelismo da antiguidade tardia e medieval a propósito da unicidade e da separação do intelecto e sua comunicação com os sujeitos da experiência. Inteligência (noûs) e alma (psyche) não são, de fato, para o pensamento antigo (e — pelo menos até São Tomás — também para o pensamento medieval), a (…) -
Agamben (UC:221-222) – vida
8 de fevereiro de 2022Uma genealogia do conceito de zoe deve começar pela constatação - de nenhum modo óbvia, inicialmente - de que na cultura ocidental “vida” não é uma noção médico-científica, mas um conceito filosófico-político. Os 57 tratados do Corpus hippocraticum, que reúnem os textos mais antigos da medicina grega, compostos entre os últimos decênios do século V e os primeiros do século IV a. C., ocupam, na edição Littré, dez volumes in quarto; mas um exame de Index hippocraticum mostra que o termo zoe (…)
-
Agamben (E:198-202) – Eros – herói – demônio
29 de dezembro de 2021Não é fácil precisar em que momento o “demônio aéreo” de Epinómis, de Calcídio e de Pselo acaba identificado com o “herói” ressuscitado pelos antigos cultos populares. Segundo uma tradição que Diogenes Laércio faz remontar a Pitágoras, certamente os [198] heróis já apresentam todos os traços da demonicidade aérea: eles habitam no ar e agem sobre os homens inspirando-lhes sinais premonitórios da doença e da saúde . A identificação com o demônio aéreo é testemunhada por uma etimologia cuja (…)